Posts de Angélica (593)

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Desencontros...


Quando meu coração se entristece
e as lágrimas teimam em correr soltas
sinto como se fosse tragada em um abismo
de desalentos... desencantos... abandonos...

Tristezas que se acumulam e jorram
como numa casacata de dor e desamor
onde a ausência se agiganta e se torna
como uma adaga a transpassar minha alma...

Não penso em nada, penso em tudo...
Confusão... desespero... solidão...
Basta uma palavra... um ato impensado...
para o que era alegria se tornar dor... desilusão...

Quando os desencontros se tornam mais comuns
que o encontro de almas que se amam, se desejam...
É como se rasgasse o véu da vida... e a esperança
se torna perdida... buscando algum sentido que
torne sua espera valer a pena ... ser serena...

Maria Angélica de Oliveira

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Colcha de retalhos...

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Colcha de retalhos de vida que cobre o tempo
em que as lembranças fluem e se transformam
em quadros coloridos , às vezes, nem sempre
tão divertidos como gostaríamos de vê-la...

Segue seus caminhos, colhendo histórias
bordando sentimentos, cosendo amor...
busca na saudade quadros de desejos
busca na alegria lampejos de euforia...

Quanta maestria há em teus conchavos
tece aqui... tece ali... formas geométricas
de vida vivida, de quadrados formados
ao sabor do tempo... ao sabor do vento...

E assim, vai se transformando em manto
a cobrir nossos encantos e desencantos
afugentando o frio dos dias tristes
e aquecendo a alma nos dias de acalanto...

Maria Angélica de Oliveira

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Diminuta/o...


Diminuta/o...


é a dor diante do esforço da cura...
é a saudade diante da força das lembranças...
é a tristeza diante da alegria de viver...
é a maldade diante do poder da bondade...
é a ignorância diante da sabedoria dos justos...
é o desalento diante do conforto ofertado...
é o descaso diante do olhar de quem se importa...
é o desespero diante da firme confiança...
é a ofensa diante do sincero perdão...
é o abandono diante do aconchego da adoção...
é o egoísmo diante da verdadeira caridade...
é o feio diante da beleza incauta...
é a imensidão diante do por de sol...
é a estrada percorrida diante do objetivo alcançado...
é a escuridão diante da radiante noite enluarada...

Diminuta/o é o nada diante do tudo...
é a descrença diante da inabalável fé...
é o ódio diante do imenso amor de Deus!!!

Maria Angélica de Oliveira

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Sina imposta...

De todas as maldades humanas ou des-humanas
a fome imposta é o pior castigo ou tortura...
Imposta lhe foi por grandes empreendedores
que sugam a riqueza da terra... a riqueza do povo...

Tentam sobreviver num mundo hostil e cruel
onde a lei do mais forte faz a pobreza crescer
deixando agonizantes, pelos caminhos, almas
perdidas em desalento, sem esperança, sem alento...

Resta-lhe esperar a morte... forças lhe faltam para lutar...
ao longe observa a ave faminta... esperando seu declinio
para fartar-se do manjar funebre que seu pequeno corpo
irá lhe ofertar... antes o caçava ... agora se transformara na caça...

A agonia da morte a espreitar deixa-o inerte, a espera...
de que um milagre o viesse socorrer e não deixá-lo morrer...
mas bem sabe, no fundo da alma, que jeito não há pra tua sina
pois onde o homem pisa, destrói... sem importar com a vida... sua vida.

Maria Angélica de Oliveira

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Lágrimas...

lágrimas de dor, lágrimas de pesar
que jorram por um amor distante
que teimam em transbordar
e a saudade faz aumentar...

lágrimas de saudades, lágrimas de realidade
que mostram o quanto somos frageis
e tudo que tememos se faz presente
deixando-nos a merce dos sentimentos

lágrimas que deslizam pela face triste
faz com que o coração se aperte
e a angústia, há muito retida
venha a tona, transborda pelos olhos...

lágrimas de dor, lágrimas de pesar
lágrimas de saudades, lágrimas de realidade
lágrimas que deslizam pela face
vem a tona, transborda pelos olhos...

Maria Angélica de Oliveira

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Devaneios...

Céu estrelado, lua à brilhar imponente
talvez a vigiar um casal de enamorados...
do mirante estou a observar, encantada
 o vai e vem de vagalumes brilhantes
que vieram enfeitar minha noite enluarada...

Pensamentos viajam... buscam momentos...
buscam sentimentos... buscam instantes
que há muito ficaram esquecidos no passado...
lembranças teimam em chegar, tento deixá-las
guardadas, escondidas... não preciso delas agora...
um passado tão presente que ainda posso sentir
todo o magnetismo de corpos apaixonados
que trocavam juras de amor eterno... sem ser eterno.

A distância!! Ah! A distância, essa sim... é uma prova de fogo
que nos traga no seu turbilhão de dúvidas, de inseguranças...
de pensamentos errôneos sobre sentimentos enganados...
Nos faz mergulhar em saudades, nos faz chorar de tristeza...
e o amor, que era pra ser lindo e eterno... se esvai... se anula...
em meio a compromissos e falta de tempo... desinteresse...
e resta somente os vagalumes a iluminar minha noite enluarada...

