Enfim, chove...
Chove... Chove muito...
Não são chuviscos que batem suaves
Que respingam somente
Aqui, ali, acolá...
Gotas, muitas gotas, outras gotas
Batem na tecla invisível
De corações angustiados...
E escuto essa melodia...
Com ela cubro meu pranto, o pranto
De pessoas que sofrem com o estio
Que laboram a terra cinzenta...
São gotas, muitas gotas que se avolumam
E sufocam o pranto
Dos homens em desolação...
A ausência da chuva, nostalgia...
Cantoria das gotas que batem nos telhados
Faz despertar a consciência
Que dorme no silêncio da noite...
Num passe mágico, a natureza se transforma
E faz-me escutar a canção
Que, de gota em gota, inunda rios e riachos...
E a chuva cai... Cai mansa...
E uma cadenciada orquestra
Entra pelos meus ouvidos em êxtase
Cujo som vem pelos teclados de Deus...
E nessa ultra dimensão do espaço
Imerge de forma holística nos lugares
A transmudar, de gota em gota, a terra em lágrimas...
Mena Azevedo
Comentários
Muito obrigada, poeta Rui! Bjs.
Olá Ricardo, muito obrigada, poeta! Bom fim de semana! Abraço...
Querida Cristina, muito obrigada! Bjs.
Muito obrigada, Frederico! Bjs.
Chuvas que vem dos alpes atraido pelos ventos das montanhas, molhando os sentidos da vida de onde nascem os verdadeiros sentimentos, afolhado por um outono todo a florir, teu poema esta uma maravilha
Muito obrigada, Jussara! Boa noite! Bjs.
Obrigada, poeta Ilário! Bjs.
A chuva é o pranto mais doce e bonito que molha a terra e a fecunda. Maravilhoso, Mena! Bjs
Mena cumprimentos! Minhas aclamações como sempre, pedindo bis!
Mil aplausos Poetisa Mena Azevedo. Que chuva é esta que nos trouxe a alegria da leitura como uma fantástica orquestra de letras e versos. Abraços.