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Castração de Zé Pinica

Castração de Zé Pinica


Zé Pinica ficava em cima do barranco onde passava a linha do trem de ferro, vendo a fila de homens que formava o movimento na casa de Terezão. Sons de viola e pandeiro se arrastavam pela cidadezinha, mal as estrelas começavam a piscar. Ouviam-se cantigas plangentes, vindas da bodega do seu Nezinho que se enchia de homens: trabalhadores rurais, pedreiros e alguns comerciários que iam conversar e tomar um gole de cachaça.
Zé Pinica, metido nos seus trajes rotos e sujos não se atrevia a entrar nesse recinto. E pensava com tristeza: “Ali não é lugar pra mim não”!
Quando todos se retiravam, ele descia o barranco depressa e ainda encontrava o dono da bodega fazendo as contas do dia. Desconfiado, metia a cabeça porta adentro e esperava pelo chamado de seu Nezinho, sempre muito atencioso com ele. Era costume o dono da venda dar uns “goles” a Zé para pagar as latas d’água que carregava para sua casa.
Mas nesse dia, dois sujeitos ficaram à espreita e, logo que Zé entrou, eles entraram atrás e ofereceram algumas doses de pinga para ele e logo saíram. Seu Nezinho achou tudo isso muito estranho. Zé bebeu e agradeceu. Trocando as pernas, chegou a sua casa que, na verdade, era um quartinho de porta baixa e uma janela. Morava só. Saía cedinho e abastecia a casa das famílias mais abastadas com água do rio que cortava a cidade. Comia pelas casas por onde andava. Todos gostavam dele. O apelido de Zé Pinica fora dado pelo padrinho que logo notou o piscar incessante dos olhos muito miúdos. Eram assim também os outros irmãos. Isso era um problema genético.
Naquela noite ninguém dormiu pelos arredores da linha de trem de ferro, depois das duas horas da manhã. Gritos com soluços chegavam sufocados às ruas do pequeno lugar, onde também morava a bonitona Manuela, uma rapariga balzaquiana que deixava os homens babando, quando passava faceira e sacudia as ancas, metida num vestido de chita, com flores muito vivas e com um decote muito ousado que deixava os belos seios à mostra. E assim despertava suspiros provocantes e olhares maldosos quando atravessava a pequena rua. Foi com Manuela que Chico se metera e tornara-se seu homem. Saiu da casa de Terezão e passou a morar só. Sua porta fechava-se para qualquer outro garanhão. Ali só entrava o fanfarrão, que vivia à custa do pai, um fazendeiro e comerciante abastado da redondeza, que nem sempre estava disposto a manter as orgias do bom “vivant”.
Os gritos acordaram muita gente, antes que despontasse no céu ainda estrelado, a alvorada que precede o nascer do sol. Eram gritos sofridos que saíam como uivos e chegavam até as casas mais distantes como tristes lamentos.
Quem morava por perto não resistiu aos apelos e saiu de casa para ver o que era. Os berros partiam da casa do Zé, que estava de porta aberta.
Enquanto isso, dois sujeitos chegavam arfantes num esconderijo previamente escolhido por Chicão para se encontrarem.
-Tudo feito, Chicão. Deixamo o cara estendido no chão, nadano em sangue. Jogamo os cuilhão no rio. Hahaha!
-Muito bem! Mas cortou  a genitália toda? Aquele moleque vai aprender agora que com mulher de macho não se mete. Olhe quem!... O Zé!...
-E aí, seu Chicão, quando vai passar a bufunfa pra nóis?
-Não se preocupem. Amanhã vou com meu pai à fazenda separar uns bois pra vender. Vocês serão recompensados logo, logo. Quanto ao cara, procurem saber se deram socorro e se não desconfiam de ninguém. Não era pra matar, não!
Despediram-se e Chicão tomou outro rumo para não levantar suspeitas. Nego e Bastião seguiram pelo rio, do lado oposto à casa da vítima.
Ao entrarem na pequena casa, os moradores dos arredores não queriam acreditar no que viam. Zé estava desmaiado em meio a uma poça de sangue.
-Quem fez isso? Cortaram os “documentos” do Zé! Coitado!...
-Vamos avisar a polícia.
Outros diziam que era melhor avisar ao delegado.
Nessa discussão imprecisa, esqueceram-se de cuidar do pobre homem que, durante sua vida miserável nunca pensara nessas coisas... E mulher de gente rica, então, nem pensar. O sangue que escorria pelo quarto de terra batida foi o mesmo que carimbara os dedos do criminoso na porta do casebre. Lá ficaram suas impressões digitais.
À noite, no Bordel de Terezão não se falava em outro assunto, enquanto na venda do seu Nezinho, Nego e Bastião viravam goles de cachaça, um após o outro e, muito bêbados, falavam meio abobalhados:
- Bastião, tu viu Zé dispois que cortemo os cuilhão dele?
-Num vi inda não, home! Cuma haverá de ver?
- Que mentira boa essa! Chicão ficou puto de raiva e creditou mermo na gente!
-O coitado tão inucente, cara! Tão bobo e sem maliça niuma!... Também dona Manela num ia dar osadia pra ele mermo! Só assim pra nóis ganhar um dinheirim daquela gente...
- A, pois! Um dinheirim sujo, meu veio!...
Nessa mesma noite os dois foram levados à cadeia do lugarejo, onde só despertaram com a chegada do Delegado, que mandou uma ordem de prisão também para Chicão. As impressões digitais foram analisadas e confirmou-se o que todos já sabiam. A pinga que tomaram na venda do seu Nezinho deixara-os bêbados, a ponto de confessarem o crime encomendado.
O desenlace dessa história, caro leitor, você há de presumir. Zé se restabeleceu, mas a mutilação deixou-o incapacitado para suas atividades sexuais e procriadoras. Nego e Bastião ficaram algum tempo presos e Chicão, logo que o pai ficou sabendo, foi à Delegacia e deu ordens ao Delegado para soltá-lo.
-Delegado, vim para o senhor soltar meu filho, ora essa! Meu filho preso por causa de um pobre diabo? Solta! Solta logo!
Era assim nos tempos dos coronéis nesse sertão brabo e é assim hoje também, quando os crimes de colarinho branco permanecem impunes! Um desrespeito à dignidade humana, à vida!...

