Ohando o reflexo da lua cheia nas águas do rio, conversando comigo mesma, um pescador perguntou: Sabe ler sinal no céu? Não, sei contar história para as estrelas, lhes dizer quem as criou...e  ter muito cuidado, com conversa de pescador! 

Outubro 21

 Depois de uma noite de sono tranquila para refazer as energias do dia anterior, pois recebi muitos mimos e mensagens lindas, fiquei aqui pensando na vida que já vivi durante estes 6.3 de existência terrena. Primeiro, deve ter sido um dia de muita alegria para meus pais e irmãos, mais uma mocinha chegando na família, meu nascimento. Depois a escolha do nome, foi meu padrinho José que teve a honra de escolher. Cresci na roça entre animais, plantas, mamãe tomando conta de um monte de filhos, cozinhando pra peão, meus irmãos tirando leite no curral para o patrão. Ah, foi assim, correndo pelos pastos junto de um lindo cão chamado Brutão, montando no cavalo Marengo, tomando banho no córrego que tinha no fundo de nossa casinha de taipa, que corria a menina levada. Lembro bem de mamãe tecendo no tear, lindas cobertas de algodão para esquentar a filharada no inverno, eram noites bem geladas. Dormiamos em camas que o colchão era recheado de palhas secas de milho. A comida era tão gostosa, feita no fogão de lenha. O defumador de carnes de mamãe era muito chic, uma vara de madeira fina, colocada por cima do fogão de lenha que esfumaçado tudo, ficava bem sequinha as carnes e linguiças que ali eram estendidas. Oh, que saudades desse meu tempo de criança inocente la da minha Fazenda Água Pé. Vieram os anos difíceis, papai viajou para outros planos espirituais, as crianças crescendo e Dona Preta, minha doce mãe, enfrentando tudo de cabeça erguida, com muita aceitação.Passaram -se os anos, mudamos para uma grande cidade, Goiânia. Criança precisa estudar, o grupinho lá da roça já tinha ensinado o que sabia. E assim, entre labutas diárias, junto com mamãe e irmãos, tornei -me adulta, cumprindo tarefas de babá, empregada doméstica, arrumadeira, passadeira...melhor escola pra vida não há! Então, já mocinha, corpinho magro e feiiiiinha, fui tomando gosto pelos estudos, passei observar mais os pequenos detalhes da Natureza, pois mamãe ensinou-me isso lá na roça, quando tagarelava com as mudinhas de hortaliças e flores. Passei registrar em cadernos e agendas algumas anotações importantes...foi assim que a "mulher bicho do mato " começou a sonhar!Vou contar por capítulos minha aventura terrena, é como Dona Preta fazia, em noites enluaradas, contava histórias para a meninada. Helena Bernardes 02 Junho 2021

Jesus foi que nos ensinou que não existe morte, então que neste dia oremos pelos nossos irmãos que partiriam pra novas experiências espirituais, ou reencarnatorias.
Que sejamos gratos pela Vida que há em nós, e pelo nosso esforço de cada amanhecer, tentarmos ser melhores.
Que este Cristo que nos deu o maior presente, seu grande exemplo de confiança em um ser Supremo, que Ele chamou de Pai, derrame Cura sobre nossas irmãs e irmãos doentes, tanto do corpo, quanto da alma.
Que Ele leve um grande abraço de Luz e Amor, aos nossos mentores e guias espirituais, amigos inseparáveis que nos confortam diariamente.
Que nosso dia de Páscoa seja assim, libertação para as almas que estão presas em sofrimento de culpa, que o arrependimento seja genuíno para que possam fazer voos bem mais altos.
Enfim, que Ele ouça nossas preces, pois sabemos que renasce a cada amanhecer, em nossos corações.

Olhe com olhos de amor, tudo o que está ao seu redor!

Se está difícil a caminhada, estenda a mão e apoie-se em um irmão de jornada!

Não esmoreça, fique firme, onde há trevas, também há luz, é o que nos ensina Jesus!

(Helena Bernardes, amanhecer 28 de março 2021)

No silêncio da noite, a alma grita, se rasga em dor, transborda em prantos e rabisca poesia.

Ao amanhecer, o canto dos pássaros acorda esse lamento mudo e ele voa...
Deus já te ouviu.

Vá viver um novo dia, a luz do sol será sua nova companhia.

(Autoria Helena Bernardes, madrugada de 25/03/21)

Dedico esse poema para todos que estão aflitos, com coração angustiado, vendo familiares fazerem longas viagens pra novas casas espirituais.
A chegada será suave, com muitos mimos e abraços dos que já estão lá, cuidando da nova residência pra nós.
Também é dedicado pras almas que aproveitaram o canto e o voo dos pássaros, pra olhar o sol e crer, Deus está ouvindo suas preces, confie!
Enfim, dedico a Humanidade inteira, logo esse grito de dor, será emudecido pelos aplausos de Vitória!

Aqui nesse lugar, debaixo de uma colcha de retalhos bem quentinha, observo mamãe conversar com um amigo dela chamado Jesus. Ela me disse que Ele é um grande Mágico que junta Amor, Tempo e Natureza e faz grandes transformações aqui na Terra. Pra isso acontecer, teremos que morrer e nascer de novo e de novo...e de novo...e de novo...
Assim, confiando nesse Grande Mágico, me falou que um dia vou ser humano como ela. Deve ser mesmo, mas enquanto eles conversam e isso não acontece, vou continuar aqui, sendo seu anjo de quatro patas ouvindo os pingos da chuva lá fora, misturando-se com suas histórias.

