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Regras
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1. Todos os membros podem partiicpar.
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2. Todos os textos devem ser postados na caixa de comentário principal abaixo e sem formação.
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3. As composições devem ter corelação com a imagem proposta.
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4. É permitido comentário nas obras.
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5. A prosa poética deve ter, no máximo, meia lauda.
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Boas composições!
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Respostas
Tarde nebulosa
Olho para o céu e vejo pássaros alvoroçados retornando aos ninhos. Ainda é primavera e algumas flores tímidas aparecem em cena. A terra continua molhada, pois a chuva dos dias passados fora intensa. O aspecto da cidade mudou completamente. Entristeceu sem as árvores floridas que embelezavam as ruas nesta época do ano.
Com a tarde nebulosa, a beleza inexiste e a natureza sofre com os danos. O céu das tardes primaveris mudou com a neblina. Nesta hora, o poeta sente o peito apertado, mesmo com inspiração, mas sabe que o escrito será repleto de desencanto e tristeza.
Ao narrar a cena, a volta dos pássaros aos ninhos aguça a liberdade de voo pela imensidão, a busca de novos caminhos. Desapegar das coisas e ressignificar a vida é o desejo do momento.
O sentimento muda como o clima, anunciando que virá mais chuva. Parece que o céu chora pelo desamor do homem à natureza, e aos olhos sensíveis do poeta fecham-se as portas da alegria neste tempo em que a pintura escura é ressaltada como se fossem lágrimas.
As gotas de chuva começam a cair, lavando a cidade de suas tristezas. As ruas se enchem de reflexos dançantes, como se cada poça fosse um portal para outro mundo, um mundo onde a esperança ainda floresce apesar da adversidade. Pássaros, agora quietos em seus ninhos, aguardam o amanhecer em que o sol voltará a brilhar, trazendo consigo a promessa de um novo começo.
O poeta observa a cena com olhar melancólico, mas a centelha de esperança permanece viva em seu coração. Ele sabe que, assim como a chuva limpa a terra, o tempo pode curar as feridas da alma e trazer de volta a beleza que parece perdida. Assim, decide transformar sua tristeza em versos, em poesia sua dor, acreditando que, mesmo na mais sombria das tardes, há sempre uma luz que pode brilhar.
Márcia Aparecida Mancebo
11/12/24
a beleza reside nos charcos de água que as chuvadas trazem às cidades...mil luzes refletidas transformam em caleidoscópio encantado a mais singela avenida! renovada a esperança o Poeta segue sua busca de transformar a tristeza em luz .
Quanta beleza escrita!!Querida poetisa MARCIA APARECIDA! obrigada pelo deleite da leitura!
Beijos de poesiaaaaa
Chantal
FINITUDE ...
É Janeiro. Saio para meditar, nesta enorme quietude do entardecer, na silhueta definida das árvores e do som puro dum latido de cão mais a sul! Tudo se destaca nesta Hora Dei, de penumbra imóvel, por ausência de vento e seca de humidades! Há mais um cão a oeste e mais longe, que responde a outros que pressinto em esparsos latidos! São Cãoversas! Nada mais!
No ar flutua cheiro perfumado de lareiras acesas! O Frio faz-se presente, apesar de, ou por isso mesmo, as amendoeiras já nevarem os campos de alvura rosada, ignorando frios, cumprindo apenas e só seu ADN.
Acende o Pastor sua Estrela, escureceu o infinito, para melhor a destacar.
Por fim todos os seres deste pedaço serenaram. A calma é muita. Chega a ser palpável. O silêncio que se fez, assusta meu espirito, pela ausência dos pequenos ruídos da noite, que mobilam, que formam balizas aos sentidos, que se encontram na mais completa escuridão! É como se, de repente, algo de forte se preparasse na Natureza.
E de súbito...O Vento soltou seu sopro fogoso, e o que restava de folhas rodopiaram no ar, os ramos das árvores gemeram, vergando sob a força repentina, uma mesa, esquecida no jardim, foi mergulhar na piscina, os vasos tombaram, quebrando-se... A buganvília soltou-se das amarras, como se quisesse, livre de suas raízes, voar para longe, para outras margens e conhecer novas paragens. Em Liberdade.
Recolho a penates, louvar meus Manes e meus Lares! Agradeço a tecnologia por, sem atilhos, simplesmente escrever o que me soi ao espirito, no que era um pacifico anoitecer, prenúncio do que desejaria igual para milhares de almas, que vivem holocaustos de frio, de violência, rasgos de direitos, fugas, bombas, estropiação... O descalabro humano.
A Morte em todos os seus ditames.
O vento forte?! Esse, é tão-somente o Sopro Cósmico Limpador marcando a finitude... do quê?Ao leitor a resposta, no que seu íntimo falar...
Sem fim...