 

Mena Azevedo

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Minha mente vagueia

Proposta 01 de Márcia – Ao chegar a noite, vagueia a mente

 

Minha mente vagueia

 

É noite... O sol já foi embora

A nostalgia está em mim

E a minha mente sai agora

Vagueando pelo universo sem fim...

 

Por que a noite me deixa assim

Tão melancólica, presa a um vazio

Que torna denso o meu jardim

Causando dor nesse viver sombrio?

 

A noite se aprofunda.... É madrugada

Vagueia minha mente solta ao léu

Não sabe onde está agora e, cada

Sentimento vai brotando em escarcéu...

 

É a noite que traz essa situação

Aos viventes que, no recolhimento

Desligam-se do corpo em exaustão

E deixa voar para o além seu pensamento...

 

Mena Azevedo

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Baila comigo

Baila comigo!

 

Vem... chega mais perto

Baila comigo

Esse bailado suave

Ao som da música

Que soa nessa grande nave...

 

Chega aqui...

Baila comigo

Esse bailado sensual

Com passos que tocam

Nosso corpo sem igual...

 

Chega mais...

Baila comigo

Esse bailado frouxo

Que me leva ao frenesi

Em contato com teu corpo...

 

E, durante esse bailado, enfim

Estaremos nesse ensejo

Envoltos no mais frenético

E sensual desejo...

De nos amar sem fim...

 

Mena Azevedo

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Céu de tempestade

 Céu de tempestade

 

Um risco de luz atravessou o céu

As estrelas se esconderam com medo

A tempestade chegava e com um véu

Negro cobria a face da terra tão cedo!

