Vejam que euforia acordaram esses coelhinhos
Andam todos apressadinhos
Nem sabem onde querem chegar
Orelhudos e barrigudinhos...

Os coelhinhos esfomeados
Comem tudo com sabor
Capim vira sorvete
Cenoura o seu banquete...

Sabe que as orelhinhas compridas
É que o coelho é inteligente
Tem dois dentões afinadinhos
E os pelos todos branquinhos...

Olhando o céu até penso
Que vieram lá das nuvens
Saltitando assim contente
Indo para traz e para frente...

E a páscoa chegando
Os coelhinhos ficam felizes
Sai da toca vai à horta
Colhe cenoura se empanturra
E barriguinha se estufa...

E os coelhinhos invadiram
As crianças gritavam e pulavam
Tragam logo meus ovinhos
Eu quero bem gostosinho...

Irá Rodrigues

Nem esse ipê florido
Nem o canto de um bem-te-vi
Vai tirar de mim
Meu direito de sorrir...

Nem essa brisa vadia
Vai impedir de seguir
Escrevendo a minha poesia...

Nem o gotejo dessa chuva fininha
Que se acha toda engraçadinha
Chegando assim devagar
Sem hora de parar...

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Autoria- Irá Rodrigues

Queria comprar uma cartola
E também uma fita amarelinha
Para presentear a sua vizinha
Mas ela muito metida nem lhe dava bola...

Mesmo fez um embrulho bem feito
Entregaria quando ela chegasse à janela
Ansioso esperaria a reação dela
Todo desconfiado ele ficou sem jeito...

A vizinha com seu jeito de arteira
Recebeu o embrulho e não agradeceu
O camaleão se entristeceu
Nem ao menos lhe ofereceu uma cadeira...

E saiu o camaleão irritado
Com a vizinha mal educada
Não aceitaria mais como namorada
Reconheceu ter sido bobo apaixonado...

autoria- Ira Rodrigues
http://iraazevedo.blogspot.com.br/

Um olhar sombrio
Uma pétala aveludada
Feito chuva de verão
Uma lágrima rola
Aperta o coração.

Apenas uma lágrima
Que tristemente cai
Na rosa se esvai...

Seu destino eu não sei dizer
Secou-se ao vento
Perdeu-se no tempo
Saudades de você...

Irá Rodrigues

É livre é faceiro
Inquieto desejo
Se preso algemado
É corrente é medo...

É livre galopante
Em plena liberdade
Nas montanhas um selvagem
Na prisão uma miragem...

Cavalo garboso
É negro é veludo
Indomado ondulante
Sopro de vento ventania
É livre galopante...

Fogoso animal
Loucura dengosa
Na chama do ego
É livre é mistério
É cavalo profano
É beleza é encanto...

Irá Rodrigues

Subir em árvore- era uma delícia
Mas diziam ser perigoso,
Correr na chuva até se encharcar
Era uma sensação
Mas logo a reclamação
Saia daí ou fica resfriada,
Tomar banho no riacho
Não pode ou fica cheia de verme,
Rapar o tacho de doce de leite
Uma delícia!
-Pare com isso pode se queimar.
Bolo quentinho saindo do forno
Era só se aproximar
Logo diziam:
Não bula bolo quente dá dor de barriga.
Eram tantas proibições,
Como diz o ditado
O que é proibido
Tem sabor especial,
Gente grande não entende,
O prazer de ser criança...
Mas que até hoje tudo isso dá uma vontade!

Irá Rodrigues

Não era um beija- flor- era sim uma família
Que voavam em sua busca majestosa
Felizes seguiam polinizando a rosa
Imponentes na sua maestria...

Beija- flor canto de inspiração
Tão levinhos voam até o céu
Como pedacinhos de papel
Soltos na imensidão...

Passarinhos pelo ar saem voando
Carregando perfumes e amores
São eles, os pequeninos beija- flores,
Em seus bicos o néctar vão levando...

Autoria- Irá Rodrigues
http://iraazevedo.blogspot.com.br/

Saiu de casa apressado
Ainda era madrugada
E foi até a casa da namorada
Dizendo-se apaixonado...

No caminho comprou flor
Convidou o passarinho para lhe acompanhar
Com medo do sogro sozinho não queria chegar
Para encontrar o seu amor...

No caminho coitado do elefantinho
Descuidou-se se esborrachou no chão
Saiu entristecido com dor no coração
As flores se perderam e lá se foi o passarinho.

Para casa resolveu voltar
Tomou banho se perfumou
O cheiro de lama nele ficou
Triste começou a chorar...

Autoria- Irá Rodrigues

O tempo passa em velocidade
Momentos que deixam saudade
Suspiros arrancados do coração
Instantes ilimitados de emoção...

Lembranças que não voltam
Deixa marcas de paixão
O tempo passa tão rápido
Deixa um vazio
Resta nostalgia
Difícil de ser esquecido
Fácil de ser lembrado...

Horas tristes ou alegres
Deixando bem longe os amigos
Os sonhos ficam perdidos
O tempo passa é preciso...

O tempo não apaga deixa a saudade fluir
Arranca lágrimas faz suspirar
Sem esquecer as lembranças
Enche a alma de ilusão
Das brincadeiras de criança.

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autoria- Irá Rodrigues

É bom de qualquer jeito
Seja levinho feito beijo de passarinho
Encosta arrepia acelera o coração
Beijo bem beijado nem precisa de explicação...

