Do meu tempo sei eu

Estacionei o meu corpo cansado
e sonhei com o baloiçar do tempo
fui parar a um mar já navegado
bem calmo, sem muito vento.
Entrei numa metamorfose
o meu metabolismo é lento
nem mesmo a osteoporose
me vai tirar do desalento.
Já me sinto ultrapassada
mil lebres passaram por mim
a minha fraca cilindrada
deixou o meu corpo assim.
Digam o que quiserem
mas do meu tempo sei eu
façam o que fizerem
em mim, mando eu.
Já lá vai o tempo
em que eu era submissa
nunca entrei para um convento
mas aprendi a rezar uma missa.
Deixem-me estar sem remos
ao sabor da linda maré
enquanto vamos e viemos
o tempo fica tal como é.
Só meu.

Cristina Maria Afonso Ivens…

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Cristina Ivens Duarte

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