 

Minh’alma chorava em silente agonia

Ante àquela hora em que a luz apagou

Em mim resquícios de luz que sumia

No espaço etéreo! Eram instantes de pavor!

 

Tão só, tão isolada do mundo, pedi ao Criador

Paz entre o Céu e a Terra para que cessasse

Essa guerra entre os elementos e que o amor

Nesses momentos de trevas, prevalecesse!

 

Raios que clareiam o céu ameaçam a cair

E os estrondos dos trovões fazem ensurdecer

Meus ouvidos que não querem mais ouvir

Tudo o que deixa em nostalgia meu ser!

 

Mena Azevedo

 

 

 

 

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Cântico 04 - Noite de tempestade

 

Noite de tempestade

 

Meu senhor e meu amado

Partira para os campos que floriam

Era tempo de colher o trigo amarelado

Esperei durante duas luas e ele não veio

Quando o céu se abriu em nuvens claras

Vi-o passar montado no seu cavalo, com arreio

Dourado pelo sol que cobria os campos

A tempestade cessara e os bons ventos

Trouxeram meu amado de volta...

Mena Azevedo

 

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Noite sem estrelas

 

Noite sem estrelas

 

Notas plangentes de um fim de tarde

Era a agonia do dia, chegada da noite

Que cobria a terra com sombras escuras

Escurecendo também a minha vida...

 

A luz brilhante das estrelas não se via

No céu que era todo um manto negro

Deixando em negritude a paisagem

Antes tão viva, tão suavemente colorida...

 

A lua, cadê a lua para iluminar a terra

Embelezada pelo brilho das estrelas?

Nenhum astro apareceu no céu distante

E uma saudade grande adormeceu meu peito...

 

Da minha janela, vi um foco de luz caindo

Num terreno baldio próximo a meu prédio

Um grito ecoa pelos ares! Era um disparo

De uma arma de fogo que fez tombar um corpo...

 

Noite sem estrelas... noite vazia de sentimentos

A escuridão do céu deu lugar à escuridão da alma

Que age nas trevas, enquanto as luzes se apagam

Deixando a terra à mercê das sombras do mal...

 

Mena Azevedo

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Meu céu no crepúsculo

Proposta 2: de Edith: Badalava o sino e eu olhando o céu...

 

 

Meu céu no crepúsculo

 

Embevecida, olhava o céu no crepúsculo

Enquanto o sino da catedral dava badaladas

Era a hora da Ave Maria e, num doce ósculo

O sol se despedia do dia, em horas caladas...

 

E o sino continuava com sua triste melodia

Espargindo no ar seus acordes sonolentos

E eu olhando o céu era tomada de melancolia

Campinas e prados cobriam-se de raios lentos...

 

Meus pensamentos evadiam-se da terra ness’ hora

E meu olhar subia ao cosmo numa prece ardente

E os anjos entoavam hinos de louvor, minha face cora

Algumas lágrimas brotam dos meus olhos lentamente...

 

Tudo é paz, tudo é silêncio! Um convite à reflexão

Traz ao meu interior uma força que não domino

E uma vontade imensa de subir às alturas excelsas

E me juntar aos querubins na condição de peregrino...

 

Mena Azevedo

 

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Meu bem querer

Proposta 3 de Edith: Sei que tu me queres bem, me tens apreço

 

Meu bem querer

 

Se tu me queres bem, me tens apreço

Procura me entender nos meus anseios

É assim que penso, se esse querer mereço

Para guardá-lo no peito sem devaneios...

 

O querer bem é sublime, mais que desejo

É amor suave que ao coração agrada

Vive no tempo e no espaço, em cada ensejo

Onde a estima perfila tudo e nunca enfada...

 

A certeza desse querer está em cada ação

Quando estás perto de mim e me cortejas

Sem demonstrar exageros, nem ostentação

Mesmo quando me acaricias e me beijas...

