Posts de Márcia Aparecida Mancebo (1716)

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Uma luz

Uma luz

Caminhava sem rumo pela estrada
procurando uma chance para viver;
Já não dormia, ficava acordada,
Os olhos ardiam com o amanhecer.

Achava a vida chata sem razão,
Não era o amor que me fazia falta.
Sentia uma tristeza no coração,
Ah, precisava fazer uma pauta!

Uma pauta para reflexão
Queria entender os meus sentimentos
Ansiava por uma renovação;
Mudar, para ter paz no pensamento.

Aos poucos, uma luz deu-me a direção
Senti a mão de Deus mudar meu caminhar
Meu ser encheu-se de gratidão
E com esperança, segui a sonhar.

Márcia Aparecida Mancebo

Atividade do grupo Desafio Poético com as palavras em negrito

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Memória viva

Memória viva

Minha vida está num velho caderno.
Em cada página escrevi um verso.
Na solidão, o frio do meu inverno.
Num relato puro do meu universo.

Grafado está todo o meu sentimento.
Tudo que passei: derrotas e glórias;
Até as lágrimas caídas sem interno.
Este caderno será minha memória.

Memória viva em palavras escritas,
Momentos belos e tristes momentos
Que viraram histórias benditas;
Sem lamentos e sem ressentimentos.

Neste caderno estão os meus segredos.
Grafados com a pena da dor e amor.
Minha estrada trilhada sem ter medo.
Uma simples poesia com ardor.

Márcia Aparecida Mancebo

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Hoje vejo

Hoje vejo"

Quando as vozes se calaram percebi
Que o silêncio hoje em dia me incomoda,
Sinto a solidão tomar conta do meu ser
E a saudade chega suave e mansamente.

Vem à mente aquelas vozes dispersas,
Recheadas de sons que ocupavam espaços
amenizando a nostalgia ora sentida.
Solidão era utopia, coisa da mente.

Mesmo que, as vozes,chegassem aos meus ouvidos
meio embaralhada, sem muita clareza
eram pérolas que levam a sonhar,
acalentar a esperança para o porvir.

Quando as vozes se calaram, entristeci.
Os sonhos se dissolveram no vazio,
A solidão fixou-se em minha alma
E o caminho tornou-se cada vez mais estreito.

Márcia Aparecida Mancebo

Atividade da oficina Versos livres e Versos brancos

Mote 

"As vozes se calaram e hoje vejo"

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Cenas da vida

Cenas da vida.

A vida é uma peça, é o que tenho entendido
quando, ao gritar por respostas, nada ouço.
Os anos passam… tudo é repetido.
As cenas estão presas num calabouço.

Estações se repetem com belas flores.
Sigo me perdoado rogando a Deus.
Estes anos tem me livrado das dores,
Para que eu possa viver, sem dar adeus.

Tento redefinir toda minha jornada,
Enquanto me sobra tempo e razão,
Enquanto ainda vejo arco-íris na estrada
Depois da chuva do último verão.

Não é ilusão de ótica, é verdade
E, não estou voando em sonhos vãos…
Estou tão desgarrada da saudade;
Que não sinto pesar o meu coração.

Márcia Aparecida Mancebo

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Sob o céu azul

Sob o céu azul...

Sob o céu azul, com nuvens prateadas,
As folhas dançam num balé especial.
Seguem o vento; estão apaixonadas!
Daqui assisto à cena fenomenal.

Que deslumbrante manhã outonal!
Ventania arrastando folhas e flores,
Que caíram no chão com o vendaval,
E espalham pelo ar bons odores.

Sob o azul do céu, folhas de mãos dadas,
Rodopiam, colorindo a natureza
Nesta manhã bonita, ensolarada,
Que demonstra, da estação, toda a beleza.

Outono, chuvisco, tempo agradável.
Renovação da terra para o plantio.
O vento, o friozinho... ah, isto é adorável
Depois de uns dias quentes, em pleno estio.

Márcia Aparecida Mancebo

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Farol

Farol

Jurei te amar até o fim dos meus dias
E deste juramento viverei,
Pois viver sem ti eu não saberei
És o motivo da minha alegria!

Distante de ti tudo me angustia.
Sou fiel ao amor que um dia jurei.
Minha alma esgarça de dor, e eu não sei
suportar a saudade, ah, que agonia!

São as tuas mãos meus passos, meu guia
que me conduzem sem nada temer
de enfrentar os espinhos que há na via.

Nesta viagem tão crua da vida,
És meu farol, a luz que me lumia.
Ao teu lado amor, sinto-me aguerrida!

Márcia Aparecida Mancebo

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Instante

Instante

A solidão da noite não me assusta.
Gosto de estar sozinha para pensar,
É nesse momento que a mente degusta
De lembranças boas para recordar.

É na solitude que o tempo volta.
Lembro a mocidade e me sinto bem
Dá para perceber as reviravoltas.
Abraço a saudade, faço- me refém.

Nessa amplitude de recordações
Sinto alegria pelo que vivi
Parece um filme repleto de emoções;
Volto para lugares que conheci!

