No Vazio da Alma
No relógio segundos de ausências,
Caminho sem bússola ou visão;
O tempo emudece, órfão de vozes,
E a alma tateia na escuridão.
Não pertenço a outrem nem ao instante,
Sou sopro à deriva do ser;
O perdão não vem, raríssimo lume,
Soltas nas ruínas ao verbo viver
Promessas ecoam nos silêncios,
Pianos silentes, cânticos em vãos;
Ilusões, na fragilidade dos vitrais,
Estilhaçam-se ferem minhas mãos.
À margem severa da existência
Imperfeito e pecador, venha a paz,
No seio vazio do prelúdio da alma
O amor persiste , insiste , mas jaz.
Antonio Domingos
13/07/2025
&
Preenchendo o Vazio
Com a mente lúcida, com consciência,
Faço o trajeto da imaginação,
Buscando, silente, a sobrevivência
Num voo extenso pela imensidão.
Não tenho dono, sou um caminhante,
Sou qual um vento neste meu viver.
Venho de longe, de muito distante,
Venho das sombras do entardecer.
Quando a noite adentra, tudo se acalma
É quando defronto com a solidão.
Neste momento, sinto a minha alma
Voando sem rumo, sem ter direção.
Sem ter um amor, sinto a ausência
De algo concreto que não se desfaz.
Ouço um sussurrar: Tenha paciência,
O amor renascerá, repleto de paz.
Márcia Aparecida Mancebo
14/07/25
Respostas
Agradecido prezada Poetisa Marcia Aparecida Mancebo
Ficou lindo, só tenho a lhe agradecer.
Abraços fraternos amiga Poetisa
Antônio, aqui está o dueto postado. Ficou lindo!
Antônio, aqui está o dueto postado. Ficou lindo!
Antônio, nosso dueto.