Enlevo do Amor

Enlevo do Amor


Não te aniquilas pela ingratidão alheia

Tampouco deixa inerme a dor na alma

Tudo escorre tal qual das mãos a areia

Apazígua, pois, assim chegues à calma

 

Correm os rios serpeando entre acidentes

Delineiam-se as serras ante o azul celestial

Inclinam a árvore tempestades prementes

Embranquece a mataria no período estival

 

Nada sobrevém do acaso, se te apascentas

Há uma instância de ordem ultra-superior

Se isto te serve de consolo, se te acalentas

 

Mas inquire-te, mesmo a teu próprio favor,

Do mal que cometeste ou por acaso te isentas

Das forças contrárias ao grande enlevo do amor


Rui Paiva

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Comentários

  • 3596158?profile=original

  • Um soneto para aplaudir de pé com um mensagem mais que bom e forte, triste, belo...

     Bravo!

     Espectacular, querido Rui.

     Abraços!

    3596090?profile=original

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