Com a robustez dos meus pensamentos
Atravesso a madrugada, vejo o dia
O dia nascendo belo, sem tormento
É neste instante que escrevo a poesia.

Marcia Aparecida Mancebo
25/04/25

 

 

Atividade do grupo Desafio Poético.Palavras deixadas estão em negrito 

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Soneto da solidão. ( Reeditado)

Soneto da Solidão

Sabendo que a vida é uma partida
Frações pequeninas co' o tempo se vai
E quando se sente tão só sem guarida,
Tamanha ironia, meu ser se retrai!

Eu volto outra vez para o tempo que esvai
Co' o olhar tão tristonho a chorar comovida
Tentando chegar onde o sol longe cai
Sentindo ferver toda chama dormida.

E o vento trazendo de volta os pedaços
Te vejo seguir acenando teus braços
E as curvas da estrada são vistas com ais.

Paisagens tão belas, verei nunca mais
Sou barco no mar... Marinheiro já morto
Me sinto ficar sem destino, nem porto.

 

Márcia Aparecida Mancebo 

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Luz dos sonhos

Luz dos sonhos

Há esperança em cada amanhecer,
Brilhando em cada face, em cada olhar,
Que o futuro será um florescer
De novos sonhos, que irão abrolhar.

Trago na alma a lareira do querer,
Com a chaminé acesa pra sonhar;
Ardente chama que faz-me viver,
Seguindo a trilha neste caminhar.

Meus sonhos retratam a vida em versos,
Trazendo renovação ao universo,
Onde a alma encontra sua redenção.

Surge do novo dia a inspiração,
Intuindo que o sonho seja o tema,
Com centelha luzente dum poema.

Márcia Aparecida Mancebo
14/12/24

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Desigual

Te m a:

"Me livrei da modéstia e algumas vaidades,
Coleciono sarcasmos e excentricidades..."
Diego Tomasco

Desigual

Depois de tantos desencontros na vida
Percebi que andar na linha é bobagem
Mudei meu modo de ser, sou atrevida
Hoje sou forte, mulher de coragem.

Já não tenho modéstia, sou arrogante
Consegui ser excêntrica e sarcástica
Mudei para seguir...ir adiante
Foi uma mudança lenta, mas bombástica.

Livre me tornei do convencional
Para me adaptar neste mundo
Onde ser diferente é fenomenal,
Se for modesta e real eu me afundo.

Perfeito é ser desigual, aprendi.
Pra sobreviver é melhor assim,
Toda originalidade eu perdi,
Foi o mundo que impôs isto pra mim.

Márcia Aparecida Mancebo
10/11/24

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A dádiva de viver

A dádiva de viver

Ao olhar pela janela dos meus anos,
há reflexos de luzes já sem brilho,
me mostrando que não há mais desenganos,
que os deixei abandonados sobre os trilhos.

O que há é uma esperança que seduz,
que me leva a querer não desistir,
qual estrela que tão bela reluz,
indicando a beldade do existir.

Esses anos vividos me ensinaram
a beleza existente em cada dia,
que os fatos do passado não marcaram,
somente aumentaram a sabedoria.

E que viver é dádiva, é um presente,
ofertado a quem tem garra a seguir,
com a mente voltada simplesmente
a quem ama e ama muito sem fingir.

Márcia Aparecida Mancebo
22/04/25

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Ato sagrado

Ato sagrado 

Para me sentir forte e bem sucedida
entrego-me ao amor com satisfação
procurando sentir emoção na vida 
sigo aquecendo a chama da paixão.

Desde o momento que disse sim ao amor 
selei um ato que a mim é sagrado:
Viver cada instante dando valor
ao sentimento que me foi outorgado.

É este sentir que me leva a entender:
que a lida é clara, repleta de luz
e que é o amor que dá rumo ao viver.
É essa claridade que me seduz!

Este compromisso com o coração 
mostra-me a estrada que sigo há flores
 aquecendo o sentimento da ilusão
para eu esquecer que nos dias há dores.

Márcia Aparecida Mancebo 
21 de abril 25

 

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Maior bem

Maior bem. 

O céu acinzentado neste dia 
retrata o coração que está tristonho.
Pois, ao calar-se aquela melodia;
rememorar aquela Cruz, disponho!

Os pássaros emudeceram em reverência.
As minhas mãos se juntam em gratidão 
Olhando para longe, a consciência 
ordena-me que fique em oração.

No céu acinzentado, vejo a luz
mostrando quanto amor é importante,
pois ao morrer na Cruz, meu Bom Jesus,
salvou a humanidade, os semelhantes.

Quanto amor existe em Ti, Pai Amado;
sem nada a pedir em troca a ninguém;
tirou dos corações todos os pecados,
pregou que o perdão é o maior bem!

Márcia Aparecida Mancebo. 
19/04/25

 

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Jornada pessoal

Jornada pessoal

A vida me mostra diversos caminhos.
Alguns tenho que seguir mesmo sem setas.
É um desafio a quem segue sozinho,
E uma alma de sonhos repleta!

