Perverso Poema

Perverso Poema

Calei-me quando eu vi a morte

se fosse a vida eu sorriria

eu sabia, eu nunca tive sorte

e com a morte eu partiria

 

Quando a morte olhou nos meus olhos

e também na minha pele carcomida

com aquele ar de frias catacumbas

eu pensei... eu não terei saída

 

Erradamente nada disto foi o certo

porque o certo é apenas alguma

para morte a verdade é um deserto

e o certo somente é nuvem, é bruma

 

Então parei na beira de um abismo

porque a morte só me trás o desencanto

achei que era apenas egoísmo

e resolvi me sentar em um velho banco

 

 

Quando saí deste eterno dilema

Percebi que a morte foi apenas um sonho

mas eu acordei com um medo medonho

e escrevi este perverso poema.

Alexandre Montalvan

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Alexandre

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Comentários

  • Muito bom!! excelente amigo Alexandre, fiquei de boca aberta com o seu talento, um forte abraço.

  • Parabéns, poeta, poema gótico, primoroso, adorei. Abraços, paz e Luz!!!

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