Posts de Alexandre Montalvan (562)

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Meu Coração

Meu coração

Meu coração não tem mais medo
A madrugada é fria, e a alvorada
É cheia de segredos
Meu caminhar incerto e triste
Quanto não sei
Em dizer
Mas a m'alma ainda insiste

Hoje não me importa
Se você não estiver
Quando eu abrir a porta
Não chamarei pelo teu nome

Quando abrir a porta 
Eu ouvirei o silencio
Cheirarei o ar perfumado
Perceberei resquícios dos teus risos
Pensarei em um adeus apaixonado

Caso alguma lágrima rolar
Não penses que é de tristeza
Porque eu sei 
Que é da natureza
Dos olhos chorar.

alexandre

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Ama-me

Ama-me

 

Eu quero que me amem

no volume máximo

e da maneira que eu sou

ou então como se ama o próximo

 

mas se não puderem me amar como sou

serei como outrem quiser

posso ser tudo

a cerda da tua escova de dente

um favo de mel adoçado artificialmente

ou a merda

que lanças em uma privada diariamente

 

posso também plantar bananeira

ou mesmo falar qualquer besteira

quero que me amem

por não saber viver sem amor

e se preciso for

serei esgoto em céu aberto

 

o que é certo

é que preciso que me amem

 

por que esta eu manhã acordei sozinho

fui à janela olhei a casa do vizinho

vazia, o mundo, tudo a minha volta estava deserto.

peguei o telefone para ligar um nove zero

sem sinal, eu estava desperto?.

 

Um verdadeiro terror

apossou-se de mim

fui até a cozinha e acendi o fogo

e vi a luz

(eu estava dormindo?).

O que foi maravilhoso

porque eu encontrei a felicidade

ainda não sei se é verdade

como um avestruz

 

voltei para cama e coloquei o travesseiro sobre minha cabeça

e nunca mais parei de sonhar...

 

Alexandre

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O jumento

O Jumento


A todas loucuras nosso amor permite
deliciosos risos de felicidade
no amor que rompemos todos os limites
amor...estrela a brilhar na eternidade


É o marulhar do mar entre estes rochedos
todos os instantes tanger sussurrante
tão intenso é este amar que dá me até medo
são todas doces caricias dos amantes


Se na onda deste amor eu fico perdido
eu só me encontrarei em teus braços queridos
o amar minha delicia e o meu tormento


Pois sem você é terrível meu martírio
se magia é minha vida e o meu delírio
porque sem você não passo de um jumento


Alexandre

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Amore

Amore

Todas as flores que eu lanço no ar
Como borboletas multicores
Exalam este cheiro do amar
São promessas de loucos, amore!

Nestes lençóis de extrema pureza
A cada toque...faminto tesão
Pele se arrepia... delicadeza
Sussurros como gritos de paixão.

Não deixe que as flores se acabem
Permita-me o colorir de um sonho
Peço que impeças o meu abandono
Eu quero tudo sentir  amore
Todo este amor, a dor, esta emoção. . .

Não me deixe morrer nesta estrada
Eu não quero chorar por alguém
Eu preciso fugir desta mágoa
Que teima em ter, o que não se tem...

Alexandre

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Efêmero

Efêmero

Efêmero como a noite, é a vida
e desapercebida ela voa
e como ave perdida
não sabe onde pousar .

Se pousa na folha
se pousa no galho
enquanto não sabe
fica parada no ar.

Efêmeros raios de luar
que a vida não explica
a mesma noite que passa fica
para na efemeridade passar.

Efêmero como o dia é este amor
que começa na noite tão ardente
e na madrugada
se despe de todo o rubor
mas simplesmente
ao dia raiar termina de repente
deixando apenas a saudades...
Ficar. . .

Alexandre


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Doença da Alma

Doença da Alma

 

Podes sentir no vento

no olhar...no pensamento

neste fogo inextinguível

este amor que a todo momento

a consome enfim.

 

Flui como um rio corrosivo

desespero, em um grito aflito

explode como um vulcão ativo

com suas lavas incandescentes

e a consome no fim.

 

Se tudo que em ti existe, insiste

nos limites do infinitamente triste

e baila em vos beirando a loucura

na alma que Deus lhe deu

que já não consegue mais encontrar

pois em algum momento se perdeu.

 

Onde é que estão as ambigüidades

se não é em teu coração

na tua voz

no teu olhar

ou na palma da tua mão .

 

Se teu amor contigo se parece

se compadeça deste trauma

desta dor

faça para Deus uma prece

para esquecer esta doença da tua alma

chamada amor.

