Posts de Diego Tomasco (230)

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Tô atoa

Quando canto pra lua não vejo nada adiante,

Tô atoa,

Quando olho pra grama também me sinto verde,

Tô atoa,

Quando penso em meus delírios escrevo algo interesante,

Tô atoa,

Quando existe luz e ascendo velas não penso num romance,

Tô atoa,

Quando leio um livro e não entendo nada acho muito interessante,

Tô atoa ...

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O louco Álvaro

 Quando o louco Álvaro sofre de solidão recorre a poética incomensurável e pessoal de apenas existir, estar.

Há uma cerimônia ritual quando se dedica a caminhar pelas ruas  gritando e  desmontando a frieza e a falta de humor,

Ele é como um plasma que se move sem ser percebido, como algo que está ali sem sentido , 

O louco Álvaro continua vivendo sem projetos, e uma entidade paralela, um protesto suburbano  sobrevivendo á cidade obscura e selvagem.

Diego Tomasco.

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Soltando verbos

 Nos ensinam desde pequenos que o mundo e uma dúvida de paisagens, e que temos um corpo cheio de osos e emoções.

A existencia brevísima pode ser um latido de amor e aventura, um peito maternal cheio de alimento e vida, os protocolos não são feitos para curiosos e teu silêncio pode ser uma esperança que não cicatriza.

Cerimônias espléndidas e inúteis, orgasmo de amor e de espanto, pánicos que esperam o cançaso e o silêncio dessa pequena morte carregada de solidão.

O desejo que se esgota gota a gota, brevísimos apogeos de felicidades, 

Onde está o depois do final??

Tempo definitivo, vitória dos nossos inimigos, a melancolía que sacia a fome do comodismo, seguiremos entre escombros e dúvidas, desconfiando do futuro e velando o passado.

Diego Tomasco.

 

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Quando estava no río

 Em algum momento o céu era azul, 

Lancei a linha no rio, esse rio que nunca é o mesmo, 

Quando estava na água tudo parou, sei lá não havia nada e não conseguia pensar, eu não sabia que os sentimentos não passam, apenas se escondem em algum lugar do cérebro,

Tive que continuar olhando pra mim no reflexo da água, mais não é como no espelho, aquela imagem distorcida sabia coisas de mim que já tinha esquecido,

Então não sei , mais por um breve instante pesquei uma ilusão e o rio é a vida que não retrocede, 

Sem peixe não á pescador, mais sem pescador sempre haverá peixes...

 Diego Tomasco.

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Anarquistas de botequim

 Quando o fogo derrete o plástico, quando vemos o que fomos e já não voltaremos a ser,

A imagem trás o desejo e as palavras carregam variantes com aura de serenidade,

Quando não fizemos nada e a rotina nós escravizava, nos tornamos anarquistas de botequim,

 Quando a melhor opção nos coloca em perigo procuramos o comodismo dessa covardia petrificada, 

Interminável presente de incertezas e vazio, viver sobrevivendo a esses domingos infinitos,

Quando perdemos o pouco por correr atrás de tanto, vamos somando silêncios e ausências, 

Velhas incoerências ,

Nessa estranha e penosa decadência...

Diego Tomasco.

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Inverno de chumbo

 Estático vejo o mundo lá fora com toda essa vida inevitável, o destino me marcou no seus acasos, eu sei que aqui sentado o relógio pendurado na parede me persegue infinito enquanto mede a eternidade.

O frio é uma desculpa quasse inútil que me engana, estou sentado na cadeira, talvez seja parte dela.

 Azoteias e fumaças dão o cinza que se funde a esse inverno de chumbo e chuva fina, não sei o que me espera, 

Tenho medo que não volte a primavera...

Diego Tomasco.

