Posts de Márcia Aparecida Mancebo (1414)

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Momento Outonal

Momento outonal

Às vezes não é fácil compreender
O que sinto quando o dia vai-se embora.
É um sentimento tão lindo perceber
Esse momento outonal que vejo agora.

As folhas num íngreme voo caem
E vão somar as ramas secas do gramado
E nesse voar meus olhos atraem
Pois amo o entardecer todo dourado!

As folhas voam rodopiando no ar
Pintando à tardinha com um tom diferente
Ao que o sol irradia e eu sinto abraçar
Esse suave instante que mansamente
Deixa aos poucos o chão cor verde mar.

Aos olhos emana beleza e a minha alma
É um êxtase tudo isso contemplar
Sem sentir que essa paisagem traz a calma,
Mas é um combate ver e não chorar
Diante da grandeza que ao olhar espalma!

Márcia Aparecida Mancebo
01/06/23

 

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Reclusa

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As minhas angústias e medos escondo
Não sei se irão em mim, acreditar…
Poderão entender que estou me expondo
Tentando a atenção de alguém provocar.

Quem irá querer meus desejos, saber
Se sempre me calo quando me perguntam
A quem irá interessar meu viver
Se abraço minha alma e seguimos juntas
Escondendo sonhos para sobreviver?

Minha vida é simples e fora da moda
Ainda aprecio ver o sol nascer…
Amo ver criança brincando de roda
Cantando a canção que cantei ao crescer.

Já faz tanto tempo que trilho calada
Sufocando meus ais tentando seguir
Escondendo segredos na madrugada
E sempre reclusa para não mentir!

Márcia Aparecida Mancebo

Poesia inspirada na imagem

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Pontes

Pontes

A ponte que leva - me ao lado leste
Uma parte é de tábua, outra cimentada:
De tábua tem flores belas, silvestres
Outra parte é fria sem flor pela estrada.

Essa parte da ponte feita de tábuas
Tem uma fragrância com cores ornada
Dá para ouvir o burburinho das águas
Suavizando toda a caminhada.

Às vezes dá medo, traz insegurança,
Mas sua beleza incentiva - me seguir
Então piso forte com muita esperança
Que outro lado da ponte eu possa atingir.

Tenho impressão que a cimentada é segura
E é desse lado que tenho que chegar
Caso seja fria estarei madura
Para todo percalço poder sanar.

Márcia Aparecida Mancebo

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Silêncio inexiste

Silêncio inexiste

No rodopiar das horas dançarei
Até que a última estrela desapareça
Preciso extravasar e não chorarei
Mesmo que a dor da saudade apareça.

Preciso dançar para não esquecer
Que a vida continuará com belos tons
Somente assim terei forças pra viver
Preciso dar acalanto ao coração.

Meu corpo irá cansar - se, tenho certeza.
Mas rodopiar trará a solução
A uma bailarina que na tristeza
Sente ao som do bandolim toda emoção
Crendo que a ilusão voltará com beleza.

A vida continuará emitindo sons
A quem acredita: silêncio inexiste.
No ar haverá sempre uma canção
Para ser ouvida por quem está triste!

Márcia Aparecida Mancebo

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Tela florida

Tela florida

Se entrega, perdoa, ajuda e aconchega
Aquele que entende a dor do irmão
Sempre pronto a doar, calmo ele chega
Oferece a mão e o seu coração.

Cumpre a missão de quem é cristão,
De quem sabe o que é ter empatia
Diante de um fato, de uma situação
E sempre demonstra na face alegria.

É essa missão que escolhi para mim
É assim que desejo seguir pela lida
Quem sabe à tristeza consiga dar fim
E faça da vida uma tela florida.

Márcia Aparecida Mancebo

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Nobre sentimento

Nobre sentimento

Amor, sentimento que traduz vida.
Que adentra o coração mostrando grandeza
Que acende ao olhar uma luz colorida
Expressando intensa ternura e beleza.

Nos olhos de uma criança brota fundo
Ela vê o universo cheio de esperança
Com a mente pura vive seu mundo
Se for instruída, co' amor faz aliança
Com o Criador num elo profundo.

O amor propaga o bem, alegria também
Quem ama é livre ao estender a mão,
Não tem preconceito e não faz reféns
Quem ama confia com o coração.

Somente com amor a paz se conquista
Abominando o mal ornado ele chega
Adentra na alma esse amor altruísta
Se entrega, perdoa, ajuda e aconchega.

Márcia Aparecida Mancebo

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Ingratidão

Ingratidão

Quando o vento ameaça chuva, é triste.
Pois a chuva vem forte qual tufão
E a terra fica encharcada e inexiste
um pé de flor plantada sobre o chão...

A natureza revolta com sua boa intenção...
O mar invade a praia até a rua
Das palmeiras as folhas pelo ar vão...
Na noite não aparece estrela e lua
A lua não passeia pela vastidão.

