NA BUSCA DA PAZ

Sigo hoje o caminho,
Que leva ao calvário,
E bebo do vinho,
Que Satã produz.
 
Mas creio em Jesus,
E não desanimo,
Na busca da paz
Divina, que eu primo.
 
Cauteloso eu limo.
A pedra da vida,
E venço a batalha,
Já quase perdida.
 
No peito a ferida,
Em sangue pisando,
É carro sem frio
E desgovernado.
 
Recordo o passado,
E o vejo presente,
Mas tudo mudou:
Está diferente!
 
Amei tanta gente,
Porém, só me lembro,
Daquela que amei,
De julho a setembro.
 
Sonhava ser membro,
De sua família,
Comprei uma casa,
E toda a mobília.
 
Fiquei em vigília,
E fiz oração,
Ofertei-lhe todo,
O meu coração.
 
Pedi sua mão,
Com muita ternura,
Mas ela me disse,
Ser isso loucura.
 
Nessa noite escura,
Sigo à estrada a pé,
Pisando os espinhos,
Sem perder a fé
 
Sua ausência me é,
Uma kriptonita:
Ela me faz fraco,
E a dor infinita.
 
Minha alma grita,
Um grito agressivo,
E nós não sabemos,
Se ainda estou vivo!
 
Ronnaldo Andrade




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Comentários

  • Bela Redondilha caro poeta Ronnaldo. Achei um pouco triste, mas está gostoso de ler. Parabéns

    Abraços poéticos de Veraiz, poetisa feliz

  • Excelente poeta parabéns
  • Que não haja mais gritos agressivos em sua alma poeta, e que a paz seja encontrada...Parabéns

  • 3639340?profile=RESIZE_1024x1024

  • 3639261?profile=original

  • Ronnaldo, versos densos, profundos, 

    permeados de grande tristeza! São 

    Quadras muito bem estruturadas, com

    cadência e ritmo,em Redondilha Menor.

    Lindo! Bjs.

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