 

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Olhos noturnos

O mundo que criei tem formas de razão e desvaríos porque o frio e o fogo balançam no meu coração,

Me escondo nas flores e nas estrelas, me sinto perdido no sabor dos teus beijos e no aroma da tua cabeleira,

Querer dormir nos teus sonhos e nadar nas águas do tempo, sentir o movimento devorando esse vazio indefinido e lento,

O mundo que criei atravessa verdades e recomeça no infinito, escondendo vogais em garrafas de vinho,

Quero apenas essa primavera intacta com esses caminhos e lagos perdidos,

Sou desconhecido nos teus olhos noturnos...

Diego Tomasco.

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Pseudo verdades

 Meus sonhos não concluem minhas pseudo verdades, talvez os guarde em algum castelo de cristal,

Também olho para o céu sentindo uma saudade não sei do que, a liberdade sem gurus é a mais importante , 

Não quero ser uma cópia de mim mesmo...

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Espinhos prateados

 Há um boato de que estou louco, mais e que ainda escuto pequenas vozes escondidas que me chamam, mais tudo muda quando giro em devaneios e começo a devorar teu amor,

Há um boato de que sou nômade e desabitado, entre meus espaços existe um litoral solitário que me envolve nessa vasta areia de solidão e vento,

Há um boato de que estou repleto de monstros e  mostruários que fermentam num espiral misterioso de linhas mal escritas,  sou o caminho na pedra, a cólera serena do fogo, um arquipélago gelado de frustrações.

Há um boato de que persigo esses espinhos prateados e de que ainda fico imóvel e misterioso, talvez aquelas portas ainda não foram abertas, talvez comece tudo de novo,

E que ainda não acordei desse sonho...

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Tributo a melancolía

Hoje acordei querendo respirar , amanhã já é tarde, sou viajante com aura de bruma e devaneios,

Esse tributo ao olvido, esa melancolía de claraboya e rastros de odio vencido surge como espanto de utopías cheias de limo,

Hoje carrego essa mochila cheia de vergonhas e silêncios , mais resisto a essa famélica impaciência de saber que a vida e um parêntesis de segredos que flutuam entre meus medos .

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Teus lábios indomáveis

 As manhãs serão flor de grandes dias, e serei um instante no tempo,

No fundo á saída mais teremos de remover ausências, e preciso matar o tédio para seguir vivendo,

Teus lábios indomáveis são como brechas que recorrem minha solidão e a terra sombria goza dessa morte diária e desiludida,

Mais e firme esse edifício destruído, como agonia que canta feroz sobre esses restos de arrogância,

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Soneto num jardim inglês

 Num jardim inglês, de cores mil,

As flores dançam com a brisa gentil,

O verde exuberante, um tapete a se estender,

Onde sonhos e encantos vêm florescer.

 

Rosal trepadeiro abraça o muro antigo,

E o riacho murmura calmo e amigo.

Azaléias e lírios em harmonia a brilhar,

E o aroma das rosas no ar a pairar,

 

No jardim inglês a natureza a sorrir,

Um refúgio de paz, a nos seduzir.

Assim é este jardim, mágico e sereno,

Onde a beleza da Inglaterra nos faz sentir eternos.

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Champagne

 Tô cheirando a essa imunda maravilha carregada de bares e ruas perdidas em noites de luxúria,

Tô dentro dessa pálida champagne, dessa seda de bordel com espelhos no teto,

Aguardei estremecido a voz da razão, arrastando vacilações e amores que duraram um minuto, 

Nessa noite gelada te dizia um te amo enquanto segurava teus pálidos seios entre minhas mãos,

E nessa irremediável historia de vacilos cabe uma piedade que pede clemência num devaneio de insônias,

Tô nessa insensatez de pasos inconstantes, de esperanças que demoram a chegar, de outras vidas que inventei, de ilusões sem magia, 

Tô cheirando a outros carnavais...

 

 

 

 

 

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Caleidoscopio

 Na mente um universo sem fim floresce,

E a imaginação e a musa que enaltece.

Em sonhos coloridos, sem amarras ou razão,

Criamos mundos, onde a mente é a direção.

