Soneto da desilusão II

Para mim, nada tem significância

Não creio mais no amor em afeição

Também não buscarei vã perfeição

Pois, não quero viver de mendicância.

Meu coração está vago, na vacância

Desejo ter total desafeição

Mas, creia isto não é imperfeição

Insensata, cretina, uma implicância.

Quero ser marginal, ter vida errante

Deixe-me curtir minha lisergia.

Vou ser cruel, atroz beligerante.

Mestre da encenação, dramaturgia

Serei um simples mortal itinerante

Quero devassidão, baderna orgia.

ILÁRIO MOREIRA

21/07/2017

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Comentários

  • Soneto belíssimo, bem arquitetado, rimado, elaborado. Parabéns.

    • Obrigado, poeta, grato pela visita e gentil comentário. Abraços, paz e Luz!!!

  • Que beleza perfeita. Cumprimentos pelo poema que nos induz as nuvens.

    • Obrigado, poeta e amigo, sua presença é sempre bem-vinda e, me faz muito bem, fico muito grato pela visita e comentário gentil. Abraços, paz e Luz!!!

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