Queria provar do teu corpo,
Macio, escorregadio,
Queria sentir a umidade
Da tua pele suada, desejada, vadia,
E tua pele molhar a minha pele sensível,
Dois corpos ardentes de paixões,
Sentir nossas infinitas emoções,
A batida forte de nossos corações,
Vibrando nossos corpos, um só tesão,
Desejos se fundindo numa só excitação.
 
Ricardo Sales. 

Simplesmente amar não basta,
Sempre se quer mais e mais,
Busca-se sempre alcançar o ápice da felicidade,
Ás vezes perdemos a noção do tempo/espaço,
Tornamo-nos super-humanos,
Queremos a terra, o céu e o mar,
Queremos o mundo só para estarmos juntos,
E à força do amor se multiplica,
Não se mede esforço,
Basta a força da mente,
E o desejo se entrega,
O querer é sempre o poder,
Amar é só o que importa,
Não importa a porta,
E fazê-lo infinito enquanto ele durar,
O desejo é incontrolável,
O lado volátil por amar,
De semear e plantar na mente,
E todo dia cuidar, regar,
Não importa o lugar,
Sempre haverá uma mente por querer amar,
Um beijo a desejar,
Um coração querendo se dar,
E por florir sempre haverá uma flor,
É a emoção+Desejo x Paixão=Amor.
 
Ricardo Sales.

 
Te procuro...
Num instante qualquer esquecido,
No infinito de minha mente,
Pois minha saudade já demente,
Já não suporta mais tua ausência.
 
Te procuro...
Em cada amanhecer...
Em cada entardecer...
São minhas fiéis e tristes testemunhas,
Deste meu infame padecer.
 
Te procuro...
Em solitárias e vazias madrugadas,
A lua me é esperança de clarear o teu vulto,
Pra te dizer o quanto te amo,
Pois você é minha religião e meu culto.
 
Te procuro...
Em cada canto de minha vida,
Pra descobrir em que momento dela,
Eu simplesmente te deixei ir ou te perdi,
Sem ao menos ter a decência de uma despedida.
 
Te procuro...
Nas estrelas, na lua e até no firmamento,
Pois quem sabe já não fizeste lá tua morada,
Então só me resta o resto de tuas lembranças,
E talvez ouça minhas preces do meu infinito encanto.
 
Ricardo Sales.

 
Poesia tem que ter rima?
Eis aí, a grande questão,
Tenho um amigo que me disse,
Que sem a rima não é poesia não,
Porque tem que ter rima?
Acho que basta ser poesia,
Segundo me disse esse meu amigo:
E o dia? Sem o sol não existiria,
E a lua? Sem a noite é como se ela ficasse nua,
O que seria das Marias sem as rimas?
O mar sem a maresia?
O que seria das rosas sem o seu jardim?
Sem a rima do dia a dia não seria poesia,
Existiria o poeta sem a poesia?
Por que um poeta a escreveria?
É como um coração órfão de sua paixão,
Mais eu com certeza a escreveria,
Mais estou com essa mania,
De fazer poesia sem ter que ter rima,
Seria essa a minha arrogância de fantasia,
Existe sim, a poesia sem rima,
Porque ela já germina sem rima na tua inspiração,
Faz-se a exaltação de sua infinita imaginação,
E afinal, na poesia não existe descriminação,
Então, porque fui fazer um texto falando da poesia sem rima com rima?
Não sei, mania de poeta escrever poesia.
 
Ricardo Sales.

Você mulher,
Mulher divina,
Que no céu se ilumina.
 
Você mulher,
Favo de mel,
Gosto de amor,
E cânticos no céu.
 
Você mulher,
Doce sabor,
Ao vento se espalha,
Lágrimas caindo,
Orvalho reluzindo,
Arco-íris fluindo.
 
Você mulher,
Reflexo do mar,
Vontade de amar,
Seiva de amor,
Ao luar se abrindo,
Num prateado sabor.

