Oficina de verso livre sobre tema - Sem métrica e sem rima - XIl

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A proposta, nesta oficina, é trabalharmos a inspiração sobre um tema proposto, onde todos os membros podem participar postando quantos poemas fizerem sobre o mesmo tema.

Tema

"As vozes se calaram e hoje vejo..."

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Regras

1.Os poemas devem ser postados dentro da oficina na caixa de resposta principal.

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2.Todos os membros podem participar.

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3.Todos os poemas podem ser postados em seus blogs pessoais.

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4. É proibido o uso do tema como título da obra criada

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5. Não é permitido postar o poema em arte e, sim, em texto.

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6. O tema acima é para inspiração, o uso dos versos em qualquer parte do poema deve ser enquadrado com aspas.

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7. É permitido apreciação nos poemas postados.

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A prática serve para aperfeiçoar o aprendizado.

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Sejam bem vindos e boas composições.

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Respostas

  •  

    O agora de meu destino 

     

    Caminhamos sem palavras por distâncias 

    E os vazios pesarem em pesares de mim

    Foram vácuos que minha vida endureceu 

    Nos abismos das encostas das montanhas 

    Derrapei nos próprios pés e despenquei 

     

    Não tive forças vocais e murmurando sofri

    Numa fenda profunda meu silêncio de morte

    Queria ficar de pé mais minhas pernas mudas

    Não se moveram para a posição de andar 

    Na posição de escalar o mínimo que fosse 

     

    Não queria ser o que sou hoje, tal destino

    Que os ventos me viajaram até às galáxias 

    E me fez me perder no meio das estrelas 

    Que de tanto brilhar luzes que me ofuscaram

    Em fraquezas de corpo e alma padeci 

     

    Queria ouvir algo ou alguém falar, gritar 

    Mas o silêncio do espaço , meu silêncio 

    Alguém me clamar, venha para a festa

    A festa das conversas e vinho Bourbon 

    Há tempo de curar a sabedoria do ouvir.

     

     

    Fim

    A Domingos 

    27/06/2025

    • Linda e tocante sua poesia. Boa semana, poeta

  •  

    (Reeditado)

     

    Hoje Eu Acordei Assim!


    Mãos se movimentam em frente o meu olhar atônito!
    Olho ao meu redor!
    Agito-as, cubro os meus olhos!
    Estou sonhando?
    De posição, as minhas mãos, eu mudo.
    Mostro as palmas das mãos para as pessoas que olham pra mim.
    Estão vazias!
    Algumas pessoas acenam para mim num gesto de adeus!
    Imito-as!
    Grito mas não ouço meu próprio grito!
    Ninguém me ouve ou fingem não me ouvir!
    Acho que pensam que louca, estou!
    Ninguém fala comigo!
    Os carros e os ônibus passam silenciosos!
    Vou entrar na frente de um carro pra ver se pelo menos vai buzinar!
    Sinto um puxão no meu braço!
    Alguém me salva do desastre!
    Segura meus braços e me olha de frente!
    De sua boca saem palavras inaudíveis!
    Sinto tontura!
    A pessoa que me salvou me leva a um hospital!
    Com o médico tudo se repete, não
    ouço a sua voz! E nenhum som sai da minha boca!
    Ele olha minha garganta e ouvidos!
    Mede a minha pressão, escuta o meu coração e pulmão!
    Pega uma caneta e papel!
    Vai passar uma receita médica!
    Tenho uma ideia!
    Pego o papel e a caneta das mãos dele! Assim me comunicar, posso.
    O que está acontecendo comigo doutor?
    Ele também não sabe!
    Vai pedir exames!
    E eu percebo que "as vozes se calaram pra sempre e hoje vejo..." que preciso aprender LIBRAS, a linguagem de sinais para surdo-mudos e continuar vivendo!

    Dolores Fender
    19/06/2025

    • Digno de aplausos e flores,carissima. 👏🌼

    • Ficou lindo!  👏 👏 👏 

    • Obrigada Márcia pela orientação!

       

      Aprender é muito bom e com uma professora como você é maravilhoso!

       

      Bjs.

    • Parabéns mais uma vez.... Gostei demais desta sua Poesia e temas abordados.

      O dia a dia, as surpresas, a sabedoria e a ignorância do ser humano..

      A necessidade de aprender Libras, a língua de sinais para que a voz não se cale é uma fantástica metáfora.

      Falar é preciso amiga, as palavras precisam ter sons, escritas ou faladas.

      Abraços fraternos amiga Poetisa Dolores Fender 

    • Obrigada meu amigo poeta tão querido!

      Bjs.

  • Obrigada Antonio Domingos pelo seu comentário tão gentil!

    Você está sempre presente em minha página com incentivos e apreciações muito  valorosos!

    Vou editar e volto a postar!

    Obrigada,

    Bj

    • Parabéns Prezada Poetisa Dolores por lindo texto.

      São nuances do cotidiano frio e repetitivo e que de certa forma nos afeta às vezes severamente.

      Então suas reflexões são legítimas e algumas de suas verdades.

      Com certeza a vida mudou muito, e cada vez mais difícil de manejar.

      Por exemplo, há falta de bons médicos e assim muitos diagnósticos são errados e repetidamente errados.

      Tivemos uma onda de que tudo era virose.

      Sua belíssima Poesia está completamente inserida no tema " As vozes calaram e hoje vejo"

      Com certeza muitas das vozes que não emudeceram, emitem somente sons sem sentido, sem empatia, sem apreço e sem respeito.

      Abraços fraternos amiga Poetisa Dolores Fender e esteja bem..... Maravilhoso texto poético...

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