Quando meu coração se entristece
e as lágrimas teimam em correr soltas
sinto como se fosse tragada em um abismo
de desalentos... desencantos... abandonos...
Tristezas que se acumulam e jorram
como numa casacata de dor e desamor
onde a ausência se agiganta e se torna
como uma adaga a transpassar minha alma...
Não penso em nada, penso em tudo...
Confusão... desespero... solidão...
Basta uma palavra... um ato impensado...
para o que era alegria se tornar dor... desilusão...
Quando os desencontros se tornam mais comuns
que o encontro de almas que se amam, se desejam...
É como se rasgasse o véu da vida... e a esperança
se torna perdida... buscando algum sentido que
torne sua espera valer a pena ... ser serena...
Maria Angélica de Oliveira