Chantal Fournet
Fevereiro 2017
Voo poético
No alto, o voo, o instinto que nos move, voar, asas ao vento. O crepúsculo traz os tons dourados da vida livre e poética. Mundo panorâmico, sentidos apurados, o voo libertário. Alcance infinito. A imaginação ganha asas e o poeta observa a cena e desenha ali nas linhas seu imaginário. Mundos distantes, natureza divina, alma poética que observa e se inspira.
Através das paisagens, o coração saltitante se vê daqueles enredos dominante. É o rei, o mandatário, o califa, o feiticeiro, o homem insano e apaixonado, o guerreiro contra os moinhos de vento, o mensageiro de luz, é o poeta que escreve sobre si e sobre o viver em poucas linhas. Voo poético, voo da imaginação, nas asas da loucura, é livre dos preconceitos e dos códigos morais que tornam seu mundo tão estreito. Voa poeta e alcança o céu, desbrava o universo nos teus versos no papel.
Lilian Ferraz
10/12/2024
ADOREI!!
Vi nas tuas linhas passar Cervantes, Sherazade Baudelaire...nós todos...
Voamos e voámos nas tuas linhas onde goteja a poesia...e fechas com a chave dourada da Liberdade tão ameaçada.
Beijos de poesiaaaa........
Chantal
DOR DA SOLIDÃO QUE MACHUCA A ALMA, ELABORAÇÃO DO LUTO...
A vida traz novas possibilidades para uma alma triste. Um novo vôo, para um novo recomeçar, buscar no mar da vida novos desafios...
Muitas vezes refazer-se de uma perda, um luto é difícil. A saudade é grande, lembranças que perduram. Mas a vida é feita de surpresas. E sabe o que faz em cada momento.
Momentos de solidão fazem parte da vida. A alma sofre silenciosamente, têm medo do futuro, do novo. A depressão vem, lágrimas rolam, mas é preciso encontrar forças para afastar a angústia.
É necessário crer na cura, ter esperança e seguir em frente.
Para preencher a solidão, há um leque de coisas que podem ser feitas, como tecer poesias, ler, viajar, procurar um voluntariado, fazer artes ou artesanatos, dançar, e nem sempre necessiamente, precisa-se ser casar-se novamente
É imprescindível ter pensamentos positivos e confiante num futuro alegre e harmonioso. Crer na sintonia do amor que rege o universo e conspira felicidade.
E abri-se para uma nova fase, talvez uma nova história, o que não se pode é entrar em uma concha, mas ser um novo casulo, deixar a nova borboleta nascer, na metamorfose da vida, que é dinâmica e não para, e cada momento deve ser bem vivido, respeitando o momento, mas vivendo o dia que se ganha de presente...
Enfrentar cada fase da vida, superar dores e sofrimentos e deixar sempre entrar um agora cheio de alegrias e promessas fará a vida ter mais sentido.
FICA A DICA. Deixar o novo entrar não é esquecer as pessoas queridas que se foram, mas tentar escrever uma nova história, procurando algum novo sentido e seguir em frente, saudades serão sempre eternas na alma da gente, e as lembranças ficam no baú de recordações do coração, cada história em uma estante do livro da vida.
01/06/2024
BELO...!!
(...)respeitando o momento, mas vivendo o dia que se ganha de presente..(...) Esta é a única e melhor forma de se viver com o peso da perda.
Qualquer perda... uma pessoa, e a perda das nossas capacidades motoras e fónicas: e sem a mínima dúvida: fazermos o luto de nós próprios.
Fazer e saber fazer o luto ...é muito importante! E procurar não o fazer, buscando na Farmácia da esquina a solução para o nosso luto...
e como nos diz a nossa querida poetisa NORMA S. MORAES, temos o nosso (...) baú de recordações do coração, (...) que nos mostram o que realizámos e tudo o que fomos capazes...que não fomos inúteis!!
Cada dia é um presente!!
beijos de poesiaaaaaa
Chantal
AMAR É UM DESAFIO DE PURA LUZ
Desafio da alma é voar em busca da felicidade.
Quantas curvas perigosas e mares bravios para enfrentar.
Quanta manipulação do inconsciente coletivo e dominadores globais para enfrentar.
Quanto ódio e maledicência para superar, sofrimentos em caldeirões para purgar.
Quantos voos perigosos, como gaivotas fugindo do perigo ao ir buscar o seu peixe.
A alma enfrenta tantos obstáculos na busca e valorização dos sonhos, da vida,
para vencer no cuidado e cultivo da planta chamada amor, do brilho da luz
que aponta o horizonte da vida.
Só o amor pode curar a humanidade, mas ele escorregas pelos dedos de
muitos poderosos e capitalistas.
Mas ainda o amor existe em parte dos humanos que tentam com empatia
salvar o que pode, na alma e existir no mundo humano
Norma Silveira
14/04/24
Notável! Reflexivo e pontual.
Linda e tocante prosa. Parabens