A poesia vai à luta

Sim, bem me lembro

Respiravas, mocinha, poesias

Ao entardecer -

E contemplavas o infinito...

O sol fugidio, que então se punha,

Cedia vez à lua cheia, toda vaidosa,

Ante teu olhar sonhador.

Os pássaros assobiavam

E toda a natureza contigo flertava,

Aos sons da mata que escurecia!

Ah, mas o sonho se foi...

O sol se tornou inclemente.

A mata? O fogo a consumiu

E o luar, tristonho, se esvaneceu,

Ante todo ser vivente que se calou...

Mas, ainda te vejo, pálida, que seja,

Antes menina, agora, impávida, crescida,

Os poemas, inacabados, a borbulhar

E a certeza de que, sem luta,

O mundo se acaba

E não vale a pena versejar!

Enviar-me um e-mail quando as pessoas deixarem os seus comentários –

Pedro Avellar

Para adicionar comentários, você deve ser membro de Casa dos Poetas e da Poesia.

Join Casa dos Poetas e da Poesia

Comentários

This reply was deleted.
CPP