Casinha Amarela

Casinha Amarela

 

Ah, te recordas, Isabella,

Daquelas noites clarinhas

Em que suspiravas à janela

Da nossa casinha amarela,

Enquanto o sereno,

Que se fazia tão ameno,

Acariciava tuas trancinhas?

E tu contavas estrelas

E vagalumes;

E à lua enciumada

Tu dizias teus queixumes,

Tão pueris,

Que as rosas da sacada

Se riam, e, tão gentis,

Exalavam seus perfumes.

Ah, tu cresceste, Isabella!

E o mundo cresceu também.

Já não existe a casa amarela...

Ficou no passado, no além,

E as estrelas, antes tão belas -

Já não tens tempo para elas,

Que esse mundo, tão complicado,

Deixou esquecidos lá no passado

Muitos sonhos e esperança -

Nesse teu sorriso de criança!

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Respostas

  • Belos versos Pedro.

    Levei teu texto para a caixa de mensagens, dentro da postagem do Tema Poesia do período!

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