Oficina de verso livre sobre tema - Sem métrica e sem rima - XI
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A proposta, nesta oficina, é trabalharmos a inspiração sobre um tema proposto, onde todos os membros podem participar postando quantos poemas fizerem sobre o mesmo tema.
Tema
" Quando nos conhecemos eu era criança"
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Regras
1.Os poemas devem ser postados dentro da oficina na caixa de resposta principal.
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2.Todos os membros podem participar.
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3.Todos os poemas podem ser postados em seus blogs pessoais.
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4. É proibido o uso do tema como título da obra criada
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5. Não é permitido postar o poema em arte e, sim, em texto.
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6. O tema acima é para inspiração, o uso dos versos em qualquer parte do poema deve ser enquadrado com aspas.
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7. É permitido apreciação nos poemas postados.
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A prática serve para aperfeiçoar o aprendizado.
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Sejam bem vindos e boas composições.
Respostas
Meninice
Houve um tempo de atrevidos olhares
Insurgentes desejos que ditavam modos desajeitados
Tempo de meninice com tantas fantasias
criando em nós, aqueles anseios da juventude
Eu que sempre fui quietinha e calma
quando te vi, ali na cidade, mudei o comportamento
deixei de lado regras e assumi a paixão
coisa de menina, cheia de sonhos de cinderela
Depois de anos passados, e nosso romance juvenil
hoje relembro aquelas cartas e recadinhos de amor
Fui felizarda com um amor em juventude correspondido
vivemos juntos bons momentos
O destino tinha para nós, outros enredos
quando menina você foi o que desejei
sendo carinhoso, compreensivo e gentil
daquele tempo trago boas recordações
coração ainda sente aquele vigor de tempos passado
Lilian Ferraz
27/10/2024
Resta recordar…
Quando sozinha ponho-me a recordar:
Aquele sentimento inocente, belo.
Não saberia naquele tempo definir,
Quando nos conhecemos eu era criança!
Daquela ligação não desconfiava
E a vontade de estar contigo;
Éramos amigos, eu sabia disso,
Mas era impressionante aquele anseio.
O tempo passou, e a saudade é tanta,
Que se soubesse que era amor inocente,
Mas, era sincero, puro sentimento.
Cresci e você foi embora, eu sei.
Agora quando a saudade chega,
Embora seja tarde para um reencontro,
Meu coração se agita no peito:
Resta recordar que nos conhecemos!
Márcia Aparecida Mancebo ( 11/10/24)
Linda poesia em tela. Bjs
RETORNO
Num tempo que não se define,
Talvez se entenda a vertigem do que tento explicar,
Talvez nem se atente a qualquer explicação.
Quem as mãos juntou aprendeu a fazer
Desse simples aconhego
A arca da aliança que conhecemos.
É que voltamos ao primeiro jardim.
Quando daquela árvore provamos todos os saberes,
Éramos de novo inocentes.
Cada um fronteiriço de si,
Sem receio, cruzamos o portal guardado pelo anjo
Para saber quem éramos eu, você - e nós.
Assim veio a saudade de quem fomos
E de quem seremos: outra vez, castos e calmos,
Como quem apanha um fruto ao sol, na oculta senda do horto.
Para lermos num livro velho novas histórias,
Ficamos crianças desde que nos conhecemos,
Eu, você - e nós, nesse perdido jardim restituído.
(E. Rofatto)
Exuberante escrita, caro poeta. Boa leitura garantida.
Maravilha de poema, Edvaldo! Parabéns! Abraço
Tempo de infância
De amar em plenitude
A criança em sua inocência
Almas puras de sincero amor
Abraços de ternura
Sinceras brincadeiras
Andando pelos campos
Colhendo flores campestres
Tantas cores e perfumes
Enchendo as cestinhas
Tudo é amor e carinho
Emoções boas da alma
Na pureza de sentimentos
Tudo é encantamento
No tempero da vida
Dias de grande meiguice
De sentimentos perfeitos
Da vida a primavera
Norma Aparecida Silveira Moraes
24/09/2024
Adorável, Norma. Parabens
Parabéns. Belíssimo!!!
Almas companheiras
De eras, tempo longínquo
Ou amigos de infância
Percorrendo seus caminhos
Longe ou do lado do outro
Ou hoje tão importante
As almas sempre em sintonia
Cada uma cumprindo a sua obra
Buscando a própria felicidade
Seguindo o livre arbítrio
No compasso do tempo
Cada uma lutando pelos sonhos
Num caminho de realizações
E o destino novamente nos uniu
Então mais uma vez
O encontro tão esperado
Almas sentindo tanto amor
Aprendendo na dor de outrora
Na conquista do agora, do hoje
Almas com respeito mútuo
De harmonizar desde crianças ...
Nem o tempo em seu compasso
O imenso amor, ele apagou
Vive no tempo e resistência
Para o futuro eternizando
No baú das lembranças
Norma Aparecida Silveira Moraes
24/09/2024