CONTRATEMPPO
Conta-se a vida em esperas.
Para o encontro que é esmola
Vale um dia muitas eras,
Já o adeus vem na mesma hora.
Por um fino arroio, o tempo
Corre e, ao fim, chega à gangorra
De um monjolo fraudulento
- Foz para que tudo morra.
A estaca usa o contrapeso
Da cuba que se esvazia
Subindo aos ares qual aceno
Ao céu de pupilas frias.
Tudo vê e não se comove.
Tanto um quanto outro braço
Ergue-se, e nada socorre
Contra o golpe em descompasso.
A memória é tentativa
De reter a água que escoa
Da concha, antes da batida
Da estaca que não perdoa.
(E. Rofatto)
Respostas
Maravilhoso!
Parabéns, Edvaldo.
Um abraço
Grato, Angélica! Um abraço!
Muito lindo! Parabéns pelo trabalho poético
Grato, Lilian! Um abraço!
Exelente poesia. Aplausos mil
Grato, Norma! Um abraço!