Acabou...
Ele me olhou de modo frio
Com olhos experientes
De homem poderoso e atitude machista
Seguro de si me falou pra desistir...
Fiquei meio boba, estarrecida
Depois o desespero me invadiu
Pois o amava e admirava sua face envelhecida
Sua voz grave que um dia me seduziu...
Como poderia um amor acabar assim
Sem explicações e motivos convincentes
A afeição que estava dentro de mim
Ninguém a mataria tão de repente...
Olhou-me mais uma vez
Sondou minha imaturidade
Quando viu que eu enrubescia a tez
E me falou com autoridade...
Nesse páreo, vencer esse disfarce
Era uma situação difícil e concreta
A dor emoldurava minha face
Ante sua fala decisiva e direta...
E foi assim que me deu adeus
Rompendo histórias e sonhos
Apagando o sorriso dos lábios meus
Que se calaram tristonhos...
Mena Azevedo
Comentários
Obrigada, querida Edith! Bjs.
Nada é para sempre, e pro incrível que pareça, algumas pessoas não se importam com a dor que fica para traz e, isto é compreensível, ninguém é obrigado a ficar com o outro sem se sentir bem. Teu poema aborda um tema bem delicado. Lindíssimo, Mena. Parabéns!
Nossa Mena, infinitamente triste mas belíssimo no versar... senti sua dor... a perplexidade... a sensação de impotência....!!!