Posts de Maria Dolores salmerão Fender (198)

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Poetas, poetizas e leitores

Artistas que lêem

Escrevem

E ilustram nossos escritos.

Artistas

Que ganham voz

Aqui

Na Casa dos Poetas e das Poesias

Um lar

Onde a palavra é nosso guia

O amor é o nosso alimento

Estarmos junto nossa alegria.

 

Dolores Fender

14/11/2016

Saiba mais…

Poema Para Mim Mesma

 

 

Poema Para Mim Mesma

 

 

Certo dia eu acordei

Com um converseiro infernal

Não era o timbre de voz humana

O que seria afinal?

 

Abri de mansinho a porta

Era no fundo do quintal

Falava todo mundo junto

Parecia o mesmo assunto.

 

Cheguei pertinho de uma árvore

Dei uma olhada geral

Mas nada podia ver

Além do galho se mexer.

.

Então eu deduzi

Que eram todos verdinhos.

De repente um silêncio

Que em seguida foi quebrado.

 

- Oi, Dolores, tudo bem?

Cada sílaba muito bem pronunciada

Em voz fininha e ritmada!

.

Eu quis dizer alguma coisa

Mas a voz não me saía

Só saiu Ave Maria!

Maria, Maria, Maria...

O coro repetia.

 

Quando me recuperei

Maria Dolores, falei

Maria Dolores o coro repetia

Que dia feliz foi aquele dia!

 

Dolores Fender

30/01/2016

Saiba mais…

Vem Palavra

Vem palavra

Quero colocá-la no papel.

Vem palavra

Vem fazer o seu papel.

Vem falar ao ouvido do leitor.

Vem palavra inspirar o poeta.

Vem palavra

Mas venha discreta.

 Não fale de amor e nem de ódio.

 Vem palavra

Vem comigo

Vamos desenhar uma flor.

Uma rosa vermelha

Perfumada

Coberta de orvalho.

Uma rosa vermelha

A espera dos primeiros raios de sol

A espera das abelhas,

Do beija-flor

Para seu primeiro beijo de amor.

 

Mas, palavra!

Eu não te disse

Que não era pra falar de ódio

E nem de amor!

 

Dolores Fender

04/01/2016

Saiba mais…

Eu Minhoca

Eu Minhoca

 

As minhocas não têm cérebro

Mas podem ter até quinze corações

Sem cérebro não há memória

Sem memória não há desilusões.

 

As minhocas não são tristes

Contentes também não são

Escondem-se sob a terra

Do calor e da iluminação.

 

Vou fazer como as minhocas

Esconder-me é a solução

Não ver o sol nem ver a lua

Sob a terra só a chuva

Será o meu conforto e o meu pão.

 

Espero que como as minhocas

Mesmo em minha reclusão

Possa ter alguma utilidade

Que alegre o meu único coração.

 

Com a diferença das minhocas

Porque tenho memória

Porque sou só recordação.

 

Dolores Fender

19/04/16

Saiba mais…

Alegria e Tristeza

Alegria e Tristeza

 

A alegria e a tristeza

São da mesma natureza

Elas vêm pra fazer você sentir

O que possui e o que lhe falta

O que lhe faz reagir.

 

A alegria e a tristeza

São momentos

Os de tristeza são tormentos

São os que vêm para ficar

E ficam indeterminadamente.

 

Até que um dia você acorda contente

E vê tudo diferente

Sem saber nem o porquê

E começa a cantarolar

Vai ao espelho se arrumar

Põe o seu vestido mais bonito

E sai para passear.

 

Dolores Fender

12/11/2016

Saiba mais…

A Mulher Vermelha

A MULHER VERMELHA

 

A mulher vermelha

Tem uma pinta verde na orelha

Por isso se escondia

E sair de casa não queria.

Deixou o cabelo crescer

Para a pinta esconder

E ninguém sabia

Da pinta que a afligia.

Um dia saiu de casa

E encontrou pelo caminho

Um homem tão pequenininho

Que quase o pisoteou.

O homenzinho assustado

Agarrou-se ao seu tornozelo

E ela cuidadosamente

Pegou-o entre os dedos e o acariciou.

O homenzinho era engraçado

E mesmo muito assustado

Não parava de rir.

Ela achou que ele ria

Da pinta verde que ela tanto escondia

Mas ele lhe explicou

Que riu porque sentiu

Que ia ser pisoteado

Tinha esse defeito:

 Rir quando ficava agoniado.

Então ficaram amigos

E ela lhe falou do seu problema

O homenzinho ficou sério

E depois falou baixinho:

Quer se casar comigo?

Ela toda vermelhinha

Aceitou o seu pedido

Embora com um lamento

Não queria deixar de herança

Aquela pinta verde

Para nenhuma criança.

