Retrato Falado

A admirar as silhuetas da serrania

(Deus as desenhou com linhas tortas!)

Que parecem distanciar-se da rodovia

Quanto mais me aproximo das encostas...

 

Assim tu te apresentas com sentimentos

E enlevo irregulares e sem linhas certas

A atordoar toda a sorte de pensamentos

Permitem minhas decisões saírem incertas

 

Em outros instantes vens por conta própria

E me exploras de maneira crua e selvagem

Tua mente, do vinho, a permanecer sóbria

Tua volúpia parece cheia d’outra beberagem

 

E ora me sufocas com teus beijos ardentes

O teu olhar centrado penetra na minha alma

Minhas mãos acariciam todas tuas vertentes

E no leito me coordenas ora insana ora calma

 

 

Rui Paiva

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Comentários

  • Gostei da inspiração, a obra ficou lindíssima. Parabéns Rui.

    DESTACADO!

  • Muito bom o seu poema nos mostra toda sua sensibilidade.

  • 3632356?profile=original

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