Por que, alegria?
Por que, alegria, foge de mim?
Sem querer, te causei algum mal?
Te procuro nas flores do jardim
E no canteiro que fiz no quintal;
Debaixo do pé de manjericão
E por toda a plantação de algodão.
Não te entendo, alegria. É faceira.
Juraste me acompanhar pela vida
E acreditei que seria a vida inteira.
Sem tua presença, fico aborrecida.
Continuarei te procurando, alegria.
Carente, estou da tua companhia.
Por que se esconde de mim? Não te entendo.
Somente tu fazes minha alma feliz.
Está entre as flores? Me surpreendo.
Quem sabe te encontre sob o pé de anis
Ou, escondida entre as rosas vermelhas;
Ou no meu quarto, onde o espelho espelha.
Márcia Aparecida Mancebo
25/05/25
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