Noturno

Noturno

 

Dobram-se os sinos

Em tons plangentes

Numa noite em transe...

O vento sopra nas copas

E as estrelas cobrem-se

Com o manto negro

No espaço etéreo.

 

A terra recebe o ósculo

Das sombras densas

E é tudo nostalgia...

Não se vê um raio de luz

Projetado nesse espaço

Entre terra e céu

É a noite que chega.

 

Águas desabam em fúria

Pelas faces ressequidas

Em eterna solidão...

A vida, um isolamento só

Plasmada em obsessão

Alma, agora alagada

Por águas pesadas.

 

São águas que vêm

Do âmago do ser

Na solidão da noite...

O coração, à beira da falência

Tenta reerguer-se da dor

Que o sufoca nessa enchente

De lágrimas sentidas.

 

Mena Azevedo

 

Votos 0
Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Mena Azevedo

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

  • Obrigada, Sam! Bjs.

  • Voltei para lhe dizer que esse texto daria um excelentíssimo filme!

  • Obrigada, Edith! bjs.

  • 3600524?profile=original

  • Querida poeta Laís, receber um comentário tão gentil

    seu é muita alegria pra mim! muito grata! Bjs.

  • Angélica, querida poeta, muito obrigada pelo seu carinho! Bjs.

  • Frederico, amigo poeta, amei seu comentário. Obrigada! Grande abraço.

  • Obrigada, Cristina! Bjs.

  • Bridon, poeta amigo, muito obrigada! Bjs.

  • Marso, amei sua formatação! Muito obrigada pela visita!

    Você mora no meu coração! Bjs.

This reply was deleted.
CPP