O pequeno homenzinho

Abraçou-a com carinho

E lhe disse: meu amor

E eu que sou pequenininho?

E riu tanto que ficou todo vermelhinho!

Depois os dois se casaram

E tiveram dois filhinhos

Um menino com uma pinta verde na orelha

E era todo vermelhinho.

Uma menina tão pequenininha

Que ria muito quando se  via no espelho.

Mesmo assim foram felizes

E hoje já são avós

De netos de todas as cores e tamanhos

Com pintas nas orelhas e até no nariz

Alguns riem, outros são chorões

O importante  é que são o que são.

 

 

Dolores Fender

05/04/2016

 

 

 

Saiba mais…

As Palavras

 

As Palavras

 

Por que essa vontade louca de escrever?

Por que os versos cantam dentro do meu ser?

Por que quando os versos querem sair não tem prosa?

 

As palavras fazem fila

Fantasiam-se

E se vestem de poesia.

 Depois

Saem devagar

Em harmonia.

Vão de encontro ao leitor

Que as acolhe com os olhos

E as guarda no coração.

 

Penso que cumpri minha missão

Vou descansar

E no meio da noite

Outra multidão já se formou.

Estou sonolenta

Mas as palavras não,

Elas estão alertas

Sempre tão espertas

Cheias de letras

Cheias de si mesmas

Cheias de razão

Confiantes

Ansiosas por mergulhar

No mundo da imaginação.

 

E o ciclo recomeça

Não tem outra solução!

Muitos dos leitores

Também beberam dessa poção

Agora são escritores

E do encanto das palavras

Jamais se libertarão.

 

Dolores Fender

09/12/2016

Saiba mais…

Cadê O Bebê?

Cadê o Bebê?

 

Um bebê!!!

Eu quero

E você?

 

Chora de noite

Chora de dia

Chora toda hora

Quem vai querer?

 

Dá muita despesa

Dá muito trabalho

Pediatra, papinha

Muita fralda e roupinha

Brinquedos, chupeta, mamadeira, bercinho...

Quem vai querer?

 

Mas, cresce depressa!!!

Cadê o bebê?

Cresceu!!!

Ah!

 

Dolores Fender

25/05/2016

Saiba mais…

Pequena História De Uma Poesia

Pequena História De Uma Poesia



Uma poesia 
Perdeu a pose 
Ao ser posta a prova
Por um poeta parnasiano
Ela, pura emoção
Ele, só razão
Após observá-la por horas a fio
O poeta parnasiano partiu
Ela ficou a se recompor
Nisso chegou um poeta modernista
Que imediatamente se ocupou da conquista
Hoje estão casados e felizes.

Dolores Fender
​23/05/16

Saiba mais…

Minha Mão

Minha Mão

Ofereço-lhe a minha mão

Se aceitar aperte forte

Se não quiser não se importe

Ofereço-a a outro alguém.

Se não quiser também

Importância nenhuma tem

Pois uma ainda tem à outra

E os dez dedos se unirão

Em uma oração

Amém!

Dolores Fender

17/04/2016

Saiba mais…

Na Minha Infância

Na minha infância

 

A casinha era quase toda de chocolate

Portas, janelas, paredes e chão

Só a cozinha é que não,

Era de sorvete de limão.

De manhã enchia de abelhas

Formigas não entravam não

Pois tinha um tamanduá

Que vivia de plantão.

À tarde enchia de crianças

De olhos arregalados e rostos marrons

Os lábios eram gelados

Com um cheiro adocicado

De chocolate com limão.

À noite vinha uma fadinha

Com uma varinha de condão

E escondia as crianças

Do gigante do pé de feijão.

Quando amanhecia a criançada saia

E ia pra escola fazer sua lição.

 

Dolores Fender

27/10/2016

Saiba mais…

Flauta Docinha

Flauta Docinha

Com sua flauta docinha

À beira do rio

A fadinha encantava os peixinhos.

Com sua flauta docinha

À beira do rio

A fadinha encantava os passarinhos.

Com sua flauta docinha

À beira do rio

A fadinha encantava todos os animais.

Com sua flauta docinha

À beira do rio

A fadinha se encantava.

Dolores Fender

06/12/2015

Saiba mais…

Quando o amor quiser te pegar

Quando o amor quiser te pegar

 

 

Quando o amor quiser te pegar
 Corra
O bicho é bravo!
Não te solta
Antes que morra!

Cuidado meu amor!
 
Morrer de amor dói também
Por isso é que te aviso meu bem
Cuidado!
Corra!
 
Corra do amor
Ele é malvado
Finge estar do teu lado
Mas ele é do contra
Corra!

​​​​​​​Cuidado meu amor!
 
Quando te encontra
Te encanta
Te engana
Te afronta
E te esgana!
 
Cuidado meu ai, ai, ai...


Dolores Fender

23/10/16

Saiba mais…
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