 

Alexandre

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Destino

Destino

Meu destino me envolve
Sentimento que confunde, distorcido
Medo do desconhecido,
Medo de parar esta alucinante viagem
Que me tornou algo selvagem
Afastando-me de você
Esta dor me consome


Transformando em cinzas o que era dia
Despedaçando minha doce magia
Destruindo emoções, pensamentos, opções
Por entre o caos procuro caminhos
Alternativas, atalhos, soluções


Mas tão somente encontro espinhos
Que rasgam minha carne, enfraquece meu ser
Persigo a loucura, continuo sozinho
Meu destino me envolve
Odeio meu destino


Com ferro em brasa queima minha alma nua
Com mãos de fogo reforma a forma
Que já foi tua
E na ferida aberta a dor confusa continua


Como um louco eu luto para abrir meu coração
Como um sensitivo percebo não há jeito

quando
Um anjo maldito escreve a faca em meu peito


O teu nome é solidão. . .

Alexandre Montalvan

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Amor de Rosa

Amor de Rosa

Sobre as areias do deserto
Caiu uma gota de suor
No seu caminho incerto
Sobre uma semente ela pousou.


Com seu corpo de água coberto
A semente abriu-se, engravidou
E nas areias áridas do deserto
Uma linda roseira brotou.


Na aridez profunda e quente
Uma simples semente
Junto a uma singela gota de suor.


Uniram-se na magia da paixão
Desta união nasceu uma rosa
E a esta rosa eu dei o nome
de Amor!

Alexandre

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Universo

Universo

Neste lindo e misterioso universo

vastidão esta... imensa e infinda

maravilhosos são os versos

feitos a luz da lua... tão linda

 

São galáxias nebulosas e cometas

tem até berçários de estrelas

é preciso o Hubble para vê-las

nascem como se fossem bebês

como tudo fosse feito para mim e para você.

 

São quasares que pulsam eternamente

asteroides, buracos negros e escuridão

nosso sol... o seu nascente e seu poente

Deus dos céus é uma bolha de sabão.

 

Ela sobe a se perder no infinito

de tão frágil logo ela vai explodir

nosso universo é misterioso e tão bonito

mas um dia eu terei que daqui partir.

Alexandre

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Rubra Rosa

Rubras Rosas

E no preceder do fim

rubras como a carne ferida

florescem as rosas em um jardim

no fenecer de suas vidas.

 

E gritam para serem observadas

porque florescem quando chega o anoitecer

é tão vazio viver sem serem amadas

as lindas rosas que nascem para morrer.

 

Tão tolos são seus mais amargos medos

de uma suprema e inexequível solidão

quem são vocês rosas deste enredo

quais as marcas que bloqueiam tua razão.

 

Todo o ofuscante sabor das tuas belezas

se perderam nesta mesma solidão

rodam o mundo para não perder a clareza

rubras rosas do meu próprio coração.

Alexandre

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Folhas Mortas

Folhas Mortas

Tudo o que existe no mundo
tem o gosto da angústia
do enorme vazio da solidão
folha seca a boiar no mar
em suaves vens e vão.

Um disforme desespero sem sentido
transparece em minhas tremulas mãos
eu não sei aonde foi que se perdeu
o meu triste e corroído coração.

Tantas são nuvens de rumo incerto
que fazem o vento urrar como leão
a alma secar no sol em um deserto
e morrer de tristeza e desilusão

Em tudo são apenas folhas mortas
no vento em redemoinho de aflição
rodopiam silenciosas e não importa
a dor que há em meu pobre coração.

Alexandre




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Amada Morte

Amada Morte

Descanse em paz em meu leito
amada morte. . .

Quem como um anjo dorme. . .
dorme o sono do que é eterno
e infinitamente belo
o fim da existência. . . do que acaba
para um novo renascer. . .

Descanse em paz porque é cedo
companheira querida
teu berço é feito de vida
talhado ao longo dos tempos
para o eterno renascer
de novos dias. . .

Deixe-me em paz. . .
companheira da minha vida
teu erotismo me engana
pois do teu peito emana
a minha louca vontade
de em teus braços estar. . .
com você.

Alexandre 

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Paixão e Fogo

Paixão e Fogo

Paixão. . . eis que chama. . .
Sobe o fogo, o calor, queima em brasa
Como chama se queimou e se apaga
E agora o que resta.

Nada

Silêncio. . . eis que cala...
Explosões de sentimentos
Como o mar em seu lamento
Ao chocar-se com a rocha
A esmigalha
E agora o que resta

Nada

Meu Deus

porque a minha existência se contorce
entre o silêncio e a chama
se no fogo eu me queimo
e no silêncio. . . este vazio imenso
me acompanha.

Alexandre

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Folhas ao Vento

Folha ao vento

Folha ao vento, em uma dança lenta,
a folha cai.
Ao desprender da origem não sabe o destino,
não importa aonde vai.

