Posts de Márcia Aparecida Mancebo (1426)

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Nada pergunte, estou sofrendo agora.
Ainda é cedo para te dizer
A dor é tanta que minha alma chora.
Preciso calar para compreender.

Sinto em pedaços o meu coração
Te dei a vida e todos meus momentos
Vivi contigo a mais pura emoção
Doces instantes, sangra o pensamento.

Daqui a uns dias, não vou mais sofrer;
Amar é isso, tenho que aguentar.
Eu sou mulher que entende o que é viver.

As lágrimas irão secar co' vento
Tua lembrança não será lamento,
Somente peço para não voltar.

Márcia Aparecida Mancebo

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Triste fim...

10973496870?profile=RESIZE_400xTriste fim...

Que posso te dizer se estás ausente;
Se sabes muito bem que me angustio?
Sozinha sou medrosa é tão vazio;
Eu quero - te a meu lado aqui presente!

Sem ti a vida é triste e sinto frio,
A noite acinzentada é diferente.
Minha alegria morre de repente
E tudo ao meu redor é tão sombrio!

E sem me explicar esse processo
Insistes em me deixar aqui sozinha...
A tua espera tornou - se rotina.

Não vou mais implorar o teu regresso
E nem sentir saudade que avizinha
Triste fim deste amor que hoje termina!
.

Márcia Aparecida Mancebo

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Alma criança

Alma criança

Se um dia o relógio do tempo parar
Leva na lembrança o que fiz de bom
Esqueça que disse algo pra magoar
É que às vezes não ouço meu coração.

Esqueça que viu minha estrada com lama,
que carreguei pedras por onde passei,
que dormi no chão, pois, doei minha cama
àqueles que no colo, tempo carreguei.

Se caso lembrar o destino seguido
Apenas saiba,não fui que tracei.
Desviei meu rumo pra não ser atingido
Por ventos fortes que na via encontrei.

Lembre - se sempre da minha alma criança,
Que não acredita que tudo é finito
A todo momento carrega esperança
Qual aquela estrela a brilhar no infinito.

Márcia Aparecida Mancebo

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Segmento

Segmento

Tão meiga é tua voz a me dizer:
Que sou a linda flor do teu jardim,
Que enfeito o dia desde o amanhecer
e que não sabes mais viver sem mim!

Que meu sorriso te traz a alegria
e esqueces que o viver está passando!
Que sou eu que te deixo com mania:
de acordar e dizer que estás amando.

Tão meigos são teus gestos, me envergonho;
Esta adoração traz encantamento.
Pois, tu que dás à vida segmento.

Se me calo sem ter o que falar,
Pois, sinto renascer e me encantar,
És tu que embalas todos os meus sonhos!

Márcia Aparecida Mancebo

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Desafio

Desafio

Sonho. Mesmo que seja impossível...
É no impossível que o sonho desperta
Pelas veredas segue, torna - se possível
Trazendo encanto, deixando - me esperta.

A mente imagina sem ver empecilho,
O corpo sucumbe, mas a ideia insiste.
Eu voo...voo alto, eu desvencilho
das rédeas, pois, o sonho não desiste...

Sonhar traz - me a paz, liberdade, vida!
Todo meu sentir não impede a vontade
Os versos nascem nesse instante que ávida
desejo ser pássaro sem vaidade.

A poesia é o sonho na essência contida
Os versos são brisas dos sentimentos
Que trazem à mente a canção preferida
Com sons, nuances daquele momento.

Por isso escrever é um desafio
É descrever a emoção sem temer
Se a lágrima cair em forma de fio
É pra não deixar a poesia morrer!

Márcia Aparecida Mancebo
23/02/23

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Dama

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Dama 

Quando o sol vai se embora pela tarde
Minha alma a palpitar sofre calada
A mente embriagada de saudade
Busca - te no verão das madrugadas.

Nessa viagem tropeço nos meus passos
Parece que as horas demoram passar,
Essa agonia pela falta do abraço,
Sei, é o momento do rumo, mudar.

Sem saber se amanhã estarei viva.
Se verei a alvorada tremeluzente
Se ouvirei canção... Aquela que aviva,
Que faz o meu mundo ser diferente.

Se não fosse aquele adeus e teu perfume
Um açoite pra quem segue a vacilar
Não faria dos dias, eterno queixume.
Estaríamos juntos a trilhar.

Hoje essa saudade que tortura e mata
Chega quando a noite está a adentrar
Para que eu sinta na alma a dor que maltrata
E seja uma dama só, a caminhar
A espera de um dia te ver voltar!

Márcia Aparecida Mancebo

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Tempo

Tempo

O tempo é idôneo tem voz ativa
Declara: tudo é finito, limitado.
Determina a vida, dizendo: viva!
Pois, seu ciclo é rápido, determinado.

Para uns é bom… para outros, cruel
Não há o momento para ser lamentado
Uns provam dele o mel, outros provam o fel.
Faz todos, colher, o que fora plantado.

