Ais...
Ao sul de nenhum norte, uma tarde...
Quietinha pensando na vida,
corpo arrepia, coração acelera, boca seca
quando, de repente, um braço quente
ousa me fazer sonhar penhascos.
Um segundo, o tempo para.
De convulsões emocionais possuída,
rio corre dentro de mim – sou flor cercada por raios.
Divertida, penso: "carinhos, se quiseres, te darei"...
Mais tardes noites assim e,
de embriaguez crepuscular, fartar-me-ia...
Pecado não é querer que seu perfume intensifique o amor.
Que seja eterna a fantasia que gruda no corpo
À loucura que o possui quando carinho,
qual preces de amor,
fá-lo queimar no ais do querer bem.
Marisa Costa
(*) Imagem: Google
Comentários
Fantasia que esta nos pensamentos onde o amor é sentido pelo corpo de um jeito totalmente afago, gritando os desejos em silêncio, que delicia de poema, apaixonante, uma paixão molhada de prazer.
Lindíssimo e inspirado poema. Bela obra, Marisa.
Parabéns!
Pelo Ali Babá e os Quarenta Ladrões... Poetisa Marisa o que esse sofá de couro acalanta e simplesmente Beautiful!!! Deu-me um anseio incontido nesse momento de ser um sofá... Seu poema é tudo de bom dentro de um lúbrico romântico olímpico, é como Red Bull te dá asas!
Parabéns, poetisa, poema lindo, primoroso, uma ode ao amor, adorei. Abraços, paz e Luz!!!
Linda prece exaltando o amor do sagrado de uma alma e do profano de seu corpo. Parabéns.