Que fazer se é meu fardo, na verdade,
Caminhar só, sem ter ninguém ao lado?
Entendo da vida as peculiaridades,
Aprendi trilhar desacompanhado.

Os caminhos que a vida tem me mostrado
Mesmo sem setas, tenho confiança.
É uma bela lição, tenho notado,
Deu-me humildade e coração de criança.

Com coração de criança, tenho paz,
Não maldigo a vida em nenhum momento.
Aprendi a fazer o que me satisfaz,
Sigo caminhando sem nenhum lamento.

Márcia Aparecida Mancebo

 

 

Atividade do Grupo Desafio Poético com as palavras em negrito

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Solidão

Solidão

No quarto, o abajur ainda aceso,
E na face uma lágrima a rolar.
Na mente, a lembrança tem grande peso
Daquele tempo que não vai voltar!

Em minha alma, um tristonho suspirar,
O coração já não pulsa tão forte.
Por um caminho longo, irei trilhar,
É o meu destino viver sem ter sorte.

O fim da minha estrada, conheço décor,
Desde que te conheci, foi assim.
Nunca reclamei, seria pior.
Nunca soube o que quiseste de mim.

Eu conheço bem esta agonia,
E sinto a lágrima descer salgada.
Nesta madrugada fria e vazia,
Com a solidão, estou acompanhada!

Márcia Aparecida Mancebo

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Amar é florescer

Amar é florescer

Pois o amor é fruto da essência que é luz
E traz ao olhos brilho e imenso encanto
Fazendo a alma sentir calor que seduz
Transformando em riso qualquer pranto.

O sentimento de amor faz descobrir
Que em cada gesto há uma melodia
E que amar é florescer e se expandir
Vivendo a felicidade a cada dia.

O olhar que tem encanto e doce ternura
Há promessa que o tempo não desfaz
Esse sentimento que emana candura
Que faz o coração pulsar em paz!

Se amar é viver então, viverei
Cada minuto com plenitude e cor
E na alegria a voz exaltarei
Sentindo- me feliz, vivenciando o amor!

Márcia Aparecida Mancebo

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Natal

Natal

No brilho do Natal abra o coração
À entrada de Jesus por ser seu dia.
No peito, um toque suave de emoção
Renasce na alma a chama da alegria.

A casa enfeitada, um clima de oração.
Quem espera Jesus tem serenidade.
Cada gesto é um símbolo de união,
Momento solene, perdão e humildade.

No Natal há sempre um improviso;
Os abraços aquecem com sinceridade.
E a esperança nasce de um sorriso,
Transformando momentos em felicidade.

Celebrar o Natal à espera de Jesus,
Recordando seu nascimento em Belém.
Olhar para o céu onde a estrela reluz
E sentir no coração o amor que vem.

Márcia Aparecida Mancebo

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Amor eternizado

Amor eternizado

Aqui da sacada olhando a noite,
Estrelas brilhantes fazem pernoite.
Luzes acesas refletem na rua,
A minha paixão para com a lua
A mente vai longe lembrança buscar,
E é nesta noite que fico a pensar
Que o tempo passou e hoje é saudade
Dos anos dourados da mocidade.
Neste lembrar revejo tua imagem,
Tua voz tremida sem ter coragem.
Nós dois juntinhos olhando o luar,
Eu juro, esperava dizer me amar!
Eu ainda tão jovem esperando a fala,
E uma estrela cadente no chão resvala.
Num ímpeto tomaste minhas mãos,
Quem por ti falou foi teu coração.
E assim, na memória, a noite vive.
Com estrelas e luzes, sobrevive
O amor que nasceu sob o céu estrelado,
Ficou eternizado, jamais apagado.

Márcia Aparecida Mancebo

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Memórias e emoções

Memórias e emoções

Olho para o opaco espelho embaçado,
percebo que o tempo passou depressa,
levando alguns pedaços do passado,
fazendo reviravoltas às pressas.

Tudo que conservei como sagrado,
sinto que fora levado à fornalha,
esgarçando minha alma ao ver queimado,
como se fosse nada, apenas tralha.

Diante do espelho, vendo as ruínas,
a lembrança em paralelo à saudade,
vejo estampado, no opaco, a menina
que acreditava na felicidade.

E agora, com o peito sufocado,
sem mais aguentar a pungente dor,
dos olhos caem líquidos salgados,
borrando a história que um dia teve cor.

Márcia Aparecida Mancebo
08/12/24

 

Atividade do grupo Desafio Poético com as palavras em negrito 

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Renovação

Renovação

Quando a chuva passar, será diferente,
A flor será chamarisco ao beija-flor.
O sol reinará maravilhosamente,
As manhãs voltarão em esplendor!

Ouvirei feliz o pássaro cantor,
O chão secará... não haverá enchente.
Quando a chuva passar, será diferente,
A flor será chamarisco ao beija-flor.

As tardes ensolaradas e quentes,
Na primavera voltarão a ter cor.
Florescerão as plantadas sementes,
O poeta escreverá sobre o amor.
Quando a chuva passar, será diferente!

Márcia Aparecida Mancebo

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CPP