Posts de Maria Dolores salmerão Fender (200)

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Pensando na Vida

 Pensando na Vida

Ontem, perdida em meus devaneios

Voei por campos, mares e telhados

Tentando resolver meus anseios

De menina com sonhos dourados.

 

Hoje, tomei consciência

A vida não é só de ilusões

É preciso ter paciência

Abrir um a um os portões.

 

Vou seguir pela vida sem medo

Em qualquer situação

Toda história tem um enredo

É preciso determinação.

 

Desvendarei todos os segredos

Neste palco serei a atriz

Apesar de todos os credos

Só Deus será meu juiz.

 

No futuro, quando a morte chegar

E a cortina da noite cair

Sem penas sei que vou voar

Para eternamente dormir.

 

Dolores Fender

11/01/2017

 

Saiba mais…

O Sol

O Sol

 

 

Subi até ao céu

Pra ver o sol nascer

Sua mãe a Natureza

Começava amanhecer.

 

Nuvens cor de rosa

A aurora anunciava

Entre filetes de ouro

Um novo dia ela bordava.

 

Quando o sol se fez menino

Divertido e brincalhão

Passeou por rios e mares

Por terras e plantação.

 

Ao chegar à adolescência

No calor de sua idade

Aqueceu a humanidade.

 

No decorrer do dia

O sol ficou adulto

Abraçou de novo a mãe

Que não era só sua

E deu vez à sua irmã a lua

Que brilhou a noite inteira.

 

Eu resolvi ali no céu ficar

Abraçada a uma das estrelas

Que são filhas do sol com as estrelas do mar.

 

Amanhã vou ver de novo

Mais uma vez o sol nascer

Com todo o seu resplendor

Para a noite ficar escondidinho

E dar vez às estrelas e à lua

Porque ninguém brilha sozinho.

 

Dolores Fender

07/01/2017

Saiba mais…

Escrever Para Criança

s

 

Para escrever pra crianças

Tem que ter imaginação

Tem que pensar como as crianças

Ser criança de coração.

 

A história que inventar

Tem que ter realidade

Levar a criança com carinho

Por caminhos da bondade.

 

Um bichinho tem que ter

Macaco, elefante, leão

Ou outro animal selvagem

E também os de estimação.

 

Baratas, peixes, cobras

Aves, aranhas e dragões

E por acaso um dinossauro

Dá suspense e emoção.

 

Gente não pode faltar

Seja boa, ou seja, má

Bruxa, monstro ou anjo bom

Para servir de lição.

 

Todos podem falar

Cantar e se expressar

Tocar um instrumento

Com facilidade ou não.

 

Também podem ser calados

Não andar, não voar, não nadar e ter problemas de audição

Ficar parado e depender

De outro para a ação.

 

Podem ser trabalhadores

Preguiçosos ou ladrões

E receber recompensa ou punição

Por cada ato ou ação.

 

E assim um bom livro

Escrito com atenção

Dirigido aos pequeninos

Com bom senso e diversão

Pode educar uma nação.

 

Dolores Fender

05/01/17

Saiba mais…

Quero ir trabalhar


Perdi a hora
De me levantar
Pra ir trabalhar
Não vou agüentar
Ele vai bronquear.
 
Saí apressada
Pensando na vida
Que vida malvada
Que vida sofrida
Que bruta azar
Quero descansar.
 
Celular na mão.
Pra avisar o patrão,
Hoje vou me atrasar.
 
De repente um tropeção
Vou parar no chão
Com o celular.
 
Celular quebrado
Não pude ligar
Com o pé engessado
 Não fui trabalhar
Só vou descansar.
 
Não quero descansar
Quero ir trabalhar!
 

 

Dolores Fender

03/01/2016

Saiba mais…

Tristeza

Tristeza
 
Tem dias que a tristeza bate
Tem dias que ela me apanha
Tem dias que ela vai embora
E a alegria me assanha.
 
Tem dias que a tristeza bate
Só porque gosta de bater
Tem dias que ela vai embora
Só pra eu me fortalecer.
 
Quando ela volta
Está faminta de mim
E volta a me bater.
 
Tem dias que a tristeza bate
Eu já sei que é assim.
 
Dolores Fender
25/12/2016

Saiba mais…

MALEÁVEL

MALEÁVEL

 

Maleável

Pessoa admirável

Ficou desconfortável

Com a sua situação.

 

Maleável

Gostava de conforto

Vivia no aeroporto

Passeava de avião.

 

Recebia o seu salário

Com os honorários

Da sua profissão

E mais algum por fora

Porque dinheiro é sempre muito bom.

 

Maleável estava em outro país

Quando soube que o juiz

Decretou sua prisão.

