Oficina de verso livre sobre tema - Sem métrica e sem rima - XIl

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A proposta, nesta oficina, é trabalharmos a inspiração sobre um tema proposto, onde todos os membros podem participar postando quantos poemas fizerem sobre o mesmo tema.

Tema

As vozes se calaram e hoje vejo...

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Regras

1.Os poemas devem ser postados dentro da oficina na caixa de resposta principal.

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2.Todos os membros podem participar.

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3.Todos os poemas podem ser postados em seus blogs pessoais.

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4. É proibido o uso do tema como título da obra criada

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5. Não é permitido postar o poema em arte e, sim, em texto.

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6. O tema acima é para inspiração, o uso dos versos em qualquer parte do poema deve ser enquadrado com aspas.

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7. É permitido apreciação nos poemas postados.

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A prática serve para aperfeiçoar o aprendizado.

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Sejam bem vindos e boas composições.

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Respostas

  • Barulho mudo

    Sentindo a angústia no passar das horas
    num profundo silêncio entristecido,
    minha alma contrita, esgarça no peito
    e a mente procura motivo para entender.

    As vozes silenciaram repentinamente
    levando um pouco de mim para distante,
    dilacerando meu íntimo de menina
    esperançosa, num amanhã profícuo.

    É triste este acontecimento
    Navegar num mar incomunicável
    Numa borbulha de águas barrentas,
    no escuro de um oceano sem fim.

    Meu coração acelera sem compasso,
    Nada ouço, tudo vejo e lastimo.
    Emudecida entre as sombras do vazio
    Num barulho mudo me amparo.

    Márcia Aparecida Mancebo
    24/05/25

    • O Silêncio pode ser mudo, ou ter barulho

      O Barulho mudo tem sons internos, e queremos entender Vozes que silenciam e angustiam....No barulho mudo que silencia um amparo.

      Muitas metáforas e inflexões assertivas.

      Parabéns amiga Poetisa Marcia Mancebo por esta belíssima Poesia.

      Para mim não existe poesia triste ou alegee, existe a Boa Poesia.

      Abraços fraternos Amiga Poetisa Marcia Mancebo 

  • Sons ausentes 

    Com o coração em exílio, me angustio.
    Num perpétuo silêncio, voo nas sombras.
    Me afasto, me tranco, sem nada ouvir.
    Emudeceram as vozes... Morreu a alegria.

    Na face, escorrem lágrimas de saudade:
    Do barulho, das emoções sentidas
    em conversas, da fala apropriada
    no momento certo, quando tudo desespera.

    É um puro naufrágio da esperança,
    sem alternativas cabíveis.
    Este sentimento desesperançoso desgasta,
    corrói, sufocando a minha alma.

    São horas que ferem nas linhas da escuridão.
    Hoje vejo como é importante o barulho,
    para não sentir saudade sem eco...
    Como um navio perdido, sem porto.

    Márcia Aparecida Mancebo
    24/05/25

    • Como é importante o barulho para preencher a vida ...Um vasto precioso vocabulário que delineado formam lindos versos.

      Uma belíssima Poesia de muitos contrapontos na mesma temática 

      Abraços fraternos amiga Poetisa Marcia Mancebo 

  • Orfandade sonora

    Agora que não ouço mais vozes
    eu sinto os meus ouvidos órfãos.
    E neste silêncio, me pergunto:
    Como hei de estar neste mundo?

    Neste espaço que ocupa o meu ser;
    que clama por barulho e alegria,
    que se comunica com pessoas tagarelas,
    que gosta de contar histórias?

    Ah, hoje vejo a falta que faz ouvir uma voz
    neste fim de tarde da vida obscuro;
    quando os pássaros se aquietam
    e nos confins não há mais ruídos!

    Somente as luzes iluminam as ruas
    trazendo, uma imensa saudade de outrora,
    quando ecoavam sons recheados de sinais vitais;
    preenchendo vazios intermináveis!

    Márcia Aparecida Mancebo
    24/05/25

    • Orfandade sonora é um carretel de lindos versos.

      A Orfandade de algo em nossas vidas e a falta de ruídos trás tristezas e Dissabores.

      Mais o que importa é que a Poesia é uma dádiva de Deus 

      Abraços fraternos e efusivos aplausos por mais esta obra..

      Prezada Poetisa Marcia Mancebo 

    • Obrigada, Antônio. Um abraço 

  • Desprazer

     

    Envolta no véu do silêncio que surge, repentinamente
    Fico ensimesmada com meus sonhos de outrora
    Eu que ansiava uma vida de encantos e alegrias
    vejo me refém desta vida sem euforia, sem entusiasmo
    Onde foi parar aquele afã que aliciava meus arroubos?
    Fui eu iludida por um coração peregrino e indomável
    Perdi o ardor, verti lágrimas e senti a vida escoando...
    O silencio é o que resta de todo aquele arrebatamento

     

    Lilian Ferraz

    04/05/2025

    • Muito lindo seus versos e sua Poesia.

      Muitas inflexões que sustentam sua Belíssima Poesia.

      Gostei demais da temática, Vida e Amor com suas contrariedades.

      AB fraternos amiga Poetisa Lilian 

    • Maravilhoso! Parabéns.

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