Medo

Escuto os passos do medo...

Ele avança para que seja escutado nas

sombras da noite...

Esteve o tempo topo rondando em lugares

 escuros,açoitado pelo vento como um

 fantasma preso na cela sombria da memória...

Faz do meu corpo seu aquário, onde sua sombra

navega esquiva,vagando pelas veredas primitivas

da alma, flutuando,apertando o laço

que envolve a vida...

Neste momento, a saudade na noite da existência,

cambaleia sonâmbula nas mãos da memória...

Abro o livro do desencontro,não viro a primeira

página,temo que o medo vergue atirado,

por sombra sinistra...

A espera foi longa,deixou um sabor amargo

como uma falta instalada que desliza triste,

Em quase nada...

Marcia Portella

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Comentários

  • Querida Márcia Portella, é sempre uma grande experiência interior ler um poema teu. Reflexivo, intuitivo, inspirado. Você "passeia" pelas sombras do ser, com a desenvoltura e a leveza de quem bem as conhece... Aceite por favor os meus humildes aplausos a tão bela obra. Beijos, Marcos.

    3584948?profile=original

  • E o mais incrível é que estes medos acabam por produzir sérios problemas de saúde que se refletem no físico, além dos traumas psicológicos e sociais que vão se acumulando. Parabéns pela obra.

  • Volto a relir e a estremecer-me, querida Márcia.

     Outra magistral interpretação da imagem que em meu caiso, mais que medo é PÁNICO...

      Belo e bom demais.

     Beijos!

    3584438?profile=original

  • Medo, sentimento sombrio, sufocante, alucinógeno que descrito muito bem em teu deslumbrante poema, Márcia! Meus aplausos! bjs

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