 

 

 

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Lágrimas no teu bolso

 Guardo minhas lágrimas no teu bolso e o tempo corre,

Guardo  lembranças na porta do esquecimento,

Guardo coisas para depois, como alguns lamentos,

Guardo uma canção na garganta que nunca escrevi,

Guardo esse amor calado que ainda não vivi...

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Segredos de penumbra

 O vento dança nas vielas da antiga cidade, limpando suas calçadas desgastadas,

Pessoas caminham em busca de sentidos perdidos, em meio à noite estrelada.

Copos cheios, corações vazios, procuram algo que os console,

Mas na dança das sombras, a solidão persiste, sem controle.

Risos ecoam, histórias se entrelaçam, nessa tristeza que dança,

Nos cantos obscuros das mentes, onde a alegria e suspeita.

No jogo das aparências, máscaras escondem a dor,

Enquanto as horas passam lentas, e trazem o amanhecer sem fulgor,

E assim a madrugada se despede, revelando segredos na penumbra,

Vidas vazias, bares cheios, cada qual com sua busca.

Na efemeridade da noite, reflexões ecoam no ar,

 E nas esperanças renovadas ou perdidas, esperam o próximo luar.

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Entrevista com a morte

 Diego Tomasco: Olá, Morte. É estranho conversar com você.

Morte: Olá, Diego. não é comum ter conversas comigo, de fato.

Diego Tomasco: Sempre fiquei curioso, o que acontece após morrermos?

Morte: A resposta a essa pergunta é complexa e varia de acordo com as crenças de cada um. Mas posso dizer que a morte é apenas uma passagem para outro estado de existência.

Diego Tomasco: Isso soa um pouco reconfortante, na verdade, a morte é o fim ou apenas o começo?

Morte: Alguns a veem como o fim de tudo, enquanto outros a consideram o começo de algo novo e desconhecido. A verdade está além da compreensão humana plena.

Diego Tomasco: Existe algum tipo de padrão ou destino que você segue?

Morte: Minha função é simplesmente levar as almas para além deste plano de existência. Não sigo padrões ou destino, apenas cumpro minha natureza inevitável.

Diego Tomasco: Há algo que podemos fazer para nos prepararmos melhor para a morte?

Morte: O mais importante é viver a vida de maneira significativa e aproveitar cada momento. A morte é inevitável, mas o que você faz enquanto está vivo é o que realmente importa.

Diego Tomasco: Tem alguma dica sobre como lidar com a perda de entes queridos?

Morte: O luto é um processo pessoal e único para cada indivíduo. É importante permitir-se sentir a dor e a tristeza, mas também buscar apoio em amigos e familiares. A lembrança das memórias compartilhadas pode trazer conforto, a saudade e o amor sempre ficam.

Diego Tomasco: Obrigado por essa conversa, Morte. Foi esclarecedor, de certa forma.

Morte: De nada, lembre-se de que estou sempre presente, mas não é necessário temer-me. Minha natureza é parte essencial da experiência humana.

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Días de sol

 A felicidade é um raio de sol,

Que brilha forte dentro do peito,

É um sorriso que nasce sem controle,

Quando vivemos momentos perfeitos.

 

É a paz que se encontra na quietude,

Um abraço sincero que nos aquece.

É viver com amor e plenitude,

Na jornada da vida que enriquece.

 

Na simplicidade encontramos a riqueza,

Nos pequenos detalhes a alegria,

A felicidade pura e sem tristeza,

É o que dá sentido aos nossos dias.

 

 

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Ruas vazias

 Na vastidão do meu ser solitário,

Caminho pelas trilhas da saudade.

Sinto a ausência de um abraço solidário,

E a tristeza invade minha intimidade.

No silêncio da noite, a solidão me abraça,

E sinto a falta de uma voz a me confortar.

O vazio em meu peito não se despedaça,

E a tristeza insiste em me acompanhar.

Nas ruas vazias, caminho sem destino,

Observando casais felizes a passar.

A solidão me envolve, como um destino,

E a dor no peito só faz aumentar.

 

 

 

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CPP