 

Maleável

Pessoa admirável

Achou mais confortável

Não voltar pra casa então.

 

Fez uma cirurgia

Mudou a sua cara

Mudou de fisionomia.

Mudou a cor do cabelo

Deixou a barba crescer.

Mudou de nome e de idade

Mudou de bairro e de cidade

Pra melhor se esconder.

 

Maleável

Pessoa admirável

Sentiu-se formidável

Só por fora um novo homem

Acabava de nascer.

 

Maleável está aqui entre nós

Não sei quem é

Só sei o que vai fazer.

 

Agora é candidato.

Vai vencer a eleição

Assumir um novo cargo público

E por ser tão maleável

Vai ter votos e vencer.

 

Dolores Fender

26/12/2016

Saiba mais…

Reflexão

 

Reflexão

 

Com uma fita no cabelo

Fica muito mais bonita

Ela é a menina

Do lacinho de fita.

Ela gosta de dançar

Faz pose e não faz fita

Pula, gira e agita

O lacinho de fita.

Essa menina não tem nome

Poderia ser Anita

Para rimar com a fita

Que amarra o seu cabelo.

Fico daqui olhando

Essa menina tão bonita

Que usa um laço de fita

Que pula e agita

O meu pobre coração.

Quantas crianças sem nome

Que apesar da fome

Também têm sonhos

Também têm ilusão.

Desfilam na passarela da vida

Anônimas

Sonham com uma boneca

Ou com um prato de comida.

E neste Natal quantas são?

Muitas mais que no ano passado

E o Papai Noel atrasado

Nem chegou ao seu portão.

E eu daqui fico só olhando

E não faço nada também

Deixo a encargo de alguém

Talvez um governante.

O tempo vai passando

A menina vai crescendo

Não usa mais o laço de fita

O Papai Noel nunca apareceu

Outras nem cresceram

Eu vou envelhecendo.

 

Dolores Fender

25/12/2016

Saiba mais…

Toda Segunda-feira

Toda segunda-feira
 
Toda segunda-feira
A mesma regente
A mesma estante
A mesma parceira.
O mesmo piano
Mesmos violinos
Violas, violoncelos, sax, trompetes
Clarinetes, flautas, oboé
tímpano, surdo, triângulo, carrilhão...
 
Também tem o spalla
E todo mundo se cala
É hora de afinar
E tocar uma escala
Para a orquestra começar.
 
Toda segunda-feira
A mesma orquestra.

Você acha monótono?
Pois eu lhe digo que não!

O repertório é variado
Do clássico ao popular
E um coral animado para cantar.

Toda segunda-feira
O clima é de festa
Venha ver minha gente!
Venha prestigiar
A nossa orquestra!
E viva contente
Junto com a gente
Toda segunda-feira!
 
(Depois das férias)

 
Dolores Fender
21/12/2016

Saiba mais…

Meu Jeito Brincalhão

O meu jeito brincalhão

Não é coisa encomendada

Apareceu de repente

Saiu do nada.

 

Ele vem quando estou triste

Também quando estou calada

Quando tenho sono

E quando estou acordada.

 

O meu jeito brincalhão

Às vezes me atrapalha

Pois brincar com coisa séria

Na garganta é uma navalha.

 

Mas vou seguir brincando

Pela minha vida afora

Se brinco há mais de sessenta

Como vou mudar agora?

 

Dolores Fender

21/12/2016

Saiba mais…

Penas

PENAS
 
Na leveza da brisa da manhã
Coloquei meu travesseiro de penas ao sol
Penas caídas à noite enquanto eu não dormia
Penas que troquei durante toda uma vida
Descoloridas pelo tempo que passou
Penas de asas de quem nunca voou.
 
Vou rasgar meu travesseiro
Jogar as velhas penas ao vento ligeiro
E me atrever às travessuras
Com as novas penas que me nasceram
Coloridas como o arco Iris
E eu ave em todo o meu resplendor
Voarei além das nuvens
Como um pássaro que fugiu da gaiola.
 
Vou voar em liberdade
Sem as penas dos horários marcados
Dos compromissos agendados
Dos perdões e dos pecados
Do que é certo ou errado.
 
Vou voar
Apenas
VoAr.

Dolores Fender

08/04/2016

Vou voar, vou subir
Muito além das estrelas eu quero ir
Vou voar, vou subir
Nos braços da liberdade
No voo livre eu vou seguir
Não tente me impedir.

SAM MORENO 20 de Dezembro de 2016 as 9:40pm

Gostei, SAM, complementou!