Demarca sem dó, toda a trajetória
levando o sonho que fora tão sonhado.
Passa veloz sem ler a nenhuma história
Insensível, não pode ser questionado.

Senhor com poder e não é complacente,
às vezes deixa infindas cicatrizes
Alheio a dor, e as lágrimas, indiferente.
Leva tudo até os instantes felizes.

Esse é o tempo com voz que ressoa:
A vida é farta de ornamento e ilusão
Ao passar por ela não fique a toa!
Os anos a viver não tem previsão.

Márcia Aparecida Mancebo
16/02/23

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Inútil espera

 

 

Inútil espera 

Cadê meu Pierrô dos tempos de outrora
Que versos de amor compunha pra mim?
Finda o Carnaval, sob a luz da aurora
te espero, sentada, aqui no jardim…

Lembrando tua face o vejo agora;
cantando a canção e dizendo assim:
— Ó! Colombina, venho sem demora
oferecer — te rosa; espera por mim.

As horas passam a mente o, procura
Pelo vasto salão reina a folia…
Desejo em ver — te, leva-me, a loucura.

Estás distante e a minha fantasia
perdera o brilho e não quero chorar;
deixei o Arlequim por muito te amar!

Márcia Aparecida Mancebo

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Penso assim...

Penso assim…

Pode ser que meu rumo seja incerto,
mas, sigo por onde ouço canções pelos ares,
se preciso for, atravesso deserto,
chegarei quem sabe em belos lugares.

O som da melodia encanta a vida, atraí coisas boas ao coração.
Traz alegria deixando - me ávida;
Sequiosa, sigo minha intuição.

Os meus passos, avanço sem me cansar,
O mundo que vivo ganha cores,
meus versos fazem alusão a amar
e a lida se torna afável, sem dores.

Atenho - me ao som que ouço da natureza.
Nos pingos da chuva que caí cantando…
Tudo misturado é intensa a beleza
Para grafitar o que exponho versando,
dando luz à poesia que nasce bailando…

Márcia Aparecida Mancebo

 

21/02/23

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Notas que bailam

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Notas que bailam

Ao tocar viaja. Tenho a sensação!
Vai além, chega ao céu dos seus sentidos,
Incalculável distância e a notas vão...
Flutuam, deslizam e um som é emitido.

Notas que bailam dando luz à vida,
Clareando a mente de ilusão.
Fantasia sonora chega a mim, ávida,
Fértil adentrando meu coração...

O piano tem asas, segue o vento
Seu pensamento fixado nas mãos
Se doa a melodia no momento,
Sem partituras, solfeja a canção.

Embriaga, alucina os meus sentimentos
Deixo de ser menina, desperto
Sigo para um mundo lindo, lento!
Onde a paz está sempre acenando perto!

Márcia Aparecida Mancebo
28/01/23

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Te senti!

Te senti!

Se acordares pensando em mim, sorria.
Sinta - se feliz… Eu não te esqueci…
O meu coração ao romper o dia
Lê os seus pensamentos, percebi.

Percebi ao passar a ventania;
no alarido dos pássaros, ouvi:
os seus versos, sua última poesia.
Naquele instante co' alma eu te senti!

Nitidamente qual antigamente
Teus braços me abraçando fortemente
A procura de teu porto, co' as mãos…

Onde nas noites frias com paixão,
com gesto carinhoso eu te pedia:
- Bardo, diz deste amor que te angustia.

Márcia Aparecida Mancebo

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Desabafo

Desabafo

Ando triste ultimamente
Ver desrespeito em muita gente
Vejo o ar coberto de fuligem
Deram fim à mata virgem
Mataram as flores do jardim
Rosas, margaridas e jasmim
Como é mau o ser humano,
Não percebe que é insano
Não sentir o bom perfume
Que leva longe os queixumes.

Márcia Aparecida Mancebo

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Gota d'água

Gota d'água

Choveu… choveu forte com ventania
Deixando a janela com gotas bailando
Somente uma gota d'água grande, fria
sobreviveu e, continua lutando.

Essa gota d'água suspensa cintila
a cada hora que passa, a cada instante
Essa gota d'água para mim, desfila
tão límpida, com presença triunfante.

As outras tão céleres pingaram
caindo no chão perderam a vida,
apressadamente ali mesmo secaram
perdendo o brilhar belo... estonteante.

Gota tão guerreira ali permanece,
na janela, pendurada, em um fio.
Observo -a com impressão - não padece.
Intacta ficar, a ela, é um desafio.

Sinto que fala comigo nesta hora,
Enquanto eu a chorar tento fugir
Insiste em dizer: não desista agora.
Estou a brilhar lutando não cair
Lute também que a tristeza vai se embora.

Márcia Aparecida Mancebo

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Solidão no silêncio

Solidão no silêncio

Não sei se somente eu ouço esse som
quando morre o dia, quando o sol se vai.
Não é melodia, sequer vibração.
É um som que vem acompanhado de ais
É só no silêncio sua aparição.

