Oficina de verso livre sobre tema - Sem métrica e sem rima - XIl

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A proposta, nesta oficina, é trabalharmos a inspiração sobre um tema proposto, onde todos os membros podem participar postando quantos poemas fizerem sobre o mesmo tema.

Tema

"As vozes se calaram e hoje vejo..."

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Regras

1.Os poemas devem ser postados dentro da oficina na caixa de resposta principal.

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2.Todos os membros podem participar.

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3.Todos os poemas podem ser postados em seus blogs pessoais.

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4. É proibido o uso do tema como título da obra criada

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5. Não é permitido postar o poema em arte e, sim, em texto.

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6. O tema acima é para inspiração, o uso dos versos em qualquer parte do poema deve ser enquadrado com aspas.

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7. É permitido apreciação nos poemas postados.

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A prática serve para aperfeiçoar o aprendizado.

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Sejam bem vindos e boas composições.

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Respostas

  •  

    (Reeditado)

     

    Hoje Eu Acordei Assim!


    Mãos se movimentam em frente o meu olhar atônito!
    Olho ao meu redor!
    Agito-as, cubro os meus olhos!
    Estou sonhando?
    De posição, as minhas mãos, eu mudo.
    Mostro as palmas das mãos para as pessoas que olham pra mim.
    Estão vazias!
    Algumas pessoas acenam para mim num gesto de adeus!
    Imito-as!
    Grito mas não ouço meu próprio grito!
    Ninguém me ouve ou fingem não me ouvir!
    Acho que pensam que louca, estou!
    Ninguém fala comigo!
    Os carros e os ônibus passam silenciosos!
    Vou entrar na frente de um carro pra ver se pelo menos vai buzinar!
    Sinto um puxão no meu braço!
    Alguém me salva do desastre!
    Segura meus braços e me olha de frente!
    De sua boca saem palavras inaudíveis!
    Sinto tontura!
    A pessoa que me salvou me leva a um hospital!
    Com o médico tudo se repete, não
    ouço a sua voz! E nenhum som sai da minha boca!
    Ele olha minha garganta e ouvidos!
    Mede a minha pressão, escuta o meu coração e pulmão!
    Pega uma caneta e papel!
    Vai passar uma receita médica!
    Tenho uma ideia!
    Pego o papel e a caneta das mãos dele! Assim me comunicar, posso.
    O que está acontecendo comigo doutor?
    Ele também não sabe!
    Vai pedir exames!
    E eu percebo que "as vozes se calaram pra sempre e hoje vejo..." que preciso aprender LIBRAS, a linguagem de sinais para surdo-mudos e continuar vivendo!

    Dolores Fender
    19/06/2025

    • Ficou lindo!  👏 👏 👏 

    • Obrigada Márcia pela orientação!

       

      Aprender é muito bom e com uma professora como você é maravilhoso!

       

      Bjs.

    • Parabéns mais uma vez.... Gostei demais desta sua Poesia e temas abordados.

      O dia a dia, as surpresas, a sabedoria e a ignorância do ser humano..

      A necessidade de aprender Libras, a língua de sinais para que a voz não se cale é uma fantástica metáfora.

      Falar é preciso amiga, as palavras precisam ter sons, escritas ou faladas.

      Abraços fraternos amiga Poetisa Dolores Fender 

    • Obrigada meu amigo poeta tão querido!

      Bjs.

  • Obrigada Antonio Domingos pelo seu comentário tão gentil!

    Você está sempre presente em minha página com incentivos e apreciações muito  valorosos!

    Vou editar e volto a postar!

    Obrigada,

    Bj

    • Parabéns Prezada Poetisa Dolores por lindo texto.

      São nuances do cotidiano frio e repetitivo e que de certa forma nos afeta às vezes severamente.

      Então suas reflexões são legítimas e algumas de suas verdades.

      Com certeza a vida mudou muito, e cada vez mais difícil de manejar.

      Por exemplo, há falta de bons médicos e assim muitos diagnósticos são errados e repetidamente errados.

      Tivemos uma onda de que tudo era virose.

      Sua belíssima Poesia está completamente inserida no tema " As vozes calaram e hoje vejo"

      Com certeza muitas das vozes que não emudeceram, emitem somente sons sem sentido, sem empatia, sem apreço e sem respeito.

      Abraços fraternos amiga Poetisa Dolores Fender e esteja bem..... Maravilhoso texto poético...

  • Barulho mudo

    Sentindo a angústia no passar das horas
    num profundo silêncio entristecido,
    minha alma contrita, esgarça no peito
    e a mente procura motivo para entender.

    As vozes silenciaram repentinamente
    levando um pouco de mim para distante,
    dilacerando meu íntimo de menina
    esperançosa, num amanhã profícuo.

    É triste este acontecimento
    Navegar num mar incomunicável
    Numa borbulha de águas barrentas,
    no escuro de um oceano sem fim.

    Meu coração acelera sem compasso,
    Nada ouço, tudo vejo e lastimo.
    Emudecida entre as sombras do vazio
    Num barulho mudo me amparo.

    Márcia Aparecida Mancebo
    24/05/25

    • Que maravilha de Poesia amiga Poetisa Marcia Aparecida Mancebo.

      Uma honra sempre ler-te.

      Barulho mudo é uma metáfora que fiz tudo da Poesia e do excelente Tema.

      Abraços fraternos 

       

    • Que lindo Márcia!

      Maravilhoso!

      Você sabe expressar sentimentos profundos com maestria!

      Quero participar deste grupo!

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