Maria Angélica de Oliveira

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Tristeza...


Tristeza... hoje tu és minha companheira...
Segue-me... entra em meus pensamentos...
aflora minha saudade... deixa minha alma dolorida...
Meus olhos não conseguem deter as lágrimas
que teimam em cair, sem que eu nada possa fazer...
são lembranças de tempos idos... de momentos mágicos...
Lembranças doces que não deveriam doer, mas doem...
doem porque longe está meu amor... minha alegria...
Dias e dias de solidão... a caminhar por entre as flores
de um jardim banhado em cores, mas que no entanto,
não fazem meu coração vibrar, pois tu tristeza, estás
a me acompanhar... me torturar... me desfalecer...
ante o silencio que paira no ar, na espreita...
aguardando o momento certo de chegar e deixar
tudo cinza, sem brilho, sem calor... só dor...
Lembranças que chegam aos borbulhões,
a inundar meu ser de nostalgia e desprazer
por saber que tudo que eu mais quero é ti
do meu lado, mas a distância é impiedosa
e afasta-nos ... entristece-nos... desfalece-nos...

Maria Angélica de Oliveira

 

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Ausência...


A saudade toma conta de meu coração..
Estou a contar os dias, as horas, os minutos...
Na esperança de que as coisas se ajeitem
e possamos nos encontrar... nos amar...

As lembranças doces de nossos momentos
são o bálsamo que refrigera minha alma
carente e sedenta de seus carinhos
que enchem meu corpo de desejos
de vontades... de amor a ser saciado...

Sonhos!!! Ah! Os sonhos viajam pela brisa
a buscar-te... a procurar-te... a desejar-te...
À buscar ansiosamente teu amor pungente...
Desejos e delírios de uma noite de amor ardente...

Maria Angélica de Oliveira

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Vazio

                                                                                           

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Vendaval...

 

Vendaval...

 

Tarde escura, silêncio à pairar no ar...

Brisa quente, que de leve  está a soprar

Atento meus ouvidos, porém não há nada à escutar

Até os pássaros estão quietos, sem cantar...

 

Nuvens negras estão a formar nos céus

A indicar a grande tormenta que virá

Com sua fúria, a molhar a terra que seca está...

A esperar o manancial que virá lhe salvar...

 

O silêncio é perturbador... nenhum ruído se ouve...

Os pingos começam a cair... a bater no vidro da janela...

Os trovões estão a ecoar... raios a iluminar a negritude

Que se formou, as nuvens negras estão a transbordar...

 

O silêncio se intensifica... a tensão paira no ar...

De repente... ventos começam a soprar ferozmente

A arrancar as arvores... a levar tudo ameaçadoramente...

Ninguém se atreve a sair... o medo a paralisar...

Pois sabem que quando a natureza se irrita...

Nada no mundo humano a pode fazer parar...

 

Maria Angélica de Oliveira

 

 

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Cada minuto...

Cada minuto...

Amo!!  Amo cada minuto que nos é presenteado!!!

Cada minuto em que nossas almas se encontram

E se renovam as esperanças de um amor lindo e real!!

Sei que tens muitos afazeres, porém sempre tiras

Um tempinho pra conversar comigo e nos divertimos

como no primeiro dia, como duas crianças felizes

por ter um ao outro, mesmo que seja virtualmente...

Amo nossos momentos de desejos desenfreados,

Que a saudade faz aumentar e nos deixa tontos

Com a falta que um faz ao outro, de sentir o toque,

O carinho, o beijo apaixonado, o calor do corpo

Que nos envolve todas as vezes que, felizes,

Encontramos-nos pessoalmente e nos amamos

Loucamente, avidamente... até o amanhecer...

Amo!! Amo sonhar e saber que aí do outro lado,

Você também está a sonhar e desejar-me!!

Amo-te, meu amor!! Alma iluminada que Deus

Colocou em meu caminho para iluminar e

Colorir meu dias antes tão sombrios...

Amo-te pelo que é, pelo que faz , por toda

beleza que proporcionas à minha alma!!

Amo! Cada minutinho que nos é presenteado!!!

 

 Maria Angélica de Oliveira

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Silêncio...


E mais uma vez o silêncio se faz presente

Entrando pela porta, pelas frestas da janela...

Seu pequeno ser se arrepia diante de tanto poder

Que o silêncio tem por onde passa e se instala...

 

Mais uma vez os pássaros estão quietos,

Como a esperar qual será o próximo ato,

As arvores jazem paradas, sem movimento de folhas

Numa melancolia que invade a alma que sofre...

 

As lembranças surgem como cenas de teatro...

Fazendo com que o silêncio ali instalado,

Se transforme num sufocante e lenta agonia,

Fazendo as lágrimas transbordar pelos olhos...

 

E ali... jaz... quieta... a alma antes tão saltitante...

Ante a cena fúnebre que se descortina...

Do amado, que agora dorme sono eterno,

Sem ao menos deixar-lhe um pequeno consolo ,

De beijar-lhe os lábios quentes, a face amada,

Nem que fosse pela última vez, em despedida...

Deixando uma dor lacerante, na alma agora

Apagada, sem cor, sem brilho, sem amor...

 

Maria Angélica de Oliveira

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CPP