 Ricardo Sales.

Procura-me e serei tua catedral,
O teu refúgio e tua calmaria,
Serei teu sândalo, quando houver temporal,
Serei tua fé e tua Ave-Maria.
 
Serei teu norte em teu caminhar,
Serei tua sorte por ande passar,
Serei tuas lutas quando fores guerrear,
Serei teu destino aonde chegar.
 
Procura-me e serei o teu perdão,
Tuas dores e tuas aflições em teu coração,
Serei tua cura e tua salvação.
 
Serei tuas dúvidas e certezas,
Serei a luz divina que te clareia,
Serei eu que pra sempre te amarei.
 
Ricardo Sales.

MÃE...
É algo impalpável,
Imaginável,
Indiscutível,
Indescritível,
É como tocar as estrelas,
É como chegar ao infinito.
MÃE...
Palavra tão pequena,
Parece tão frágil,
Mais ela é tão forte,
Que nenhum tsunami,
Consegue destruí-la,
Porque Ela é indestrutível,
Não é atoa,
Que Ela tem um protetor,
Chamado: DEUS.
 

Ricardo Sales.

Sempre será Mãe,
Nunca deixa de ser Mãe,
Porque ela é amiga,
É companheira,
É criança,
É mulher.
Ser Mãe é ouvir,
É também falar,
É ter paciência,
É velar o sono,
É cuidar quando adoecer,
É saber dizer não,
Também dizer sim,
É amar e ser amada,
É se dar sem cobrar,
É nunca dizer adeus.
É perdoar,
É chorar,
É nunca perder a esperança,
E quando tudo parece perdido,
Ela tem sempre resposta.
Pra mãe nunca existe o impossível,
Porque tudo é possível,
Porque ela sempre será Mãe.
Ela tem a áurea de Santa,
Ela tem bondade exposta,
Ela tem a mais sublime das coisas,
Simplesmente ser MÃE.
 
N.A: A minha singela homenagem a todas as MÃES.
                                          

Ricardo Sales.

Ainda que eu não te conhecesse,
Ainda assim eu te amaria...
Porque em sonhos com certeza te encontraria.
 
Ricardo Sales.

A visão estende-se ao infinito,
Buscando o futuro num tempo,
Onde mal se procriam os germes
Da bestificada era acefálica,
E numa pose viril,
Expondo o peito a perigo e enfático,
Sai o berro alucinante,
E como praga,
Invade o espaço chão,
A última gota feita perdição,
E em cada coração doentio,
A última batida do que foi
Um forte e próspero embrião.

Ricardo Sales

Ah! Como te vi flor,
Outrora num lindo jardim,
Sorrindo sempre para a vida,
Vizinha de um jasmim.
 
Ah! Como floresceste,
Ficaste mais rosa,
De uma cor sem pudor,
Pois era a preferida de mil beija-flores.
 
Ah! Porque aqui não ficou?
Será que de jardim se mudou?
Ou algum apaixonado te presenteou?
 
Ah! Não importa quem te levou,
Basta teu infinito aroma,
Que neste jardim pra sempre ficou.
 
Ricardo Sales.

Um quarto em contraste,
Um corpo arrasado,
Uma mente atrofiada,
Um pensamento revoltado,
Uma espera sofrível,
Um coração em frangalhos,
De um homem ferido,
Maltrapilho e acabado.
 
Ricardo Sales.

Estou só...
Absorto em meus pensamentos,
Já não tenho muito que pensar,
Fruto desse amargo abandono,
O poço da minha imaginação secou,
Só me resta a saudade,
E nela só a há tristeza e dor,
Por não poder te admirar, te olhar,
Porque meu abandono, fiel carrasco,
Não me deixa te lembrar.
 
Porque fui te amar tanto assim?
Porque não cuidei de mim?
Porque só você importava?
Mesmo longe eu te implorava,
Por não te ter sempre por perto,
Tudo foi se diluindo como vinho pra água,
À noite eu agonizava pedindo súplicas,
Pra esse meu pervertido desamparo,
Que já agoniza sem dono,
Fruto desse cruel abandono.
 
