Abri o sobrescrito do silêncio e
Redigi entrelinhas a reconciliante emoção
Da madrugada memorizando a luz que
Agora desponta infinda, veloz promulgada
Abrigam-se os tempos em memórias idas
Esbatendo cada ilusão prontuária exorbitante
Missiva que suspira outorgada num poema
Quase fanático e desconcertante
Criam-se afectos desmedidos, dasvarios prenhes
De ilusões sedentas…alimento de tantas solidões
Espairecendo no ambulatório de cada sonho indigente
Perfumando e pigmentando a vida que se ajeita
Em comunhões de amor mimetizado e tão irreverente
Sequei as lágrimas caindo em prantos pelos
Silêncios imunes às solidões reincidentes, inexprimíveis
Emprestando ao descuidado coração uma melodia
Infiltrada de emoções fascinadas e inextinguíveis
Carrego agora na alma lembranças
De um silêncio em countdown deixando
As despedidas derradeiras apossarem-se
Do tempo que resta preciso inexorável subserviente
Erigidas ficaram todas saudades bordando o naperon
Desta existência costurada em lamentos dissidentes
Esbelto manequim trajado de elegância tão inconfidente
Emoldurando a vitrine das palavras mais estilisticas
Patrocinio de toda inspiração estética e linguistica
Soltou a noite sua luz fraterna imarcescível
Sibilando na brisa eterna e invencível
Raptando cada sonho pincelado numa oração
Fervilhando no vagar do silêncio terno e imperceptível
Frederico de Castro