É tamanho o prejuízo à população
Que sem cuidado não respeita a vida
Não vê a beleza, não sabe o que é gratidão
Sequer, ouviu aquela canção repetida
Que a brisa ao passar entoa no verão!

Márcia Aparecida Mancebo

 

 

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Destino

Destino 

Ontem ao ver o sol despedir lento
Colorido o gramado com mesclado
Senti que a ternura abraçou o momento
Que maravilha ver o sol dourado!

Não há como esconder o sentimento
Paisagem angelical cobrindo o prado
Ficou gravado no meu pensamento
Esse tom gradual tão encantado!

Ao ver o sol se pôr fico a sonhar
Faço proposta: - ser igual a lua
Olhando pro céu nesse divagar
Eu vejo - me na noite toda nua.

Todo esse encanto faz - me ouvir os sinos
Que longe soam como se a cantar
Creio ser a resposta do destino:
Na noite clarear a rua e o mar!

Márcia Aparecida Mancebo

( Atividade do desafio poético com as palavras: sinos, proposta, gradual, maravilha)

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Versos suaves

Versos Suaves

Quando ouço ao longe murmúrios da brisa
Parece contar do tempo a magia;
Que os dias são curtos.Nas tardes deslizam
Nas recordações dos felizes dias.

Nesse murmurar da brisa a dizer:
Viver traz lembranças retidas na mente
E a vida ao passar traz o envelhecer
E os bons momentos passam de repente.

Co' a mente cheia de boas lembranças
Envolvo - me e nem sinto a hora passar,
Volto no tempo da feliz infância
Somente a infância consegue abrandar
Minha alma menina que vive a sonhar.

A vida incumbiu fazer - me poeta
Para amenizar dores da jornada
Somente o poeta tem mente repleta
De inúmeras formas: florir a estrada.

Eu sigo ouvindo o que me diz a brisa
Tecendo poesias com flores ao vento
Com versos suaves... Versos que amenizam
Todos os instantes que guardam sentimentos!

Márcia Aparecida Mancebo

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Sem rota

Sem rota

O vento assobia e leva as folhas ao ar
Pela imensidão elas seguem seu curso
Às vezes perdidas seguem a voar...
E seguem voando, segundo o percurso!

Voando elas vão e ignoram o futuro
De súbito o vento a mudar o destino
As folhas falecem caindo no muro
Assim é minha alma qual ser peregrino!

Às vezes sem rota somente a chorar
Intui- me seguir um rumo diferente
Onde possa a tristeza jogar no mar
Para ver se consigo ser alegre, contente!

E o vento assobia com forte corrente
Fazendo minha alma qual folha ao léu
Minha alma suspira ao que lhe é decorrente,
Pois, sua intenção era atingir o céu!

Márcia Aparecida Mancebo

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Ritmo doce

Ritmo doce

No outono a garoa cai suavemente
Seus pingos parecem uma sinfonia,
Um belo concerto tocado somente
A quem aprecia ouvir melodias.

Melodias iguais às ondas do mar
Quando invadem a praia molhando a areia
Deixando um som que é para acordar
A lua no céu que a noite incendeia.

Enquanto na areia as folhas dançam
Ao som da canção das ondas macias
Garoa nas águas as águas balançam
E voltam ao mar todas em sintonia!

Essa harmonia do outono - estação
É tela perfeita para uma poesia
Com ritmo doce que até o coração
Não vê no outono nenhuma agonia!

Márcia Aparecida Mancebo

( Atividade do desafio poético )

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Infinito do sonho

11134041072?profile=RESIZE_400xInfinito do sonho

A vida requer constante desafio
Cada dia uma surpresa aparece
É qual saltar de um penhasco e por um fio
Voar qual um pássaro. Ah! Isso apetece!

Apetece e causa impacto, traz emoções
Sonhar, ter liberdade, voo sem brida,
Apenas com um feixe de balões
atrelado as mãos sentindo que a vida
além da beleza ela é colorida.

Chegar ao infinito do sonho sem medo
Sentir - se nas nuvens da imaginação;
É como desvencilhar d'um segredo
que martiriza sufoca o coração...

Em cada momento aproveitar o vento,
Reviver o passado sem se lamentar
Ter tempo e pôr ordem ao pensamento
Pra quando pousar poder se reinventar
com a fé perpetuada ao sentimento.

Márcia Aparecida Mancebo
21/02/23

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Pausa

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Silêncio! Uma pausa para eu chorar.
A ausência maltrata sufocando a alma
Na escuridão da noite tende a piorar
Ficar só a pensar, quem sabe, traz calma!

Sob a luz do poste na mesma rua
Onde conheci o que é felicidade
Aqui volto sabendo que até a lua
Esconde - se pra que eu chore de saudade.

Que possa conversar comigo mesmo
E no silêncio, sinta, o meu coração,
A minha solidão e, que viver a esmo
Somente sugere uma recordação.

Na escuridão da noite minha alma padece
O amor findara deixando - me saudade
Maltrata meu ser que aos poucos envelhece
Então, lastimo a cruel realidade.

