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Lago Azul

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Lago Azul

 

Lago azul, água mansa

Pensamento distante

Um voo pelas nuvens brancas

Reminiscências da infância...

Preocupação constante

No semblante da mãe

Toda afeto e ternura

Acolhimento em ninho de amor...

Retorno ao lar

Alegria contagiante

Irmãos à mesa

Risos coloridos...

Garfos e colheres

Nas boquinhas famintas

Ouvidos fechados

Às admoestações dos pais...

Término das refeições

Sossego e silêncio

No manso lago azul

Do coração da minha mãe...

 

Poema construído sem verbos.

Mena Azevedo

 

 

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Sonhando no mar...

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Sonhando no mar...

 

Fiquei ali no mar, embevecida

Olhava no céu as gaivotas em bando

Que voavam e desciam às águas aquecidas

E eu ali, absorta, continuava olhando...

 

Pisava a areia, ora quente, ora fria

A depender por onde, enlevada, andava

Nem me dei conta de uma suave brisa

Que beijava minha face quando o sol sumia...

 

Um sentimento como cascata brilhante

Tomou conta da minha mente angustiada

Mas a lua despontava radiosa nesse instante

E me despertou da letargia nessa hora abençoada...

 

Estrelas longínquas e coloridas desciam ao mar

Por cordas luminosas de seus raios tal qual escada

E refletiam nas águas sob a luz prateada do luar

A face lívida de uma alma amargurada...

 

Despertei daquele sono inquietante

E nem reparei que a noite inundara a terra

No mar onde me perdi nesse olhar diletante

Sob o céu vi a beleza que esse momento encerra...

Mena Azevedo

 

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Ao cair do dia

                                                                                                                        Resultado de imagem para Por do sol

Ao cair do dia

 

Ao anoitecer, quedo-me diante do altar

E um sentimento de ternura e paz

Envolve meu ser e ponho-me a orar...

 

Os Anjos entoam hinos de louvor

E os toques plangentes da Ave Maria

Penetram na alma como bálsamo pra dor...

 

Hora silenciosa de doce sinfonia!

 

O mundo parece viver em pura harmonia!

 

Mena Azevedo - 03/02/2014

 

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Silêncio profundo

Silêncio Profundo!

 

Tudo parou... Silêncio...

Que mudez estranha!

Que dolorosa essa nostalgia!

Tudo adormeceu. Onde está o verso

Para compor minha poesia?

O silêncio não produz mais o sonho...

Cadê a ilusão do mundo, a utopia?

O amor ficou atracado no cais

Da minha angústia soluçante

Com sabor amargo de saudade!

Tudo secou... Onde está o viço

Da tua presença tão marcante?

Só tua ausência ficou presente

Nesse mar de desejo

Para onde o sentimento voou

Para nuvens que não vejo!

Mena Azevedo

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Solidão

Solidão

Já não há alento em meu coração
Nos meus olhos o brilho desfalece
Pálida a minha face esmaece
Os dias se acabam em desolação!

Que foi a vida nesse turbilhão
Da consciência que sempre emudece
O corpo cansado, sinto que fenece...
Ante o estado febril de exaustão!

Agora só há tempo pra saudade
De tudo que se quis e não vingou
Chorar as dores é sofrer embalde.

E depois que a saudade se alojou
No coração com olhos de piedade
Emudeço e vivo a mais triste dor!

 

Mena Azevedo

 

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Sonhei...

Sonhei...

 

Era noite clara

Lua redonda no céu

Quando estrelas piscavam

E eu me sentia feliz...

Os últimos raios de sol

Douravam os montes

Que já se cobriam de sombras...

Na calma do quarto

Adormeci e sonhei

Era um sonho inusitado...

Caminhava por um vale

Ladeado de árvores frondosas

Que me convidavam ao descanso...

Sentei ao pé de uma gigante sequoia

Que me trouxe recordações

De um passado distante...

Mente em convulsão de pensamentos

Trouxe à tona uma realidade vivida há anos

E lágrimas de dor banharam

Minha face abatida...

Vislumbrei a silhueta

Austera e elegante de um cavalheiro

Vestido à moda antiga...

Aproximou-se em passos lentos

Quando pude ver a face de um amor

Que se perdeu no tempo...

Com braços estendidos

Corri para abraçá-lo

Tomada de emoção...

O relógio de parede

Bateu doze badaladas

E, em soluços, acordei...

Mena Azevedo

...

 

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Confusa visão

                                                                                                                                   

Confusa visão

 

Resultado de imagem para O amor numa visão confusa

Confusa visão

Depositarei levemente

Um beijo em tua face

E quero de repente

Unir-me a ti sem disfarce

Não procurarei o silêncio

Porque preciso falar...

