Todas as ruas cobertas de panfletos
Papeis picados que rolam pelo chão
Todos se exaltam como é de direito
Entre sorrisos e apertos de mãos
Mudam-se as caras mas não trocam a fita
Velas ao vento são promessas já ditas
Benditas pra quem tanto acredita nelas
Lá no palanque estão os oradores
Semeiam sonhos como se fossem flores
As flores de plástico...da nossa janela
Flor que faz parte dos anseios do povo
Que vai com fé e acredita na lida
Como quem quebra e sai da casca do ovo
Pronto pra um novo recomeço de vida
E o vento sopra e leva tudo embora
E a tempestade vem e varre o chão
Pelos bueiros imundos desse mundo agora
Todos os sonhos uma vez mais lá se vão
Mas não se deixe esmorecer meu irmão
Que outros tantos sairão dessa gente
Serão serpentes que se alimentarão
Da fé de quem espera pacientemente
Que nasça finalmente um ser presente
Que irá plantar e regar a semente
Da felicidade...na palma das mãos
Daqueles que acham que nada será em vão
Ainda que tudo, seja só mais uma doce ilusão...
(Petronio)
Comentários
A esperança não morre nunca... apesar dos pesares é preciso acreditar na mudança!! Parabéns!!