O som do silêncio que ouço pelas tardes
É um som que de longe vem, é tão tristonho...
Às vezes chega a mim, trazendo saudade
Outras vezes, parece um final de sonho.

Se saudosa estou, sinto que a alma chora,
Pois, o pôr do sol às vezes entristece
E traz a lembrança de quem foi embora
É uma agonia que muito aborrece.

Há momentos que fico a imaginar
Que o silêncio mexe co' o coração
Ao ouvir esse som ponho - me a chorar;
Choro tristemente a cruel solidão
que todas as noites vem me visitar!

Márcia Aparecida Mancebo

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Reencontro

Reencontro

Aonde se esconde amiga esperança
Estás a vagar em mundo distante,
Procura viver cheia de nuanças
Ou foges de mim por alguns instantes?

Não sei o que fiz para viver só?
Minh'alma sem sonhar não se aquieta
Somente a suspirar sente - se pó,
Agita - se no peito, é inquieta!

Procuro-te nos dias, não te encontro.
Sem ti, morro e morro perdidamente
estraçalhada e sem deixar herança.

Será sublime nosso reencontro;
Trará o sonho à alma dormente:
que não te esquece, te traz na lembrança!

Márcia Aparecida Mancebo

 

 

 

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Vazio do quarto

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Vazio do quarto

As névoas do tempo cobriram os cabelos
Os traços mudaram afinando a face:
À idade agora só traz pesadelos
lembrando estações sem flores nas hastes.

Aquela ternura da alma criança
sempre acalentou qual presente sagrado
Não está mais, nítido na lembrança.
A mente esqueceu onde está guardado.

Aquele caderno com tudo anotado
Com várias poesias dizendo dos anos
Com versos bonitos dum belo passado
Não relatam nada, nenhum desengano
está na estante, todo abandonado.

Somente um espectro, um ser com vida
bençãos distribuindo qual um adeus
No vazio do quarto, só... esquecida;
pagando pecados que não são só seus!

Márcia Aparecida Mancebo

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Minha alma e a lua

Minha alma e a lua

Minha alma a chorar a noite procura;
Rastreia a lua para a dor curar…
Mas sem encontrar nesta noite escura
Eleva - se ao céu pra lua indagar...

Se choras, lua, sabes disfarçar;
Se veste de sol, pois, és tão madura...
Toda dourada, ninguém vai notar;
Se esconde na onda do azul deste mar!

Minh'lma pura de longe namora
Toda beleza que existe na lua.
Redonda… linda no mar se deitar…

Pois, crê: a lua, sente dor e chora!
Quisera ela ser qual a bela lua
Todo meu pranto nágua misturar…

Márcia Aparecida Manceb

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Sobra da quimera

Sobra da quimera

A vida tem cores que muito fascina
Também tem caminhos com pedras imensas,
espinhos e flores do tempo, menina
Que faz com que a mente retrate o que pensa.

E nesta mistura tem uma lição
Que a visão ofusca sem ver adiante
Assim é melhor; viver com emoção,
pois, passa o tempo e corre o instante!

Mas, ao acordar para realidade
às vezes é tarde pra recomeçar
O relógio do tempo não avisa a verdade
E a mão da vida não irá perdoar.

As cores da estrada depressa se vão
E todos os caminhos se tornam estreitos,
O amor adormece… dorme em profusão
E os anos passaram sem nada ter feito!

Restando apenas deitar num gramado
sobra da quimera que no pensamento
por tempo esquecido e hoje é lembrado
Outrora existiu, ah! São restos do vento.

Márcia Aparecida Mancebo

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Gratidão

Gratidão

Fagulhas do sol saúdam o dia
Luzindo as gotículas da chuvarada
E poças de águas preenchem o vazio
Nesta bela manhã co'a cor azulada.

A terra está fofa e, estão cheios os rios.
De longe se ouve pássaros cantores
Quebrando o silêncio com assobios
Trazendo à mente lembrança de amores.

Diante da cena a saudade aparece
Aurora dourada é presságio bom...
De um jeito gostoso que muito apetece
Desperto o olhar cheio de gratidão!

Márcia Aparecida Mancebo
18/01/2023

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Refém do segredo

Refém do segredo

Quem segue o caminho sem sabedoria
Acaba num poço profundo e escuro
A vida às vezes mostra fantasia
E torna o ser inseguro, imaturo.

Nessa fantasia embarca sem medo
Sem somar o que é bom para evolução
Apenas retém o que traz degredo
Acaba ferindo o seu coração.

Com muita vaidade não quer padecer
E sem dividir sua dor com ninguém
Um dia tropeça abraçado ao sofrer
E desse segredo torna - se refém.

Chorar não adianta… Os dias passarão.
O relógio do tempo não irá parar.
Sem rumo se encontra caído no chão
Não soube entregar - se, não soube amar,
passou pela estrada sem realização.

Márcia Aparecida Mancebo

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CPP