 

Mena Azevedo

Em 05/01/2019

 

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A Dança

A Dança

 

Na dança

Não cansas

Em meio a essa torrente

Cheia de ânsias

Que leva ao amor...

 

Nesse compasso

Acertas o passo

Em movimentos sensuais

Os corpos exaustos

Presos num abraço.

 

E nesse abraço apertado

São dois corpos em um

No movimento que leva

Ao êxtase do amor.

 

E, na euforia da dança

Pensamentos em ebulição

Os desejos inflamam

É tudo emoção.

 

Mena Azevedo

 

 

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À procura da minha estrela

À procura da minha estrela

Céu turvo, prenúncio de chuva de verão
Escondeu nas etéreas plagas o brilho
Da estrela que me provocava emoção
Quando, à noite, olhava para o céu...

Na viuvez do meu olhar perdido
Sufocava minha dor e vinha alívio
Ao surgir lá das alturas um foco de luz
Veio à janela inundando tudo como dilúvio...

Agora, não estava com a dor da solidão
Meu olhar pairou em direção à estrela
Queria buscá-la naquela amplidão
E para eu olhá-la era preciso trazê-la...

Trazê-la para ficar bem perto de mim
Para ouvir meus queixumes, sentir comigo
As dores que maceravam meu lençol de cetim
Com lágrimas derramadas nesse meu abrigo...

Mena Azevedo

 

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Deixa o tempo levar minhas dores...

Deixa o tempo levar minhas dores

 

São tantas as dores que sinto

Meu coração vive em nostalgia

Foram juras de amor, não minto

Feitas à sombra que esvanecia...

 

E, na noite que chegava co’as estrelas

Meus pensamentos divagavam pelo céu

Procurava saber de cada uma delas

Onde estava o amor que era só meu...

 

Angustiada não obtinha resposta

E minh’alma aflita enchia-se de dor

Eram horas de silêncio, senti-me morta

Nunca vivera tamanho amargor...

 

Deixei o tempo levar minhas dores

Já que tudo passa, nada é eterno

É mister deixarmos de ser atores

Para vivermos a primavera ou o inverno...

 

Mena Azevedo

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Meu coração palpita

Proposta 1: de Edith Poesia, quando a tua voz me chama...

 

Meu coração palpita

 

Ao som da tua voz macia

Sinto o coração palpitar

E, num impulso de magia

Corro para te ver, enlaçar...

 

Poesia, és meu alento

Nos dias turvos de solidão

Alívio d’alma que sustento

Nas noites quentes de verão...

 

Viver sem tua presença em mim

É faltar o sopro que me dá vida

És minha musa amada, meu jardim

Onde colho flores mesmo abatida...

 

Poesia, quando a tua voz me chama

Ergo-me pressurosa para te ouvir

A inspiração antes em mim dormente

Refaz-se e, robusta, me põe a sorrir...

 

 Mena Azevedo

04/01/2019

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Cântico 03 - Meu sonho

 

Cântico 03

 

Meu sonho

 

Eu dormia envolvida

Com o amor do meu amado

Meu coração batia em compasso

E minha alma velava compassiva...

 

Onde está meu Senhor?

 

Despertei e vi as flores do campo

Cobertas de gotas de orvalho

E fui à procura do meu amado

Meu coração estremeceu...

 

Onde está, meu Senhor?

 

Saí de casa apressada

Mas não alcancei o meu amado

Ele já desaparecera nas nuvens

Chorei porque ele não respondeu ao chamado...

Mena Azevedo

 

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Caminhos do amor

Caminhos do amor

 

O amor envolve sentimentos diversos

Armazenados na mente, corpo e coração

Surgem no interior dos versos e reversos

Quebrando paradigmas, entrando em ação...

 

Caminhante das estrelas, o amor é sempre luz

É mística que leva à evocação com o universo

O amor também se encontra no mal que conduz

O homem à alienação que o faz ser controverso...

