Seria assim...
Ciducha
Alisaria meus cabelos, murmurando baixinho
que eu era o teu amor
Seria dominada por uma alegria delirante
Agarrar-me-ia a ti devorada pela ânsia
e um desejo que jamais sentira.
Meus lábios floririam e amaciariam sob os teus
Meus olhos se arregalariam fitando as estrelas
Que se encolheriam e faiscariam em pontos de luz
Vento, trovão e o distante rumor da tempestade
Em formação, cantavam exultantes com paixão
Atávica e êxtase!
Sentiria o giro da terra sob meus pés
Uma selvagem rotação invadiria meu corpo
Apertar-me-ias em teus braços
Levando-me para a escuridão, que estaria quente,
Glamorosa e impenetrável...
E cheia de vozes harmoniosas!
Poema inspirado na música interpretada
pela Zizi Possi...
🎶Na Tessitura do Amor Que Responde!🎶
(João Carreira, o poeta, responde ao poema “Sinto Muito” – poetisa Ciducha)
I
Crocheteia tua rosa na ternurística estrada,
E no pudor recebo tua flor,
Telúrica chama que nunca é calada,
Na tessitura se refaz nosso amor.
II
Dir-se-ia arcano de pura devoção,
Amálgama sutil de tu’alma com a minha,
Inatual sonho que dá analogia ao perdão,
Iridescência rara que jamais definha.
III
Se ofertaste metade, recebo inteira,
Pois teu jardim floresce além da terra,
Na ternura bordada, paixão verdadeira,
Teu canto ecoa e jamais se encerra.
IV
E se foste canção inacabada,
Eu respondo com música sem fim,
Crocheteia esperança em aurora dourada,
Eterna amalgama do teu ser em mim.
Fim!
I
Na congruência do lume encantado,
Refuto a suspeição do sofrer,
O coração, pejado e marcado,
Ansiando por novo amor renascer.
II
A paixão carnal se faz desvelo,
Frágil cristal que cedo se parte,
Porém, o amor, diáfano e belo,
Transmuta a dor em nova arte.
III
Auspicioso é o sopro do vento,
Que traz acalanto e clarão,
No lume desperta o sentimento,
E guia-me à outra paixão.
IV
Do passado só guardo o ensejo,
Pois a alma deseja encontrar,
Em taça de cristal, o desejo,
Um novo amor pronto a brindar.
Fim!,
Foi num boteco te conheci
Ciducha
Lá estava eu e minha turminha costumeira
Logo que cheguei, percebi um olhar de cobiça...de encantamento!
Será?
Não sou mais uma moçoila, mas confesso
que ainda sonho com um grande e ultimo amor!
Já esqueci como flertar, mas é tao bom!
Sem licença pedir, ao meu lado se sentou
Abusado!
Como se fossemos velhos conhecidos
abraçou a cadeira e meus ombros tocou
Gostei?
Muito! E até me aconcheguei...
Combinamos de tomarmos
o café da manhã.
Vai rolar?
Isso eu já não sei
Amanhã eu volto para contar!
São Paulo/09/2025
(sem correção)
Taça de cristal
Ciducha
A taça de cristal quebrou. Nosso amor se foi
e a brincadeira acabou...
Mas e se ela apenas trincou?
Nas nossas lembranças
a saudade ficou!
E elas jamais serão apagadas...
Ficarão marcas indeléveis
Aonde a emoção jorra
em nossos corações!
Sentirei saudades das
suas birras e brabezas...
Às vezes tenho a impressão
olhando ao longo do caminho, avistar
como uma ilusão,
seu porte elegante, blazer branco
me acenando!
(SEM CORREÇÃO)
ONDE ESTÃO...
Juan Martín Ruiz
Onde estão, para onde foram?
Eu não sei onde é que moram
Aqueles seres queridos,
Aquela antiga paixão
Que alagou meu coração;
Daquele amor, os suspiros.
Minha vida vai passando
Mas não me esqueço de quando
Vogava por esses mares
Dos sonhos que não terminam,
Dos amores que fascinam,
Dos momentos singulares.
A minha nau vai chegando,
São sonhos que não comando,
Ao meu passado, ao meu lar,
Com feitiços que me atraem,
Mas quando os sonhos se esvaem
Só vejo as ondas do mar.
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