Canoeiro
Lá vai ele, sozinho ao longe
No arrebol como a procurar
Vida além daqueles montes
Onde a canoa assim o levar
Segue sem norte ou direção
Matuto...se põe a sonhar
Aos céus roga uma oração
Estrelas passa a contemplar
Vida insossa que deixou aqui
Através do rio vai dissipando
Sonhos outros tomou pra si
Estes que agora está buscando
Lá vai o canoeiro sem rumo
Adentrando a turva imensidão
Leva na barca só um resumo
Vida,desencanto e sua solidão
Na ânsia de decifrar a si mesmo
Nas águas brota fria indagação
Conseguirá o canoeiro a esmo
Vivenciar sua dourada ilusão?
Lilian Ferraz
Comentários
Lilian, o título chamou-me a atenção - e que bom que vim a essas paragens! Versos lindos, imagens marcantes, mensagem instigadora - somos nós todos canoeiros! Seu poema nos embarca em relfexão - como todo bom poema!!!
Olá Edvaldo. Fico agradecida desta visita e comentário. Saiba que para mim, esta poesia é das mais belas que consegui fazer, embora seja singela e bucólica, transmite meu "eu" mais verdadeiro. Um grande Abraço
Obrigada querida. Bjs
Obrigado caro amigo.Abraços carinhosos
Lílian querida, que sonho de poema!
O canoeiro segue seu caminho, em
busca de sua ilusão! Quantos versos
lindos e bem coordenados! Parabéns! Bjs.
Obrigada, querida poetisa. Feliz com sua apreciação
Olá Lilian Ferraz! Venho por meio dessa parabeniza-la pela irretocável e patente obra. Fixando imagens tão bem elaboradas no encadeamento das suas palavras.
Olá Sam,muito obrigada pela atenção.