Ricardo Sales.

Chega pra cá,
Vem de mansinho,
Vem me acariciar,
Vem me beijar,
Quero ser teu de estimação,
Quero pra mim seu coração,
Chega pra cá,
Fale de amor,
Fale de coisas que me fazem
Esquecer o mundo lá fora,
Faça-me um menino,
Dê-me bastante carinho,
E toda essa nossa paixão,
Que aflora como um vulcão,
E nos sufoca nesta emoção,
Se possível for,
Quero o infinito desse amor,
Pra que meu coração,
Se isente de qualquer dor.
 
Ricardo Sales.

Uma flor murchou,

Nem por isso o jardim morreu,

Muito mais linda e vistosa,

Outra flor em seu lugar floresceu.

 xxxxxxxxxx

Se não sabes voar tão alto,

Não deixe que lhes criem asas tão grandes,

Se teus ombros não suportam tanto peso.

xxxxxxxxxx

Quanto à paixão:

São dois corações que se dobram ante ao feitiço

Do amor e da razão.

 Ricardo Sales.

Um simples aceno,

Um gesto de dor,

Um soluço sufocado,

Um choro contido,

Um amargo na boca,

Uma palavra não dita,

Um amor que se parte,

Despede-se e vai embora,

Uma saudade...

Vivida a cada instante,

E como na distância,

O verdadeiro amor,

Não se cansa, mais sente,

E sofre calado,

Chora na noite,

Porque à noite,

Ouve-te calada,

E o teu silêncio,

É como remédio,

É um alívio,

Pro teu lamento.

Ricardo Sales.

Só vou viver,

Não simplesmente só viver,

Quem sabe ao cume da vida chegar,

Lá, semear uma simples semente,

Em árvore frondosa se tornará.

...Aí, outra semente germinará.

Só vou morrer,

Somente quando outra semente,

Em fruto se tornará,

E nas bocas sedentas,

Um sorriso brotar.

... Aí, outra semente germinará.

Ricardo Sales.

Ouvir faz tempo que ouvir,

Que já nem sei quanto tempo faz,

Que já vai tão longe o tempo,

Dos tempos que já não voltam mais.

Eram tempos em que no tempo,

Não se perdia, não se omitia,

Eram tempos e belos tempos,

Que no tempo, muita saudade se sentia.

Eram tempos de tempos bons,

Tempos de tempos sonhados,

Eram tempos de tempos amigos,

Eram tempos por eles amados.

Hoje não se tem mais tempo,

Pois já se vai longe o tempo já sonhado,

O tempo de se ter tempo,

De nele se ter pensado.

Ricardo Sales.

Teus olhos,

Uma incógnita de brilho e cor,

Teus olhos,

Uma linda visão de ótica,

Teus olhos,

Uma mística de amor.

Teus olhos,

De santa,

De anjo,

De deusa.

Teus olhos brejeiros,

De menina faceira,

Teus olhos serenos,

De menina veneno,

Que sem rancor e sem vaidade,

Olhando o horizonte perdido,

No expoente da vida,

Sentindo um triste sentimento,

Chamado: SAUDADE.

Ricardo Sales.

Canta Uirapuru, canta,

Canta o teu canto de magia,

Espalha selva adentro tua alegria,

Para que todos ouçam teu lindo cantar.

Uirapuru, porque teu o canto,

Tanta gente a se encantar?

Dizem que até o boto se encantou,

Quando ouviu o teu lindo e mágico cantar.

Das folhagens mais altas,

O teu gorjear simplesmente a todos silencia,

E o mais humilde se põe a escutar.

Do céu ouvem-se o teu sublime cantar,

Aos ouvidos sensíveis dos anjos,

Uma sinfonia de Ave-Maria se põe a tocar.

Ricardo Sales.