Imagem Poesia 02/06 a 30/06
Paliativos
Insensata vela acesa misteriosa sem cérebro
Porque está acesa, milagres não coexistem
Anjo de guarda, anjo não guarda
Que aprofunda a inutilidade dos sonhos
Sempre o pesadelo, com ofuscante zelo
Mal resiste seu corpo frágil curvado
Cabeça de vela cadê a vela de mesa
A quem você deseja um ato de sacristia
Ainda não aprendeu a língua de libras
Quantas emoções nesta ironia há enganos
Não há alimento líquido somente de fibras
Vocês vela curvada e vela sem cabeça pois
Nunca tiveram estômagos e suas dores
Almas penadas foram tão pecadoras
Sem cabeça , vela sentado bibelô infernal
Parecem situação mediada no purgatório
Garantem que o maior problema do mundo é;
O que disse uma criança é : O Pecado.
Um ambiente em que a canção não tem voz
E a letra uma eletrificação de sentimentos
Artérias soam o ranger de sangue amarelo
Uma sala , anti sala da frouxa imaginação
Nada de efeito saudável ou dentro em ação
Ação do nada a respirar tal fenecer
Tudo que não se vê, não se vê ;
Atenção, não tem nada terreno
Abençoar , cabeça de tela, o caos
Imagem ilusão, nada assusta
Um substantivo, Paliativos.
Fim
Antonio Domingos