 

Só hoje, embora tenso

 Preciso falar da minha vida

Perdida entre o bom senso

E a insatisfação contida

No olhar que derramaste

 Sobre meu olhar cansado...

 

Quero fazer da tua companhia

O bálsamo para o meu coração

Que pulsa forte em agonia

 Neste peito que é só aflição

E que pelos caminhos só via

  A tua silhueta na confusa visão...

Mena Azevedo

 

    

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Ode ao Professor!

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Ode ao professor

 

Luz que brilha no coração
Do professor consciente
Que educa com vocação
Tem brilho permanente.

A missão de educar
Não é para todo mundo
O compromisso de formar
É um trabalho profundo.

O mestre é comunicador
Que conduz com pertinácia
Cada assunto desafiador
E dá um não à falácia.

Suas conquistas importantes
Com a sua evolução
Tornam os alunos mais radiantes
Colaboradores da renovação.

Num trabalho iluminado
Segue em busca do caminho
Em esforço renovado
Demonstração de carinho.

Coragem em recomeçar
Quer celebrar suas lutas
Sem deixar de exaltar
Sofrimentos e labutas.

Inspirado na vocação
Por ter o caminho aberto
Na mente e no coração
Do aprendiz já liberto.

Abençoa, o’ Senhor!
Todo aquele que trabalha
Com devoção e amor
E não foge da batalha!

Obrigada, o’ meu Deus
Pelo dom de educar
E ensinar aos filhos seus
O quanto é preciso amar!

Mena

 

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Navego...

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Navego...

 

 Navego por entre teu corpo quente

E chego ao teu coração tão frio!

Dou um mergulho mais persistente

Nas águas indecisas do teu olhar

Volto à tona sem resposta convincente.

 

Prossigo na investida nesse mar sem vida

Cujas correntes de águas gélidas me distanciam

Paralisam meus movimentos contraídos

Porque meu desejo já remonta a décadas

De espera aflita na ânsia de te amar.

 

Afasto-me sem ouvir justificativa

E uma dor intrínseca mexe comigo

Meu coração me diz para ser criativa...

Não posso me iludir, nem cair em perigo

Nessa navegação pela qual fui seduzida.

 

Dentro de mim não existe mais força

E, no olhar cansado de olhar para tua face

Arrasto meu remo e saio desse mar

Para navegar em águas tépidas de amor

Em outro mar, em outra direção...

 

Mena Azevedo

 

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Sonhos

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Sonhos

 

Despertei feliz com o clarão da manhã

Invadindo a alma e o corpo em exaustão

Pelos momentos felizes vividos num afã

De sentir pulsar junto ao meu coração

Minha outra metade que tão cedo partiu!

 

Ah! Como quisera que a noite fosse eterna

E que meus sonhos fossem uma sequência

Dos dias bem vividos numa amizade coeterna

Que ultrapassa a matéria e a consciência

E intactos desbravam a rota da eternidade!

 

Oh! Sonhos que trouxeram a minha vida

Um sentimento real de ter vivido esse momento

Tão doce e tão afável ao meu coração sofrido

Pela ausência material que destruía por dentro

Tudo o que em mim já se encontrava apodrecido

Mas que se renovou nesse encontro espiritual!

 

O sorriso agora leve deixa meu espírito sereno

Embriagado de uma eterna e concreta felicidade

Porque os sonhos nos livram do letal veneno

Do esquecimento e reanima em nós a plena verdade

Que nos faz conscientes de que a vida é imortal!

 

Mena Azevedo

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Criança de todo jeito

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Criança de todo jeito

 

Tem criança acanhada

Que não diz uma palavra

Quando alguém a interroga

Sua língua se trava.

 

Tem criança peralta

Que apronta pra valer

Quando faz as traquinagens

Esconde pra ninguém ver.

 

Tem criança educada

Que pede licença à mesa

Para pegar algum prato

Do almoço ou sobremesa.

 

Tem criança muito esperta

Que sabe bem enganar

E fica sob as cobertas

Para suas aulas faltar.

 

Tem criança preguiçosa

Que tudo quer adiar

E fala muito dengosa

Depois eu vou estudar.

 

Tem criança abusada

Que não se cansa em pedir

Pede sempre o impossível

Até quando vai dormir.

 

Tem criança amorosa

Que dá beijos de montão

Envia beijoca gostosa

Por e-mail, carta e cartão.

 

Tem criança tão falante

Que a todos encanta ao falar

E não para um instante

Com seus trejeitos marcantes.

 

 Tem criança que é doçura

E cativa quem as vê

Com seu olhar de ternura

Traz alegria ao viver.

 

Mas ao falar das crianças

Não separo nenhuma delas

Pois representam a esperança

E são do mundo a aquarela.

Crianças do mundo inteiro

Crianças do meu Brasil

Com seu sorriso faceiro

De olhar terno, sempre gentil.