Saiba mais…

Menti

Menti pra mim mesma quando disse: não vou mais sofrer. Menti pra mim mesma quando disse: nao vou mais ter esperanças. Menti pra mim quando disse: não vou mais amar. Menti tantas vezes mas não passaram de inocentes mentiras. Aqui estou eu sofrendo de amor e esperando por você. Dolores Fender 18/12/2026
Saiba mais…

O Espetáculo

Espetáculo

 

Ontem participei

De um concerto magistral

Surdos tocavam surdo

Balé de cegos, um cadeirante,

Crianças com síndrome de Down

E também crianças sem Down

Que dançavam com desenvoltura

Num espetáculo sem igual.

 

Tinha bailarinas

Belas meninas

Com seus vestidos de fadas

Outras crianças com roupas do dia a dia

Em acordo com a coreografia

Outras ainda com roupas aderentes ao corpo e camufladas

Todos se misturavam

Numa integração social

Movimento e Arte Musical

Era o tema fundamental.

 

A música foi fluindo

E embalando os bailarinos

Dando-lhes asas e inspiração

Num repertório bem escolhido

Que soava aos ouvidos

E ecoava no coração.

 

Só no momento final

Pra surpresa geral

Abriram-se as cortinas

E surgimos

Com nosso som orquestral.

 

Nossa maestrina a regente

Da orquestra cujo nome dela é igual

Com sua filha bailarina

E um grande coral

As quatro musicas que faltavam

Foram ao vivo

Para com chave de ouro

O espetáculo encerrar

E os aplausos do público

A nós todos abençoar.

 

 

Dolores Fender

14/12/2016

Saiba mais…

Flor Amarela

Sou aquela flor amarela

Nascida à beira da estrada

A espera de um beija-flor.

 

Minhas pétalas são de poeira

Minhas folhas são de poeira

Meus espinhos cresceram demais.

 

Espero que chova esta noite

E quando o sol nascer amanhã

Serei aquela flor amarela

Nascida à beira da estrada

Tão cheia de mel

A espera de um beija-flor.

 

Se ele não vier amanhã de manhã

À tarde serei só poeira

Sem cor

Sem perfume.

 

Quando ele chegar

Depois de amanhã

Serei só galho seco à beira da estrada

Mais nada.

 

Dolores Fender

11/12/2016

Saiba mais…

Vagarosa Mente

Vagarosa Mente

 

Vaga mente por caminhos certos

Vaga mente vagarosa mente

Vaga lume no fim do ato

Semente de um Sol Maior.

 

Vaga mente vagarosa mente

Com dó

Ou em ré

Vá lá.

 

Vaga mente vagarosa mente

Na pauta musical da vida

Procurando mi e fá

Até o concerto terminar.

 

Com aplausos e bis

Se o si você encontrar

Mente vagarosa mente.

 

Dolores Fender

10/12/2016

Saiba mais…

Pranto

Pranto

 

Na boca da noite o sorriso

Ao sol do meio dia o aviso

Tempestade.

 

Madrugada escura de ventos uivantes

Lobos que caçam e predam semblantes

Fechadas as portas do céu.

 

Relâmpagos e raios de um amor partido.

 

Enxurrada de lágrimas é o meu vestido.

 

Dolores Fender

09/12/2016

Saiba mais…

Pulando de galho em galho

Pulando de galho em galho

Às vezes eu me atrapalho

E caio no riacho.

 

Mas eu não tomo vergonha

Estou no galho de novo

E de novo no riacho.

 

Sabem o que eu acho

O errado é o riacho

Que fica logo aqui embaixo.

 

Ou será que é esta árvore?

Plantada por um passarinho?

Que quis fazer seu ninho?

 

Não sei o que está errado

Sei só que estou molhado

E que o meu nome é Simão.

 

Fiquei assim atrapalhado

Depois que fiquei grudado

No boneco de alcatrão.

 

Dolores Fender

08/12/2016

Saiba mais…

"Poesia Marginal"

“Poesia Marginal”

 

Assombroso fantasma

Lençol branco flutuante

Cara de mau

Arrogante!

 

Carente de oração?

 

Não sei rezar

Não tenho vela

Acendo a luz incandescente

O fantasma se revela.

 

Não é alma penada

É gente!!!

 Roubou o meu sono

Minhas jóias

Meus batons

Meu celular

E saiu pela porta da frente!

 

Dolores Fender

08/12/2016

Saiba mais…

Voltar?

Voltar?

 

Voltar ou aceitar a reviravolta?

Seguir em frente e enfrentar

O que há de vir?

Sorrir um sorriso delinquente?

Chorar, sofrer, insistir?

Se as lágrimas continuarem punindo

O sorriso que teima em fugir

Se da boca palavras queixosas

Nos ouvidos também refletir

Voltar ou aceitar a reviravolta

Seguir em frente

E enfrentar

O que há de vir?

Dolores Fender

07/12/2015 

Saiba mais…
CPP