Ais...

Ais...

 

Ao sul de nenhum norte, uma tarde...

Quietinha pensando na vida, 

corpo arrepia, coração acelera, boca seca

quando, de repente, um braço quente

ousa me fazer sonhar penhascos.

 

Um segundo, o tempo para. 

De convulsões emocionais possuída, 

rio corre dentro de mim – sou flor cercada por raios.

Divertida, penso: "carinhos, se quiseres, te darei"...

 

Mais tardes noites assim e,

de embriaguez crepuscular, fartar-me-ia...

Pecado não é querer que seu perfume intensifique o amor.

Que seja eterna  a fantasia que gruda no corpo

À loucura que o possui quando carinho,

qual preces de amor, 

fá-lo queimar no ais do querer bem.

 

Marisa Costa

 (*) Imagem: Google

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Comentários

  • 3676062?profile=original

  • Fantasia que esta nos pensamentos onde o amor é sentido pelo corpo de um jeito totalmente afago, gritando os desejos em silêncio, que delicia de poema, apaixonante, uma paixão molhada de prazer. 

  • Lindíssimo e inspirado poema. Bela obra, Marisa.

    Parabéns!

  • Pelo Ali Babá e os Quarenta Ladrões... Poetisa Marisa o que esse sofá de couro acalanta e simplesmente Beautiful!!! Deu-me um anseio incontido nesse momento de ser um sofá... Seu poema é tudo de bom dentro de um lúbrico romântico olímpico, é como Red Bull te dá asas!

  • Parabéns, poetisa, poema lindo, primoroso, uma ode ao amor, adorei. Abraços, paz e Luz!!!

  • Linda prece exaltando o amor do sagrado de uma alma e do profano de seu corpo. Parabéns.

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