(Sou Cissa Bernardes, uma  cadelinha  que mamãe  pegou  na rua   bem  judiada, cinco  anos  atrás.  Agora  sou  bem  cuidada,  muito  amada, e quando  for  possível, vou  lhes contar  minhas  aventuras)

Às vezes sou santa 
às vezes sou bruxa 
vou te mostrar a 
magia de amar 

Se o frio passar 
as flores chegar 
você vai sorrir 
cantar e bailar 

Deitará no ombro 
sorrirá com o olhar 
dormirá agarradinho 
e cansará de beijar 

Vou voar, voar, voar
sobrevoar os céus 
e aterrizar no chão 
que seus pés pisar

Hoje a noite está longa,
o amigo sono resolveu fugir,
neste momento a imaginação acorda e tolos rabiscos começam surgir.

Pela janela vejo uma linda estrela, brilha como um vagalume distante e sua luz invade minha alma errante.

Observo o céu e em prece rogo aos invisíveis guardiões, moradores das galáxias distantes, proteção para todos os irmãos, de toda nação.

Através das ondas do pensamento esta rogativa chegará até eles. Como soldados zelosos que são, vão enviar as respostas para o meu coração.

Na constelação de Boieros, ela é Arcturus. As pesquisas dizem que ela é trinta vezes mais brilhante que o Sol e a quarta mais brilhante no céu noturno.

Tem seis pontas de luz para com os Orixás colaborar, pois a missão deles é a Natureza e a Humanidade proteger e guiar.

Se assim for, tenho uma boa camaradagem com eles, pois converso com ela toda madrugada, esteja ela escura ou iluminada.

Assim encerro esta noite, o sono chegou, é hora de deixar o corpo descansar e dar liberdade para a alma acordar e continuar a rabiscar.

*madrugada 01 de Maio 2020
Autoria : Helena Bernardes

https://youtu.be/SxM-VH7S4-g

Mais um dia a vida acordou em mim, ainda posso sentir e ouvir. Escuto os pássaros cantando  na jabuticabeira do quintal " bem que ti vi". Acho que eles estão saudando o céu colorido de amarelo, laranja, vermelho e preto, apenas com algumas goticulas de tinta branca. São os primeiros raios dourados que surgem no horizonte criando magnífica obra de arte. Um pincel mágico invisível aos nossos olhos foi que a coloriu, aplausos para o magnífico pintor!

Sinto um delicioso perfume emanando no ar, é vovó preparando um cafézinho matinal, pão de queijo quentinho e mais um monte de seus deliciosos agradinhos. Ela faz chá de vários raminhos, coloca rapadura para adoçar e diz que é remédinho. Oh,que doce carinho!

Cissa, minha cadelinha, bate as patinhas no meu braço e enfia a cabeça por baixo da colcha de retalhos que mamãe costurou, emendando pedacinho por pedacinho, com paciência e amor. Tenho que levantar, espreguiçar, alongar o corpo, e o melhor de tudo, brincar de rimar. Ah, depois trabalhar!

Tomo minha garrafinha de água que coloquei a noite ao lado da cama, pedindo ao médico Jesus em oração, que se fosse possível, colocar nela uma poção para curar as dores físicas e emocionais, principalmente as dores da solidão. Aprendi lidar com elas, sem reclamação, são as marcas guardadas de imperfeições passados. Um caminho justo para minha evolução!

Tenho muito o que fazer hoje. Vou plantar algumas sementes que coletei na última expedição dentro de uma grande mata fechada. Terei uma longa conversa com elas, antes de colocá-las na terra. Vou lhes explicar da grande responsabilidade que possuem. Nascer, crescer folhas, flores e frutos para continuar alimentando a passarinhada. As ferramentas de hoje são as mãos e uma velha enxada!

A cada amanhecer, agradeço a Natureza pela sua bela criação. Com papel e lápis, ou uma página em branco, vou registrando tudo o que me encanta. Tento dar vida e cor para o meu dia. Se é real, ficção ou intuição, não importa, um amanhecer dourado junto com o cantar dos pássaros é motivo para dar asas à imaginação!

(Amanhecer de 20 de agosto 2020-Helena Bernardes)

Aqui nesse lugar, debaixo de uma colcha de retalhos bem quentinha, observo mamãe conversar com um amigo dela chamado Jesus. Ela me disse que Ele é um grande Mágico que junta Amor, Tempo e Natureza e faz grandes transformações aqui na Terra. Pra isso acontecer, teremos que morrer e nascer de novo e de novo...e de novo...e de novo...
Assim, confiando nesse Grande Mágico, me falou que um dia vou ser humano como ela. Deve ser mesmo, mas enquanto eles conversam e isso não acontece, vou continuar aqui, sendo seu anjo de quatro patas ouvindo os pingos da chuva lá fora, misturando-se com suas histórias..

Quero, como quero viajar na escura carruagem da noite
E chegar escoltada pela luz de uma iluminada madrugada

Quero, como quero escrever algo que jamais foi escrito
Pintar cores que olhos humanos nunca viram no infinito

Quero, como quero deitar na relva e fazer doce carinho
Cheirar, beijar e de um abraço aconchegante fazer ninho

Quero, como quero o brilho dos meus olhos nos olhos seus
Compartilhando com doce magia o encanto dos dias meus

Quero, como quero construir histórias de amor e, sem dor
Criando telas com nossos belos dias em uma mistura de cor

Quero, como quero, quero escrever seja de que jeito for
E continuar alimentando esse bichinho, chamado de amor

Quero, como quero nesse magnífico picadeiro da vida viajar
Rir, cantar, bailar, sussurrar ou gritar...Ah, isso eu quero, ah!