Horas mortas

Horas mortas

 

Como me esquecer daquele dia

Em que a chuva batia no meu corpo

Cansado e frio, em pleno desolamento?

 

Não. Jamais aquela imagem de mim

Sairia das minhas cansadas retinas

Embaciadas pelas lágrimas que escorrim...

 

Lágrimas sentidas que se misturavam

Com as gotas da chuva nessa hora mística

Em que lavava todas as feridas da alma...

 

Tudo acontecia no silêncio de horas mortas

E na solidão de uma alma que sofria

Naquele turbilhão de água a me envolver...

 

Pensava no amor que fez de mim só dor

Um espectro de gente que não sabia

O que fazer da vida naquela situação...

 

Ali mesmo, com o corpo gelado, permaneci

A chuva me fez repensar a vida, em cada gota

Que batia no meu corpo nu. Era o meu renascer...

 

Mena Azevedo

Votos 0
Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Mena Azevedo

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • Muito obrigada, Martinha! Bjs.

  • Querida Edith, muito obrigada! Bjs.

  • Querida Selda, muito obrigada! Desculpe o atraso

    em responder-lhe. Bjs.

  • Obrigada, querida Safira! Linda formatação! Bjs.

  • Muito obrigada, Ilário pela sua gentileza! Bjs.

  • Teu poema ficou maravilhoso, Mena.

    Todos os meus aplausos.

    Destacado!

  • Nossa, Mena...que lindo....profundo.

    Lendo teus versos foi como se passasse um filme em minha frente...

    Amei. Parabéns!

    Um abraço.

  • Além da beleza que você nos proporciona, sabe preencher lacunas nos nossos corações, famintos de letras.

  • Mena sentimentos profundos nesta tua

    poesia parabéns pela inspiração poética bjos...

  • 3680072?profile=original

This reply was deleted.
CPP