Hoje, borboleta!
Permanentes discussões, anseios
Em machucados pensamentos
Emolduram a fronte caída
Que precisa reerguer-se e libertar-se...
Muitas vidas foram dadas
Sacrificadas, lançadas
Ao sombrio acampamento
Das ilusões perdidas...
Uma luz rompe o silêncio
E chegam ruídos de clamor
Que aceleram a transformação
Do ser nascente em vida plena...
Essa luz incide sobre sua cabeça
E, com a essência mais pura
Que reflui da embalagem que rompe
Leva-o a transpor a linha do horizonte...
E tudo reacende com a luminescência
Que transmuta o feio em belo
Na graça da criação que ensina a todos
Beber a taça do fel, para ser livre...
Mena Azevedo