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- Buscas a paz, a calmaria, a brisa nas faces,
O ar límpido que não te oprima?
Anseias por suavizar no peito a respiração?
- Deixa, amigo, a cidade, a praça agitada;
Ambulantes que falam, que gritam,
Em busca do sustento, da vida...
As buzinas, a claridade, o frenesi do trânsito,
Deixa tudo, o dia a dia, viaja, vá para longe:
É preciso o recolhimento, talvez uma praia deserta,
Onde ao final de uma tarde nublada
Estejam sós – você e teu coração,
Contempla o escurecer que se avoluma.
- E nota a estrela solitária e pequenina
Que se aproxima no horizonte infindo.
- Não receies, pois, o anoitecer, ainda tímido;
Então reclina, mesmo na areia,
Vê o céu sem nuvens e a imensa lua cheia,
E podes então recostar as pálpebras
E sonhar, mesmo desperto,
Com os olhos afáveis que descansaram
E deste mundo para o além partiram.
- Creias, meu caro, vais ouvir a voz suave
Que, amável, conversará contigo
Ainda que sussurrando, com carinho,
Te trazendo à vida, te reanimando,
Para que descanses, numa etérea pausa.
- E te reconfortes, te levantes, e sigas em frente,
Decidido, com a força nascida do carinho
Com o amor forjado na ternura!
Respostas
Muitíssimo grato. A gente se entristece mesmo, com a ausência física de pessoa tão amável.
Mas a vida segue. Tudo de bom.
Ah... HEMOção...
- Queria ter um Irmão com tanta inspiraçao e talento!
gaDs