Acorda para o novo, afinal,
A corda bamba não vai esperar,
Jovem marinheiro, pronto à sonhar
Enquanto tiver paz e epifania longe ele vai.
Em seu mar corais tão pouco vaidosos, algas risonhas
Secam de tantas memorias, curadas em maresia,
Sol fofoqueiro, não o deixa só,
Cada ponto sem nó, de sal vira pó.
Ô sol largue do pé do jovem,
Ele só precisa da calmaria da manhã
Onde na bagunça bagunçada de sua mente arrumada
Consegue, de tanto procurar achar um sentido em tudo que velejou,
O tempo passa e o entardecer se aproxima, onde nada caminha,
Vá deite em sua caminha de fraquezas
Onde a maresia defuma o que pensas,
Aguarde o escuro que clareia sua mente,
Seu barco, sua morada, seu lar
Costa estrelada, noite calada,
Lua nua, pura e transparente
Ilumina o ritmo
Do homem marítimo.
Pedro Roxo