 

Mena Azevedo

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Amor sofrido

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Amor sofrido

 

Amar com sofrimento traz dor à alma

Que perdida segue nos seus anseios

 Na ilusão de que tudo chegará com calma...

 

Mas o amor que faz tão bem à vida

Traz sofrimento pelos desencontros

 Das discussões que não lhe dão guarida...

 

 E assim vai crescendo com sabor agridoce

Um sentimento tão grande que domina o ser

Tolhendo a mente como se do mal fosse...

Mena Azevedo

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Uma nuvem distante

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Uma nuvem distante

 

No céu do meu viver

Tumultuado por tempestade

Sinto aproximar-se do meu ser

Um raio de luz que é todo majestade...

 

Uma nuvem bem distante

Desloca-se das alturas e se esvai

Lava meu corpo e por um instante

Mergulho nessa mística que vem do Pai...

 

O que vejo são lágrimas de alegria

Que vêm anunciar a chegada do amor

Um amor que traz paz e harmonia

Às mentes sofridas e mergulhadas em dor...

 

Um sopro de saudade subiu ao céu

Na dança das nuvens que mudavam de lugar

Meu estro cobriu-se de um translúcido véu

Acolheu o meu amor que se vestiu de um novo cantar...

 

Mena Azevedo

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Levante-se!

Levante-se!

 

Quando seu ódio tornar-se verdade

E a amargura ofuscar a sua estrela

Eu estarei presente mesmo embalde

Para acender sua luz e aquecê-la!

 

Levante-se da sua inércia e fuja

Pela estrada que lhe oferece paz

Não se entristeça com pessoas cuja

Maldade é marco da vida fugaz!

 

Isso que o faz sofrer é seu inverno

Sempre dentro de si queimando o sonho

Que nasce e morre num penar eterno!

 

Mesmo assim, sequioso de ternura

Siga adiante nesse chão tristonho

Há em tudo um lirismo que perdura!

 

Mena Azevedo

 

 

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Desejo incontido

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Desejo incontido

 

Na pele, o desejo transparente

Reflete no corpo em transe

Como a chuva grossa na vidraça

Num ritmo cego, descontrolado...

 

Quero o amor suave e ardente

Para acariciar a pele bruxuleante

Cerrando os olhos dormentes

Num compasso em movimento...

 

Em um desejo ondulante busco

O deleite que envolve meu corpo

Ao som suave da lira que me excita

E me leva ao êxtase nessa melodia...

 

Meu olhar flutua pela imensidão

Vislumbro um arco-íris sem cor

Apossando-se de todo o meu ser

Transmutando o meu céu interior...

 

Tudo, porém, não passou de um sonho

Sedimentado em mim pelo desejo vivo

De amar intensamente, sem medo

Para reencontrar-me em completude...

 

Mena Azevedo

 

 

 

 

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Vida

Vida

 

O’ Vida, essa angústia

Numa aliança

Cheia de ânsias, lembranças

Que sufocam o peito

Desarmonizou o sonho

E me fere como lança...

 

O’ Vida, essa nostalgia

Busca a paz retida

Numa torrente de amargura

Em movimentos bruscos

Que vão das palavras aos atos

Nos encontros sem ternura...

 

O’ Vida, esse amor

Deitado sobre meu peito

Quer reacender a chama, afastar a dor

Que é agora uma pluma

Que se transforma em borboleta

A bailar sem jeito, tocando os sentidos...

 

Mena Azevedo

 

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Contemplação

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Contemplação

 

A brisa que sopra macia

Vem, ao cair lento da tarde

Acordar minh’alma em letargia

Que se desintegra sem alarde...

 

Eu, comigo mesma em melancolia

Ergo o olhar para o céu distante

E uma nuvem passageira, arredia

Acorda meu sonho gigante...

 

Quero entrar nessa corrente trepidante

Que me leva, cada vez mais, a buscar

Numa contemplação onírica, estonteante

Tudo aquilo que me faz sonhar...

 

Nesse vasto oceano de devaneio

Doo meu espírito à divindade suprema

E me faço eterna, sepulto o receio

De ser apenas matéria sem essência...

 

Mena Azevedo

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Consciência

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Consciência

 

Se a dor do coração te faz sofrer

Em noites de inverno e solidão

Descerra as janelas do teu ser

E deixa entrar a luz em tua canção.

 

Não guardes somente pra ti essa dor

Que te aflige e dilacera o coração

Esquece as desventuras de um amor

E afugenta de ti tristeza e solidão.

 

Em breve chegará a primavera dos sonhos

E o sol da tua vida brilhará com mais calor

Os dias tornar-se-ão bem mais risonhos

Para viveres cálidas noites de intenso amor.

Mena Azevedo

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CPP