Parece que vejo no céu um gesto:
— Silêncio, pois essa dor não tem cura
E, para esse mal não adianta protesto
Não para, machuca e sangra e perdura!

Márcia Aparecida Mancebo
13/05/23

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Viver é missão

Te m a

"Porque viver não é ilusão,
E acreditar, muito menos então."

(Trecho do poema Luzes - Adriano Vox)

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Viver é missão

A vida é uma dádiva é uma história
Lúcidamente sempre acreditei
Tudo que está guardado na memória
É fruto da sabedoria, isso eu sei!

Viver não é apenas uma ilusão;
é luta constante pra sobreviver,
é ter nos dias uma motivação
Pra concluir o que está a fazer.

Para seguir com paz no coração.
Aceitar o que a vida oferece
Usar dos meios que tem em suas mãos
Sem esquecer que a vida exige prece.

A vida não é apenas ilusão, é ação.
Acredito piamente com humildade
Tudo que faço, faço de coração,
Pois, faço parte dessa humanidade
Que com fé segue para cumprir sua missão.

Márcia Aparecida Mancebo
15/03/23

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Canção da imaginação

Canção da Imaginação

A água que cai dos meus olhos é clara
Tão nítida que às vezes fico a pensar:
Parece que verte da minha alma e para
Na torrente que leva o riacho ao mar.

Poluição, essas águas não conhecem
São lágrimas claras, que o Pai me ofertou...
E trazem esperança em forma de prece
Foram nelas que a minha alma se banhou!

A água ao bater na harpa do meu ser
Com som afinado traz canção tão pura
Essa melodia acende meu viver
E fico repleta de paz e candura!

Quem dera a lágrima do mundo secasse
Ao som d’harpa que habita na emoção
E de ternura todo o ser saciasse
Ao ouvir a canção da imaginação
Acordando o dia quando a luz faltasse!

Márcia Aparecida Mancebo

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Tempo sombrio

-Tempo Sombrio

O vento do outono machuca a flor
Desprende-a do galho fazendo-a voar...
Assim são meus sonhos: findar a dor
Que esgarça minha alma e impede o trilhar!

O vento do outono leva distante
Toda a folha seca que está no chão
Assim desejo e desejo constante
Ter asa e voar pela imensidão!

No outono o vento traz chuva e frio
Todo meu jardim fica sem beleza
Assim sou eu nesse tempo sombrio
Teço meus versos cheios de tristeza.

No outono o vento parece que chora
Bater na roseira desfaz o botão
Assim faço eu que na prece implora
Que afaste na noite a vil solidão

Márcia Aparecida Mancebo

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Murmúrios

Murmúrios

Murmúrios que ouço da brisa ao passar
Inflam a minha alma de infindos desejos
Eu sinto a esperança em meu caminhar
Sigo a recordar a vida com lampejo.

São esses murmúrios que ouço ao trilhar
Despontam beleza em tudo que vejo
Nas flores tão belas a desabrochar
Murmúrios e flores trazem o que almejo.

As flores que enfeitam toda a caminhada
Ao vê-las florindo fora da estação
Dão ânimo pra seguir a jornada
Trazendo acalanto ao meu coração.

É desse murmúrio que chega co’a brisa
E aos meus ouvidos entoam melodias
Com tom tão suave que a mão vai e desliza
E, suavemente grafito a poesia.

Márcia Aparecida Mancebo

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Rejuvenescer

Rejuvenescer

No final da tarde, folhas dançam no ar
Levando a tristeza e tudo refaz
Trazendo a esperança... vai tudo mudar...
Diante d’ espelho sinto - me audaz!

Percebo em mim, novo ser renascer.
São tantas mudanças, novas alianças,
O aroma as flores a recender
Vejo o horizonte com novas nuanças.

Meu coração co’a mutação se agita
O pensamento quais folhas vagueiam
Minha alma se empolga, não está aflita,
Enquanto no céu a nuvem passeia

E volta a ilusão um dia perdida
A lágrima escorre, mas é de euforia.
Renasço das cinzas... Vejo nova vida,
Mergulho feliz num mar de alegria!

Márcia Aparecida Mancebo

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Infinito amor

Infinito amor

Esse olhar de mãe para as coisas do mundo
Com sua missão por Deus predestinada
Moldar corações com amor profundo
Se torna canção em suas alvoradas.

Co' o peito repleto de infinito amor
Esse ser que a ela é, tão frágil, à vida
A mãe com abraço terno...acolhedor
Ao filho se prende, não reclama à brida.

Ao direcionar os seus passos à trilha
A quem deu à luz e é um bem tão sagrado
O zela, o conduz e como estrela brilha
Que mesmo de longe está sempre a seu lado.

Pois, a mãe não esquece seu filho amado
Sequer abandona à mercê da estrada
No íntimo d' alma o mantém devotado
O leva na mente até o fim da jornada!

Márcia Aparecida Mancebo

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CPP