Seus temores são metáforas
sua dor é solidão.
Em sua liberdade sem sentido
ela dança um sonho
uma canção.

Tanta força a castiga
tatuando-lhe carismas.
Ela cria movimentos
para transformá-los sofismas.
O outono é a razão
de sua misteriosa existência.
Altera verbos para que se perca
a eloquência.

Sua tristeza é a antítese
das manhãs e dos jardins.
Sempre sonha o mesmo sonho
E o que é bom diz que é ruim.

Sabe ser apenas uma folha ao vento
Tão simples assim.
Vendo rostos conhecidos
frios sem sentimentos.
Que mudam a todo o momento
Transformando o ferro em aço...

Eu me laço.
Nos teus braços e abraços.
Beije-me...
Em teus lábios me enlace.
Afaste-me deste inverno
que me afasta de você.
Deixe-me repousar em teu delírio.
Renascer em tua aurora.
Aquecer-me em tua luz, saborear tua doçura.
A cada amanhecer estar agarrado ao teu ser.
Pois por mais que eu flutue ao sabor da brisa e do vento
meu destino você...

Alexandre

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A Minha Morte

A minha morte

 

Como é doce a minha própria morte

Um doce mergulhar no nada intenso

Sentir distante o aroma do incenso

E não mais ser a dor da carência

Das minhas mãos que jazem não estendidas

A ninguém que realmente se importe.

Ou que viva.

 

Como é doce esta estranha vida

Que vem lenta depois da morte

Com a tênue escuridão da noite

O farfalhar das asas densas do abutre

E as nuvens negras sobre a carne viva

Com a fome que tem guarida na vida.

Ou na morte...

 

Sentir pulsar a vida, vermes que devoram

A carne que então serve lhes de comida e ninho

Neste instante deste interminável caminho

Da morte enquanto vida, como toda a profecia

Não me chame, veja apenas a luz, da fria chama.

é

apenas minha melancólica hitodama.

Alexandre

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Preciso de Você

Preciso de Você

Eu preciso de você

eu preciso as claras e não as escondidas

na forma de longos romances e amores

no aroma da pele rasa

nas ondas das entrevidas...

 

Este amor que é pura transgressão

uma avassaladora descida

uma loucura suicida.

 

E para que não aja nem saída

é preciso escrever no céu

navegar no além

em um barco de papel

quando é isto que se tem.

 

Eu preciso de você no chão

e tocar teu rosto

no final deste verão

neste  outono  sem gosto

tudo é possível

seja como for

eu preciso odiar este amor

este amor é horrível.

Alexandre

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Chorar por Amor

Chorar por Amor

Não existe maior dor
Que a de
Chorar sozinho
E não poder achar palavras
Que expressem este pesar
E então apenas chorar baixinho
Sem ninguém para acompanhar

Se esta dor é de um amor
Que seja eterna
Porem de eterna não tem nada
Pois começa na madrugada
E termina
Antes do sol raiar

Deixa-se marcas no coração
Deixa dor... Deixa saudades
Porque a flor da felicidade
Jaz murcha desfolhada
Jogada ao chão

Então é melhor chorar sozinho
Pois sozinho meu chorar
Acompanhado de um bom vinho
Que me entorpece e me aquece
E sendo assim
É bem melhor que com você.


Alexandre montalvan

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Sereia

Sereia

 

Impossível viver no improviso

enquanto a minha alma gela

pouco importa o teu aviso

sempre vem uma bala perdida

assim que eu abro a janela.

 

Quem sou neste mundo estranho

porque será tão difícil sonhar

para meu coração não há tamanho

quem sou eu neste imenso rebanho

só uma gota de água no mar.

 

Toda a minha emoção vibra e ecoa

é uma canção de amor em um piano

como tu que és bela és forte e serena

como enormes ondas em um oceano

 

Porque tudo em você me encanta

doces são teus sonhos de esperança

meiga, doce e pequena amada

se embalando em nuvens de prata

destilando um doce veneno.

 

Alexandre

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Amor

Amor

Como é doce a voz do vento
Que os cabelos despenteiam
Como chicotes violentos
Que na face estalam sedentos

Buscando o sal das lágrimas
Que nos olhos brotariam
Na suave melodia
Sussurrado pelo vento  

Neste lúdico momento
Como disse brotariam
Brotariam uma a uma
E assim começaria

Encharcando a lua seca
Inundando toda a terra
Um milhão de lagrimas ao vento
E assim inundaria

Inundaria
Este céu carente de estrelas
E este seco e estéril jardim
Que ao ouvir a voz do vento
Dos teus olhos surgiria
O teu amor por mim

Alexandre

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CPP