E mais uma vez o silêncio se faz presente
Entrando pela porta, pelas frestas da janela...
Seu pequeno ser se arrepia diante de tanto poder
Que o silêncio tem por onde passa e se instala...
Mais uma vez os pássaros estão quietos,
Como a esperar qual será o próximo ato,
As arvores jazem paradas, sem movimento de folhas
Numa melancolia que invade a alma que sofre...
As lembranças surgem como cenas de teatro...
Fazendo com que o silêncio ali instalado,
Se transforme num sufocante e lenta agonia,
Fazendo as lágrimas transbordar pelos olhos...
E ali... jaz... quieta... a alma antes tão saltitante...
Ante a cena fúnebre que se descortina...
Do amado, que agora dorme sono eterno,
Sem ao menos deixar-lhe um pequeno consolo ,
De beijar-lhe os lábios quentes, a face amada,
Nem que fosse pela última vez, em despedida...
Deixando uma dor lacerante, na alma agora
Apagada, sem cor, sem brilho, sem amor...
Maria Angélica de Oliveira
Comentários
Muitas vezes é preciso buscar um retiro longe daquilo que assola o nosso físico e a mente. Quando a gente se aquieta analisa os pensamentos, acredito que o silêncio é o festejo do nosso ser. Acho que hoje estou definitivamente sensível!
Sensibilidade é sinônimo de humanidade Sam... e é o que somos... Humanos!!! Obrigada Sam!!
Safira linda!!!! Obrigada !!! Ficou muito lindo mesmo!!! Estou aprendendo, mas as minhas não ficam tão lindas como as suas!!!! Obrigadaaaaaaaaaaaaaaa!!!!! Amei!!!
Parabéns amiga Maria Angélica, versos tristes..mas fazem parte da vida, um grande abraço