Saudade
Qual a luz brilhante cheia de fulgor
É o sol ao se pôr quando morre a tarde
E a noite desponta linda, um esplendor!
Aperta no meu peito a dor da saudade.
Saudade das tardes mornas do verão
Com a brisa balançando as palmeiras,
Com a vida oferecendo ao coração
Uma alegria infinda sem fronteiras.
E eu menina de trança esperando a lua
Para ver se estava redonda, garbosa
Nos postes as luzes lumiando a rua
E os canteiros cheios de botões de rosas.
Era um tempo feliz e com liberdade
De poder sair passear nas calçadas.
Águas vêm aos olhos nessa minha idade
Somente em lembrar acordo às madrugadas!
Márcia Aparecida Mancebo