A doce lembrança dela
a minha alma iluminou,
como o rastro de uma estrela
que há muito tempo passou.
(Paulo Mauricio G. Silva)
A doce lembrança dela
a minha alma iluminou,
como o rastro de uma estrela
que há muito tempo passou.
(Paulo Mauricio G. Silva)
Na noite cheia de encanto
e ramos florindo no ar,
o silêncio quase santo
de um frágil raio de luar.
(Paulo Mauricio G. Silva)
Cheiro de manhã florida
e fragrância feminina,
na janela que convida
ao azul de uma campina.
(Paulo Maurício G. Silva )
Marcas de um feliz viver,
nossos passos pelo chão
parecem, no anoitecer,
estrelas na imensidão.
(Paulo Maurício G. Silva )
Nas manhãs silenciosas
como pensamento a Deus,
a janela abre-se às rosas
e as rosas abrem-se ao céus.
(Paulo Maurício G. Silva )
O pensamento flutua,
no momento de magia
que um vagalume pontua
a noturna poesia.
Paulo Mauricio G. Silva
Depois que tudo declina,
o meu verso é aquela flor
que nos portões da ruína
insiste em se recompor …
(Paulo Maurício G. Silva )
Recordo o vento nos ramos.
A luz do luar nas janelas.
Foi quando juntos contamos
nossas últimas estrelas...
(Paulo Maurício G. Silva )
O nosso beijo ainda arde,
a certa altura da vida,
como, num final de tarde,
uma rosa bem colhida…
(Paulo Maurício G. Silva )
Flor… Não só na tarde morna
ou só na minha janela…
Mas no vento que retorna
trazendo-me um pouco dela.
(Paulo Maurício G. Silva )
Mas já são mágoas passadas.
Aprendi a seguir sozinho.
E o vento varre as pegadas
que deixaste em meu caminho...
(Paulo Mauricio G.Silva)
Num dia que nada diz,
e à luz da recordação,
a tua sombra feliz
espera-me ainda ao portão…
(Paulo Mauricio G. Silva)
Quando lembro que partiste,
meu coração desatina
como a voz de um sino triste
numa tarde de neblina.
(Paulo Mauricio G. Silva)
Uma coroa floral
te fiz com todo primor…
E cada flor do quintal
celebrou o nosso amor!
(Paulo Mauricio G. Silva)
“Voltarei para te ver!”
Disse ela ainda no portão.
Mas só as flores pra dizer
que rumos a levarão…
(Paulo Mauricio G. Silva)
Ainda hoje, na hora morta,
parece que tu me vês
no degrau da tua porta
com uma flor caída aos pés…
(Paulo Mauricio G. Silva)
No luar de outono um ramo
com o vento se desfaz…
Alguém escreve: “Eu te amo…”
E tudo diz: “Nunca mais!”
(Paulo Maurício G Silva )