Erva daninha
Ajuntei um tanto de terra,
Preparei no quintal um canteiro,
Fiz covinhas, adubei.
E mudas de roseira plantei.
Veio o sol, caiu a chuva,
O vento soprou ao entardecer.
E escureceu, se fez breu,
O gélido orvalho desceu.
E novamente amanheceu!
Assim, dias e noites se foram.
Em meu quintal eu calado
Buscava um broto de flor,
Em vão, em vão...
Até que um dia, cedinho,
Tímida folhagem surgiu.
Debrucei-me, esperançoso,
Logo vi, não era minha florzinha:
Era, pensei, só uma erva daninha...
O tempo seguiu seu rumo
Com os dias de sol brilhante,
E chuva e orvalho e vento.
À noite, luar e alguma estrela.
Não se fez no quintal um jardim
Nem roseiras, lírios, jasmins...
Mas, defronte minha janela
Frondosa árvore cresceu
Da “erva daninha” que não plantei
E não cultivei, mas floresceu!
pedro avellar
Comentários
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Parabéns pelos belos textos meu bom amigo
Seja bem vindo poeta, Pedro Avelar.
Desejamos que te sintas bem aqui nesta Casa.