Aquele beijo safado que enrosca
Numa entrega total línguas se tocam
Num beijo molhado dengoso carente
Corpos se enroscam incendeiam ...

Um beijo com tempestade de sentimento
Explosivo ousado inesperado
Sem limites sem censuras só viver o momento...

Um beijo bem beijado degustado
Cheiroso mordiscado excitação – pura tesão
Sem pressa de acabar c- chegar ao infinito
Um beijo todo gostoso bem demorado...

Autoria- Irá Rodrigues
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O momento presente
O instante eterno
Eternamente
Um segundo
Um fim
Um reencontro...

Cheiro de pele molhada
Depois de correr na chuva
Suspiro na madrugada
Um abraço
Uma lágrima...

Tudo acontece
O amor penetra
Entra
Faz delirar
Deseja...

Amanhece
Uma sombra
Medo
Um simples desejo
Busco
Rebusco
Tudo acontece...

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Autoria- Irá Rodrigues

A todo desengonçado
Bebeu um dois três goles
Caiu do cavalo o coitado
Danou-se a chorar
Esperando alguém para ajudar
Ficou no chão chorando
Gritava ninguém ajudava
Hoje muitos esqueceram
Inácio é quem nos lembrou
Já espalharam por ai que a caravana
Logo irá chegar e em nossa casa irá ficar
Mamãe já fez doce marmelada e cocada
Nada de bom vai faltar
O piquenique da caravana perto do lago
Por lá tem pato peru e marreco
Quem vai querer faltar
Ria o macaco atrapalhado
São tantos bichos para lembrar
Tatu do buraco saindo
Urubu no céu voando
Venham! Venham está chegando
Xi.... Olhe quem está chegando
Zezinho puxando a zebra...

Irá Rodrigues
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Um olhar sombrio
Uma pétala aveludada
Feito chuva de verão
Uma lágrima rola
Aperta o coração.

Apenas uma lágrima
Que tristemente cai
Na rosa se esvai...

Seu destino eu não sei dizer
Secou-se ao vento
Perdeu-se no tempo
Saudades de você...

Irá Rodrigues

Gritava e pulava no terreiro
Que queria se casar
Mas como iria arranjar
Uma noiva assim tão ligeiro...

O pavão com fama de rei
Oras isso sei onde encontrar
Se pagares eu te arranjarei
Uma galinha que queira se casar...

O galo Janjão preocupado
Cismado com tal intenção
Disse para o pavão
Não quero você como aliado...

As galinhas viraram uma sensação
Debruçavam nas janelas
Nas cabeças flores amarelas
Disputavam o coração do Janjão...

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.._I.I_☆¯`:´¯ ✿☆ autoria- Irá Rodrigues

http://iraazevedo.blogspot.com.br/

Uma estrelinha sorridente
Tímida como um beija flor
Entrou na minha janela
Deu voltas e voltas
Soltou perfumes de flor...

E num voo suave se foi
Que se exibe no mais lindo canto
Ligeira como as águas de um rio corrente
Que passa toda contente.

Assim a estrelinha
Faz piruetas no céu
Olha o por do sol
E num circulo ousado
Encantou o rouxinol...

E contente
Entra nas nuvens de maio
Leva embora seu encanto
Enquanto o sol todo contente
Continua sorridente...

E do céu foi surgindo
Uma chuva de estrelinhas
Quem derramava era a menininha
Encantada olhava sorrindo...

✿*´*✿
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.._I.I_☆¯`:´¯ ✿☆ autoria- Irá Rodrigues

Na região do nordeste
Gostoso é o forró pé de serra
Musica boa dessa minha terra
Felicidade é o maior bem dessa gente...

Quem conhece o nordeste fica apaixonado
Aprende logo a dançar forró
Acorda cedinho com o canto do curió
Nordestino é um povo animado...

Do nordeste destaco a Bahia
Terra cheia de tradição
Tem samba, batuque e devoção,
O povo baiano vive de alegria...

Irá Rodrigues

Nas pétalas de uma rosa
Declama um beija flor
São versos e prosas
Eu aqui nesse calor...

Ah! Se pudesse voar
Bem longe iria parar
Voaria dessa flor
Onde querem me trancar...

E num deslize de letras
O beija flor bate asas
Vai livre encantar o jardim
Deixando a poema sem fim...

✿*´*✿
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.._I.I_☆¯`:´¯ ✿☆ autoria- Irá Rodrigues

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Sonhava
Viver no paraíso...
Pegava um livro
Lia relia
Nada entendia...

Mas escrevia
Tudo que sentia
E assim
Virava poesia...

Perfumava a dor
Com cheiro de flor..
Dizia que o amor
Era a voz do clamor...

Que o dia
Não passava
Para quem
Nunca sonhava...

Quem não soubesse viver
Não saberia crer
Que Deus
É o nosso viver...

E assim escrevia
O menino sem juízo
Como ele mesmo dizia
Que vivia no paraíso...

Código do texto: T5947085
autoria- Irá Rodrigues

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Que mora lá no sertão
Tem alma de vaqueiro
Pega boi o dia inteiro
Ouvindo o rei do baião...

Homem valente e trabalhador
Do chão seco e rachado
Labuta com o seu arado
Povo humilde de grande valor...

Cai chuva ou faz Sol nesse sertão
Nunca se esquecem do grande Gonzagão
Nem do mestre Virgulino
Orgulhos do povo nordestino...

Autoria- Irá Rodrigues