 

Galopando pelas alamedas da vida, o amor

Faz restaurar as forças do ser humano combalido

Reativa os sentimentos bons que estão em dor

Escondidos, dilacerados por não ter vivido...

 

Oh! Caminhante, venha viver a vida em profusão

Espalhar o canto de paz e luz, sair do eterno jejum

Viver o amor pleno, bonito, guardado no coração

Como joia, porque amor com tudo isso é incomum

 

Mena Azevedo

 

alhar o canto de paz e luz, sair do eterno jejum Viver o amor pleno, bonito, guardado no coração Como joia, porque amor com tudo isso é incomum Mena Azevedo

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Você é minha direção

 Imagem relacionada

Você é minha direção

 

Ao navegar pelos mares bravios

Da vida, recorro nessa paragem

Aos ventos que desfazem desafios

E trazem seu canto em sua aragem...

 

O’ ventos que vêm do Norte ou do Sul

Sejam minha direção, meu amor

Quero ser sua rosa, no céu azul

Tragam-me sorte, levem minha dor...

 

Eu quero ser a rosa dos seus ventos

Para me sentir livre na aragem

Que toca minha face, tira os tormentos

E faz-me reviver nessa viagem...

 

Ventos que balançam folhas e flores

Quero ser sua rosa nesse balanço

Deixar que me beijem, captar olores

Enquanto em suas correntes me lanço...

 

Mena Azevedo

 

 

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O Perdão

 

O Perdão

 

Perdoar quantas vezes for preciso

É o ensinamento basilar que Jesus

Ensinava a todo aquele indeciso

Que ainda não enxergava a Luz.

 

Livrar-se de rancores, ter o coração

Isento de mágoas e ressentimentos

Compreender realmente o que é perdão

E trazer na alma elevados sentimentos.

 

O perdão não acontece de imediato

Não basta somente falar que perdoa

Necessário se faz arrepender de cada ato

E respeitar o tempo de cada pessoa.

 

A mágoa e a dor têm que passar

Analise-as e veja se já não atrapalham

A sua convivência, o seu modo de pensar

E entender porque só desamor espalham.

 

Se tem vontade de perdoar já é o caminho

Para se chegar ao perdão. É vontade em ação

Não a feche no seu ser, abra-a com carinho

Àquela pessoa que magoou seu coração.

 

A bênção de Deus virá com o perdão

Lembre-se de que seu sofrimento

Acabará como o sofrimento de Jesus

Que foi condenado e morto sem lamento.

 

Mena Azevedo

 

 

 

 

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Aguaceiro

Aguaceiro

 

O tempo fechou. Tudo ficou preto

A cor da tristeza tomou conta do céu

Nuvens pesadas empurravam as leves

E era um bloco só na escuridão.

 

A terra recebeu o impacto das nuvens

Que, aliviadas da tensão, desmanchavam-se

Inundando campos, vales, cercanias e rios

Como bênçãos do Céu caindo na terra sedenta.

 

O céu ficou turvo e parecia que se encontrava

Com as montanhas... Águas compactas desciam

Invadiam ruas, formando grandes enxurradas

Que desciam pressurosas para encher os rios.

 

As ruas alagadas, pareciam um mar de lama

Eram casas que desabavam, levando tudo

Inclusive vidas; vidas ceifadas com a força da água

As mesmas vidas que tanto sofreram com a estiagem.

 

Mena Azevedo

 

 

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Cântico 02 - Meu amado e meu senhor

 

Cântico 02

Meu amado e meu senhor

 

Vem aquecer meus dias, meu Senhor

Traze para mim uma gota do teu amor

Que resgataste da luz do sol

Brilhante como o mais puro diamante

Vem, antes que chegue o arrebol

Que faz estremecer meu corpo

Que pensa em ti antes e depois de se por o sol

Vem, não te esqueças de sorver o hálito fresco

Das flores que se abrem para as borboletas

Pousarem e extraírem o néctar!

Vem, para eu receber-te nesse frescor

Da noite que chega para nos amarmos!

Mena Azevedo

 

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CPP