Nobre rosa

Nobre rosa que coabitas
em meu lar, que belo enfeito,
descansas, ou meditas,
estará teu ar rarefeito?

Não é chuva nem é vento,
que tempestade virá,
diz-me qual é o tempo,
eu empurro o sol para cá.

De que padeces minha rosa,
não desfolhes o teu corpo,
me pareces tão chorosa,
será sede? nem um pouco.

Ergue-te minha petiz
com o teu caule e perfume
percorre todo o meu nariz

até ao cimo de um cume.

Há muito, muito tempo,
que eu não te via a chorar,
será de esgotamento ,
ou um simples desfolhar?

Não te dispas ainda,
que eu ficarei com saudade,
a primavera não finda,
e no verão já é tarde.

Cristina Maria Afonso Ivens Duarte

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Cristina Ivens Duarte

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