A poesia e a chuva

A poesia e a chuva

 

Chovia a cântaros na estéril noite

Observava da janela as grossas gotas

Que caiam em profusão e com açoite

Na vidraça da minha janela já rota.

 

Meu ser se inundou de poesia

Era o milagre na terra calcinada

Pelo sol que queimava e aturdia

Meus sonhos, desejos e fantasias.

 

Mas a poesia estava dentro de mim

O desconforto, o sofrimento não matou

Meu encantamento pela vida; era assim

Movida pela ideia que gerava meu poema.

 

E o meu coração saltitante se lavava

Com as gotas cristalinas que eram dádivas

Caídas na terra sofrida, em larva

Onde a esperança reluzente ressurgia.

 

Matizo essa imagem com a minha poesia

Que farfalha no meu peito para reagir

Ao sofrimento que morreu com a melodia

Da chuva benfazeja que voltou a cair.

 

Mena Azevedo

 

 

 

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Mena Azevedo

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Comentários

  • Querido Sam, muito obrigada! Bjs.

  • Obrigada, poeta José Carlos! Abraço!

  • Muito obrigada, Safira! Bjs.

  • Obrigada, Cristina! Bjs.

  • Molham se os momentos vividos de um amor atômico, onde os olhos se amam e se revelam 

  • Parabéns, poetisa, poema maravilhoso, lindo. Aplausos, milllllllll. Abraços, paz e Luz!!!

  • A Safira tem razão é simplesmente magnífico. Estou deslumbrado. Parabéns!

  • parabéns poetisa linda poesia

    Matizo essa imagem com a minha poesia

    como não aplaudir tao belo escrever e sentir.

  • Quanta beleza em seus versos amiga Mena, fluem como uma chuva miudinha, batendo na sua face de menina, beijinho querida, parabéns.

  • Oh! Amei seu comentário, ricardo! muito obrigada! bjs.

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