Noturno
Dobram-se os sinos
Em tons plangentes
Numa noite em transe...
O vento sopra nas copas
E as estrelas cobrem-se
Com o manto negro
No espaço etéreo.
A terra recebe o ósculo
Das sombras densas
E é tudo nostalgia...
Não se vê um raio de luz
Projetado nesse espaço
Entre terra e céu
É a noite que chega.
Águas desabam em fúria
Pelas faces ressequidas
Em eterna solidão...
A vida, um isolamento só
Plasmada em obsessão
Alma, agora alagada
Por águas pesadas.
São águas que vêm
Do âmago do ser
Na solidão da noite...
O coração, à beira da falência
Tenta reerguer-se da dor
Que o sufoca nessa enchente
De lágrimas sentidas.
Mena Azevedo
Comentários
Obrigada, Sam! Bjs.
Voltei para lhe dizer que esse texto daria um excelentíssimo filme!
Obrigada, Edith! bjs.
Querida poeta Laís, receber um comentário tão gentil
seu é muita alegria pra mim! muito grata! Bjs.
Angélica, querida poeta, muito obrigada pelo seu carinho! Bjs.
Frederico, amigo poeta, amei seu comentário. Obrigada! Grande abraço.
Obrigada, Cristina! Bjs.
Bridon, poeta amigo, muito obrigada! Bjs.
Marso, amei sua formatação! Muito obrigada pela visita!
Você mora no meu coração! Bjs.