Na rua...
Encontros, cumprimentos, lembranças
Enquanto olhares indiferentes e de soslaio
Partem de pessoas que com esquivança
Pensam que a vida na terra é apenas um ensaio...
Pelas avenidas da cidade, corpos enrijecidos
Nas calçadas mendigam migalhas do que sobra
Na casa daqueles que vivem meio esquecidos
De que a solidariedade em outros bens se desdobra...
Na rua, há o apelo dos que sofrem pela culpa
Daqueles que em suas mãos detêm riqueza e poder
E não olham para as mãos que se elevam em súplica
Deixam, sem nenhuma atitude, a vida fenecer...
Mas na rua, há também, mãos abençoadas
Que afagam as mãos e a cabeça confusa
De idosos, adolescentes e crianças abandonadas
São mãos limpas mãos do bem, sem nenhuma recusa...
Sejam nossas mãos, mãos que guiem os passos
Das muitas pessoas que vivem na vida muitas vidas
Mãos dadivosas que matem a fome e que troquem abraços
Mãos que acolham os pobres e cuidem das suas feridas...
Mena Azevedo
Comentários
Obrigada, Marta! bjs.
Grata pelo seu comentário, poeta Ilário! Bjs.
Obrigada, Marso! Bjs.
Querido poeta Rui, muito obrigada! Bjs.
Tá ai o maior mandamento da lei de Deus : Amar ao próximo como a nós mesmos.... Amor ao próximo, é o que está faltando no mundo. Lindo Mena. Parabéns!
A Desigualdade Social no Brasil é um problema que afeta grande parte dos brasileiros. Diante desse panorama, que gera inúmeros excluídos e miseráveis em todo o mundo, surge a questão: como eliminar a causa da desigualdade social?
Parabéns, poetisa, poema lindo e que faz uma crítica a nossa sociedade de consumo, que valoriza o ter e não o ser. Abraços, paz e Luz!!!
São muitas mãos que se erguem para acolher, Mena. Mas são poucas diante das tantas que se encolhem. Reflexivo e lindo poema! Bjs